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Brasil

Confira o panorama de todas as vacinas em discussão no Brasil

Hoje, a Anvisa aprovou o registro definitivo da Oxford/AstraZeneca

DF cria medidas para enfrentar segunda onda da covid
Foto: Rayra Paiva Franco/O PANORAMA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje (11) o registro da vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, com uma etapa de fabricação no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. É o segundo imunizante autorizado pela agência de forma permanente, o primeiro foi o fabricado pela Pfizer com a empresa alemã Biontech. O imunizante está sendo negociado pelo Ministério da Saúde.

A liberação ocorre ao mesmo tempo em que alguns países europeus suspenderam total ou parcialmente o uso do produto da AstraZeneca. A medida foi tomada após o relato de coágulos sanguíneos em pacientes que haviam recebido a vacina. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) investiga dois casos, mas já adiantou que não acredita que haja algo relacionado a um lote específico.

No Brasil, a gerente de Farmacovigilância da Anvisa, Helaine Capucho, explicou que a agência brasileira recebeu cinco notificações de pessoas que tiveram tromboembolismo – coágulos – após serem imunizados com a vacina de Oxford. Até agora, quatro casos já foram apurados e apenas um continua em análise. Apesar dos relatos, a especialista disse que no Brasil “não é possível afirmar que foi a vacina que causou o evento adverso”, já que o imunizante começou a ser aplicado primeiro em idosos.

Outro argumento utilizado em favor do imunizante foi que os eventos adversos de tromboembolismo reportados no país foram apenas cinco em um universo de cerca de 3 milhões de pessoas que já receberam a vacina. 

A gerente da Anvisa ressaltou ainda que as vacinas suspensas na Europa são produzidas diretamente pela AstraZeneca, enquanto os lotes que serão enviados ao Brasil virão do Instituto Serum, da Índia. 

O registro não autoriza a venda ao setor privado, já que a Fiocruz tem somente o Sistema Único de Saúde (SUS) e organismos multilaterais como clientes.

Eficácia

Segundo a Anvisa, após estudos clínicos realizados no Brasil, a vacina registrada hoje apresentou 64,2% de eficácia contra a covid -19. Os técnicos da Anvisa destacaram ainda que a eficácia do imunizante em prevenir diferentes manifestações da doença varia entre 30,6% e 81,5%. No caso de indivíduos com comorbidades, a eficácia do imunizante foi de 73,4%.

Até agora, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, a vacina da AstraZeneca tinha autorização apenas para uso emergencial. A Fiocruz entrou com o pedido de registro definitivo da vacina no dia 29 de janeiro. 

Durante apresentação de hoje, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que “a conclusão é de que os benefícios superam os riscos”.

Mendes apresentou um panorama da situação de outras vacinas no Brasil. 

Jansen

A Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, a agência aguarda a submissão de pedido de autorização de uso emergencial ou registro do imunizante. A empresa já obteve o selo de boas práticas na fabricação da Janssen. A Anvisa concluiu a certificação de boas práticas de fabricação das três empresas do processo fabril dessa vacina e, no momento, aguarda a submissão de um pedido de autorização de uso emergencial ou de registro. 

Moderna

Desenvolvida em parceria com o Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos), a Anvisa não recebeu nenhum pedido de autorização de importação, nem uso emergencial ou registro da Moderna. 

Mesmo assim, os técnicos ressaltaram que não há qualquer barreira para a solicitação, uma vez que o imunizante já recebeu aval de autoridades sanitárias no Canadá, EUA e Reino Unido, segundo a Anvisa, agências que têm os mesmos procedimentos técnicos exigidos no Brasil.

Sputnik V

A agência recebeu um pedido de autorização para estudos clínicos no Brasil e questionou dados e informações sobre os estudos realizados. Segundo a Anvisa, houve também um pedido de autorização do uso emergencial em janeiro, mas o processo foi devolvido. 

A discussão sobre a Sputnik V ocorre com a União Química, que é a representante no Brasil e responsável por todas as informações sobre a vacina junto à Anvisa, como dados, estratégias de monitoramento para garantir segurança da vacina e comunicação.

A expectativa é que os próximos passos sejam tomados pela empresa e pelos russos para que a avaliação possa seguir e seja feita a certificação da segurança e eficácia da vacina.

Covaxin

Não houve pedido formal de autorização para uso emergencial da Covaxin no Brasil. Há uma reunião marcada com a representante no Brasil dessa vacina, produzida pela indiana Bharat Biotech, na semana que vem. No encontro será discutida a estratégia que será adotada para o compartilhamento de dados.

Ainda segundo a Anvisa, a empresa sinalizou que há o interesse de fazer um estudo clínico aqui no Brasil em parceria com o Hospital Albert Einstein. A inspeção de certificação da empresa que fabrica a vacina já foi concluída, mas o resultado ainda não foi divulgado.

O Institute of Medical Biology Chinese Academy of Medical Sciences enviou em dezembro de 2020 alguns documentos preliminares para discutir uma possível solicitação de uso de uma vacina de vírus inativado Sars-cov-2 no Brasil. Ainda não houve o encaminhamento. A Anvisa recebeu algumas respostas em fevereiro e ainda realiza os trâmites para definir a estratégia de avaliação.

Covaxx

Em novembro do ano passado começaram as discussões preliminares sobre a vacina para instruir um pedido formal junto à Anvisa, mas os documentos não foram enviados nem formalizados para a agência.

Clover Biopharmaceuticals

Já encaminhou documentos para uma análise preliminar para instruir um processo de realização de fase clínica no Brasil com etapas 2 e 3. A  Anvisa solicitou mais informações e recebeu respostas em fevereiro. Há expectativa de avançar para que o estudo dessa vacina seja feito no país.

Syneos Health

A empresa canadense enviou documentação em fevereiro para análise preliminar. A Anvisa avalia o material.

CanSino

Segundo a Anvisa, a empresa chinesa já tem “resultados clínicos promissores”. A Anvisa estuda estratégias para que o imunizante seja avaliado, aprovado e disponibilizado no Brasil.

O balanço da Anvisa também incluiu iniciativas de universidades brasileiras.  

A Versamine, desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), com a startup Farmacore e a empresa americana PDS Biotech, ainda está na fase não clínica. 

Também há vacinas em fase pré-clínica em desenvolvimento pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesses casos, a Anvisa tem ajudado no aconselhamento científico.

Por: Agência Brasil

Tecnologia

WhatsApp lança ferramenta que converte áudios em textos: veja como ativar

O WhatsApp lançou uma nova função que converte áudios em textos, ajudando usuários a economizarem tempo. Saiba como ativar o recurso e transcrever suas mensagens de voz

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A partir desta quinta-feira (21), o WhatsApp começou a liberar um novo recurso que transforma mensagens de áudio em texto. A funcionalidade promete ajudar os usuários a economizar tempo, permitindo que leiam o conteúdo de uma gravação em vez de ouvi-la, algo especialmente útil em ambientes ruidosos ou em situações onde o áudio não pode ser reproduzido.

O recurso pode ser ativado nas configurações do aplicativo e aplicado a mensagens específicas. Ele garante praticidade ao oferecer uma alternativa rápida para acessar o conteúdo dos áudios, sem comprometer a privacidade, já que as transcrições ficam armazenadas no dispositivo e são protegidas por criptografia de ponta a ponta, segundo o WhatsApp.

Como ativar o recurso de transcrição de áudio no WhatsApp

  1. Acesse as “Configurações” do WhatsApp.
  2. Selecione a opção “Conversas”.
  3. Ative “Transcrição de mensagens de voz”.
  4. Escolha o idioma desejado.

Com o recurso configurado, basta pressionar uma mensagem de áudio e selecionar “Transcrever” para acessar a versão em texto.

Disponibilidade e suporte a idiomas

A atualização será lançada gradualmente e estará disponível para todos os usuários nas próximas semanas. Inicialmente, apenas alguns idiomas serão suportados, mas o WhatsApp planeja expandir o suporte nos meses seguintes.

Alternativas para quem ainda não recebeu a novidade

Enquanto o recurso não está disponível para todos, aplicativos de terceiros podem ser utilizados para transcrever mensagens de áudio. Entre eles estão:

  • ViraTexto: Transcreve áudios em português de até 4 minutos. Disponível pelo número (31) 97228-0540.
  • LuzIA: Usa inteligência artificial para transcrever mensagens de até 10 minutos. Disponível no número (11) 97255-3036.
  • Zapia: Oferece transcrição sem limite de tempo, embora áudios maiores possam demorar mais para serem processados. Número: (11) 3230-2407.

Essas ferramentas podem ser úteis enquanto o novo recurso do WhatsApp não está acessível para todos.

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Política

Bolsonaro e aliados são indiciados por tentativa de golpe: veja o papel de cada um

Relatório da PF detalha núcleos organizados para plano antidemocrático

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Bolsonaro e aliados

Além de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal indiciou ex-ministros, assessores e políticos ligados ao ex-presidente por suspeita de tentativa de golpe de Estado. O grupo teria se dividido em seis núcleos, como “Desinformação”, “Jurídico” e “Inteligência Paralela”.

Quem são os indiciados e seus papéis

Jair Bolsonaro
Segundo a PF, Bolsonaro participou da elaboração e tentativa de execução do golpe, incluindo a análise de um decreto para intervenção no TSE. A defesa nega envolvimento.

Walter Braga Netto
O ex-ministro é acusado de incitar membros das Forças Armadas a aderirem ao golpe. Ele nega as acusações, chamando-as de “invenção”.

Augusto Heleno
Teria sugerido ações contra instituições e infiltrado agentes da Abin em campanhas eleitorais. Não se manifestou.

Anderson Torres
Acusado de guardar a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa e de coordenar ações com outros investigados. Ele alega que o documento seria descartado.

Valdemar Costa Neto
Suspeito de usar a estrutura do PL para ataques às urnas. Foi preso por posse ilegal de arma e usurpação de bens.

Filipe Martins
Ex-assessor, teria levado minutas golpistas a Bolsonaro e viajado para Orlando de forma irregular para evitar a aplicação da lei penal.

Almir Garnier
Ex-comandante da Marinha, teria apoiado o plano golpista e incentivado ações para consumar o golpe.

Tércio Arnaud e Marcelo Costa Câmara
Ex-assessores de Bolsonaro, atuaram no “gabinete do ódio” e no monitoramento ilegal de adversários.

Outros indiciados incluem militares e integrantes de núcleos logísticos do plano, como Bernardo Correa Netto e Ronald Ferreira Junior.

Próximos passos

O caso será analisado pelo STF, sob relatoria de Alexandre de Moraes. As penas podem ultrapassar 30 anos para os crimes apontados.

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Brasil

Jovem simula sequestro para pagar dívida de R$ 35 mil em apostas e é presa no Rio

Outro caso semelhante também foi registrado pela polícia

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A Polícia Civil prendeu uma jovem de 23 anos suspeita de simular o próprio sequestro para extorquir familiares e amigos. O caso foi investigado pela Delegacia Antissequestro (DAS), que descobriu que a jovem havia criado a farsa para conseguir dinheiro e quitar dívidas de apostas.

Segundo as autoridades, a jovem enviou mensagens ao pai, parentes e amigos na última terça-feira, simulando o sequestro. Ela chegou a gravar um vídeo em um suposto cativeiro, pedindo R$ 50 mil como resgate. Preocupado, o pai procurou a DAS, que iniciou as investigações e localizou a jovem no centro do Rio no mesmo dia. Ela foi presa em flagrante.

Em depoimento, a jovem confessou que era viciada em jogos de aposta e havia contraído uma dívida de R$ 35 mil com agiotas. Após perder o dinheiro emprestado, decidiu forjar o sequestro para obter a quantia necessária para quitar os débitos.

Segundo caso no mesmo dia

Ainda na terça-feira, a DAS prendeu um homem em São Gonçalo que também forjou o próprio sequestro. Ele havia alugado uma motocicleta e alegou ao dono do veículo que estava sendo mantido em cativeiro por traficantes do Complexo do Alemão. Durante as investigações, a polícia descobriu que a história era falsa e prendeu o homem, que exigia R$ 2 mil de resgate.

Penalidades e investigações

William de Medeiros Pena, delegado titular da DAS, explicou que os suspeitos responderão por extorsão na modalidade de falso sequestro, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão. Ele destacou que, se a vítima da extorsão for idosa, a pena pode ser aumentada.

— Todos os casos de sequestro forjado foram resolvidos pela DAS, e os envolvidos foram presos em flagrante — afirmou o delegado.

A polícia segue investigando outros possíveis envolvidos nos dois casos e alerta para os perigos e penalidades de práticas como essa.

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