O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado neste domingo (29) de agosto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o fumo é a principal causa de morte evitável no mundo, representando mais de 8 milhões de óbitos a cada ano. Conforme a entidade, mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, e o restante, 1,2 milhão de pessoas expostas ao fumo, os chamados fumantes passivos.
Os dados são alarmantes e reforçam os cuidados que devemos tomar com o tabaco em relação aos problemas que ele pode causar. Há mais de 7 mil produtos químicos na produção do tabaco, dos quais 250 são conhecidos por serem prejudiciais e ao menos 69 por causarem câncer. Estando no sistema cardiovascular, essas substâncias deletérias aceleram o processo de aterosclerose em diferentes territórios arteriais, aumentando a incidência de infarto do miocárdio, doença arterial periférica, aneurisma da aorta e acidentes vasculares cerebrais.
“Mulheres que fumam e usam anticoncepcionais orais, também têm mais risco de infarto do miocárdio, além de que a embolia pulmonar e tromboflebite, chega a ser dez vezes maior em relação às que não fumam e usam este método de controle de natalidade”, pontua o médico cardiologista do Hospital Anchieta de Brasília, Thiago Siqueira.
Siqueira acrescenta que fumantes passivos também podem desenvolver graves doenças cardiovasculares e respiratórias, incluindo doença coronariana e câncer de pulmão. “Estudos confirmam que grande parte dos fumantes que conhece os malefícios do cigarro, quer abandonar o vício e nessa hora, aconselhamento e medicação podem mais do que duplicar a chance de um fumante ter êxito na tentativa de parar de fumar”, conclui o médico.
Para deixar o vício, muitas pessoas buscam farmácias de manipulação em busca de alternativas naturais, mas, nem sempre é fácil tratar o tabagismo, no entanto, para deixar o vício é necessário um acompanhamento médico especializado. Na lista de produtos naturais que podem auxiliar no tratamento, os florais e as homeopatias são medicamentos quânticos que auxiliam no momento que se decide parar de fumar, combatendo os efeitos da abstinência de nicotina.
“A falta da nicotina causa agitação, nervosismo e baixa concentração e o uso desses medicamentos tornará essa difícil missão menos penosa, reduzindo gradativamente os sintomas e efeitos colaterais. Além disso, é possível prevenir os danos causados pelo tabagismo com formulações antioxidantes e detoxificantes, as quais neutralizam os radicais livres e limpam o organismo dos componentes maléficos do cigarro”, explica a consultora da Farmacotécnica, Aiessa Balest.
Saúde mental e atividade física
A médica psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr) Renata Figueiredo comenta que a maioria das pessoas que decide parar de fumar experimenta muita ansiedade e irritabilidade. Contudo, isso não acontece porque o cigarro reduz estes sintomas. Na verdade, a falta do cigarro no organismo do dependente faz com que eles apareçam. “Ou seja, se a pessoa nunca tivesse fumado, não sentiria o que é chamado de síndrome de abstinência do cigarro”, acrescenta.
Segundo a especialista, o cigarro é o grande causador das alterações de humor e da piora da saúde mental, pois além dos malefícios já conhecidos, também prejudica a autoestima, com alterações na pele, no cabelo e nos dentes. “Apesar de ser um período difícil, com o tempo os sintomas da abstinência somem, o cérebro se adapta a essa nova realidade e o paciente se sente bem por ter conseguido passar por ele”, reforça.
A atividade física também é uma ótima aliada para quem está no processo de redução ou exclusão do vício do tabagismo.
“Com sua prática frequente, o corpo libera hormônios que em quantidades altas fazem com que o sentimento de prazer seja aumentado, algo que a longo prazo substitui o próprio prazer que estava associado ao hábito de fumar. O exercício também melhora o estado geral da saúde e evita doenças que são originárias do uso do cigarro”, explica o profissional de educação física e especialista em treinamento desportivo da Bodytech Brasília, Rodrigo Naves.
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