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Brasil

Banco Central divulga balanço do primeiro dia de testes do Pix

A operação restrita encerra no dia 15 e no dia seguinte será lançada oficialmente

Celular ligado com um aplicativo indicando o Pix, do Banco Central
Foto: Rayra Paiva Franco/O Panorama

Em entrevista coletiva nessa terça-feira, os responsáveis pelo Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central fizeram um balanço do primeiro dia da fase de operação restrita do Pix. De acordo com o chefe-adjunto do departamento Carlos Eduardo Brandt, 1.570 transações foram efetivadas até as 17h do primeiro dia de testes

O número pode parecer pequeno, porém, a operação restrita contou com média de apenas 1% de clientes de cada uma das 762 instituições habilitadas.

O Banco Central iniciou a fase de testes do Pix na terça-feira (03). Nesta etapa do processo, uma seleção limitada de pessoas começou a testar as funcionalidades do serviço antes do lançamento oficial. O Pix é um sistema instantâneo de pagamento criado pelo Banco Central.

O BC já havia divulgado que cada entidade poderia escolher de 1% a 5% da base de clientes. Contudo, algumas empresas optaram por cadastrar até menos que 1%, mas segundo os representantes do BC, a opção poderia acontecer durante a fase de testes do Pix. Entretanto, a escolha não impede essas mesmas instituições de aumentar o leque de clientes de forma gradual, a partir do dia 9.

Problemas Técnicos

Algumas instituições bancárias relaram instabilidade no serviço nas primeiras horas de funcionamento. O problema chegou à equipe de tecnologia do Banco Central, que começou a estudar as hipóteses de erro por trás das incorrências.

De acordo com o chefe do departamento responsável pelo Pix, Ângelo Duarte, quase que a totalidade dos problemas técnicos relatados por usuários e instituições, foram sanados ainda pela manhã.

“Nossa equipe recebeu logo pela manhã um volume grande de intercorrências no sistema do Pix, mas já estávamos preparados para isso. O período de testes serve para justamente trabalharmos todos esses problemas antes de lançarmos a ferramenta oficialmente”, disse Ângelo.

Números do Pix

Até o momento, cerca de 60 milhões de chaves já foram registradas por 25 milhões de pessoas. Há a opção de cadastrar todas as chaves em um mesmo banco, ao passo que o usuário também pode indicar uma chave para cada instituição bancária que possui vínculo.

O chefe-adjunto Carlos Eduardo Brandt destacou ainda que dentre as 1.570 operações entre 9h e 17h, 99% demoraram até 10 segundos para efetivarem. O restante demorou um pouco mais e devido a instabilidade no serviço, normal para o primeiro dia de testes.

“Tivemos um primeiro dia de operação restrita dentro da projeção. Apesar de alguns problemas pela manhã, a maioria das transações ao longo do dia ocorreram conforme pensávamos. Um dos pilares do Pix, que é a rapidez nas transferências, ocorreu quase em totalidade. Foi um bom primeiro dia de testes”, completa Brandt.

A maior transferência registrada até o momento é no valor de R$ 35 mil. Contudo, o valor médio por transação foi de R$ 90 reais, contando que ao todo, o primeiro dia somou R$ 132 mil em operações liquidadas.

Cerca de 1 milhão de empresas cadastraram chaves. O valor é menor que o de pessoas físico porque as ferramentas usadas por elas são diferentes do serviço para pessoas físicas. No entanto, a participação das empresas nas transações diárias tende apenas a crescer.

Período de testes

Durante a fase de testes do Pix, que começou nessa terça-feira (03), os horários para utilização do serviço terão restrições. Em regra geral, os usuários poderão usar de 9h às 22h. Nas quintas-feiras o acesso está liberado de 9h à meia-noite, já emendando com sexta-feira que permitirá o uso até às 22h. Após o período de testes, o Pix funcionará todos os dias, inclusive fim de semana e feriados, 24h por dia.

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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