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Brasil

Desemprego bate recorde de 14,7%, diz IBGE

Total de desocupados chega a 14,8 milhões de pessoas

Foto: Rayra Paiva Franco/O PANORAMA

O número de pessoas desempregadas no Brasil subiu 3,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, elevando a taxa de desocupação para 14,7%. Frente ao trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa ficou em 14,2%, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, o que representa mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. A alta no desemprego ante o mesmo trimestre móvel de 2020 é de 2,1 pontos percentuais.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, tanto a taxa quanto o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, no maior nível da série comparável, iniciada em 2012.

“O cenário foi de estabilidade da população ocupada, com 85,9 milhões, e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho. Depois de um ano como o de 2020, onde milhões de pessoas perderam trabalho, é de se esperar que tenhamos muitas pessoas buscando trabalho, depois de uma queda tão acentuada na ocupação.”

Ela explica que a procura por emprego continua alta, mas a oferta de vagas ainda está baixa, ou seja, a resposta do setor produtivo para absorver esses trabalhadores não está sendo suficiente.

“Dificilmente, depois de tudo o que ocorreu em 2020, você vai resolver o desemprego nos quatro primeiros meses de 2021. Nós vamos acompanhar ao longo do ano como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A oferta de mão de obra está ocorrendo, mas a gente tem que ver se os demandantes, que são as atividades econômicas, estão ofertando essas vagas. A melhora vai depender de fatores que envolvem a economia como um todo, como o consumo das famílias, a possibilidade de crédito. Tudo isso influencia fortemente essa reação.”

Por: Agência Brasil

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Política

Governo Lula estuda reduzir benefícios de militares para cumprir metas fiscais

Em busca de equilíbrio fiscal, o governo Lula avalia mudanças nas pensões dos militares, com negociações para minimizar impactos nas Forças Armadas

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O objetivo é evitar um clima de insatisfação com a corporação, especialmente após o início conturbado de seu governo em relação às Forças Armadas

Em reunião com o Ministério da Fazenda na quarta-feira (13), o ministro da Defesa, José Múcio, buscará limitar as mudanças na previdência dos militares. Embora as Forças Armadas prefiram não fazer alterações no Sistema de Proteção Social, há disposição para ceder em alguns pontos, a fim de evitar mudanças radicais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao incluir os militares nos cortes de gastos, pediu que a equipe econômica negocie com as Forças Armadas, para evitar imposições diretas ao Ministério da Defesa. Lula, inicialmente contrário a cortes no setor militar, foi convencido a incluir a área para evitar maiores reduções em áreas sociais.

Apesar das disputas internas, a equipe econômica acredita que a proposta será eficaz para zerar o déficit público e manter o equilíbrio fiscal. Assessores de Fernando Haddad e Simone Tebet afirmam que o pacote trará segurança econômica, ao estabilizar as contas públicas e a dívida pública em relação ao PIB. Sem as medidas, o cenário seria mais inflacionário, mas há confiança de que o presidente alinhará sua decisão com os objetivos da economia.

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Saúde

Cientista brasileiro embarcará em missão espacial em busca de avanços no tratamento de autismo e Alzheimer

Brasileiro viajará ao espaço em missão pioneira para acelerar pesquisas sobre tratamentos para autismo e Alzheimer usando organoides cerebrais

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Muotri também expressou interesse em colaborar com o governo brasileiro para que futuros tratamentos possam ser disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

O professor Alysson Muotri, líder do Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), se prepara para integrar uma missão espacial da NASA entre o final de 2025 e o início de 2026. O objetivo da expedição é investigar o impacto da microgravidade no cérebro humano, buscando soluções terapêuticas e, possivelmente, curas para casos graves de transtorno do espectro autista e Alzheimer.

O projeto envolve o uso de organoides cerebrais — estruturas em miniatura que simulam o cérebro humano, criadas a partir de células-tronco. Conhecidos como “minicérebros”, esses organoides serão analisados no ambiente espacial para acelerar estudos sobre o envelhecimento e o desenvolvimento neurológico.

Aceleração do tempo no espaço

Estudos anteriores revelaram que os organoides envelhecem cerca de 10 anos em apenas 30 dias no espaço. Esse fenômeno possibilita aos cientistas observar estágios avançados de doenças em um período muito mais curto, permitindo análises que, na Terra, levariam décadas para serem realizadas.

A novidade desta missão será a interferência manual dos cientistas durante os experimentos, algo inédito até então. Durante o voo, serão testados compostos bioativos derivados da floresta amazônica diretamente nos organoides, em busca de agentes que possam proteger o cérebro contra o Alzheimer.

Colaboração com a Amazônia

A missão tem uma parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), garantindo que descobertas relacionadas a medicamentos derivados da floresta revertam parte dos lucros para as comunidades indígenas e a preservação ambiental.

Muotri também expressou interesse em colaborar com o governo brasileiro para que futuros tratamentos possam ser disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso às terapias desenvolvidas.

A viagem ao espaço, embora breve, representará um marco tanto para a ciência brasileira quanto para as pesquisas sobre doenças neurológicas, trazendo novas esperanças para pacientes e suas famílias.

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Concurso

Concurso Nacional Unificado: novo cronograma é divulgado após adiamento

Novo cronograma do Concurso Nacional Unificado (CNU) é divulgado após adiamento. Lista final de aprovados será publicada em fevereiro de 2025. Confira as principais datas!

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Foto: Divulgação

Após o adiamento na divulgação dos resultados finais, o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) já tem um novo cronograma oficial. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que a lista definitiva de aprovados será publicada em 11 de fevereiro de 2025. A medida faz parte de um acordo judicial que garantiu a continuidade do concurso, permitindo que mais 32.260 candidatos tenham suas provas discursivas corrigidas.

Acordo judicial garante continuidade

A decisão foi resultado de uma negociação entre o Ministério Público Federal, a Advocacia-Geral da União e a banca organizadora Fundação Cesgranrio. Segundo o MGI, o objetivo do acordo é assegurar a execução de todas as etapas do concurso, além de corrigir questões relacionadas às provas, como:

  • Regularização de diretrizes de segurança: candidatos que não cumpriram um item do cartão-resposta terão suas provas validadas com base em outros critérios.
  • Inclusão de provas de títulos para determinados cargos: essa etapa será obrigatória para Analistas Técnicos de Políticas Sociais (ATPS), conforme previsto em lei.
  • Ampliação da correção de redações de vagas reservadas: candidatos negros que atingiram a nota mínima também terão as provas avaliadas.


Novas datas importantes

O cronograma atualizado prevê etapas como análise de títulos, avaliação de autodeclarações e perícia médica para candidatos com deficiência. Confira as principais datas:

  • Divulgação dos resultados das provas objetivas: 25 de novembro
  • Envio de títulos: 4 e 5 de dezembro
  • Divulgação das notas preliminares de discursivas: 9 de dezembro
  • Resultados finais: 11 de fevereiro de 2025

O maior concurso da história do Brasil

Apelidado de “Enem dos Concursos”, o CNU contou com a participação de cerca de 970 mil candidatos, consolidando-se como o maior concurso público já realizado no país. Inicialmente previsto para maio, o exame precisou ser adiado devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Após a aplicação em agosto, o concurso registrou uma taxa de abstenção de 54,12%.

O certame contou com provas objetivas de conteúdo comum e avaliações específicas, aplicadas em 228 cidades brasileiras. Mesmo com os desafios, o CNU é considerado um marco na história dos concursos públicos no Brasil.

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