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Educação

Inep altera cronograma do Censo Escolar da Educação Básica 2023

Censo é a principal pesquisa da educação básica

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou hoje (6), no Diário Oficial da União, portaria alterando algumas datas do cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação Básica 2023.

O censo é a principal pesquisa estatística da educação básica no país. Os dados coletados no levantamento servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e divulgação de dados das avaliações realizadas pelo Inep.

O levantamento – dividido em duas etapas – também auxilia na compreensão da situação educacional do país e no acompanhamento da efetividade das políticas públicas, uma vez que são apuradas informações sobre os estabelecimentos de ensino, turmas, alunos, gestores e profissionais em sala de aula.

Com as alterações divulgadas nesta segunda-feira, em Brasília, agora a disponibilização do Sistema Educacenso para declaração de dados será no dia 31 de maio próximo. No calendário anterior, o início estava previsto para 24 de maio. No dia 31 de maio, também terá início a coleta de dados da Matrícula Inicial, compreendendo os processos de digitação e exportação. O prazo para o encerramento da coleta será no dia 31 de julho deste ano.

Já o envio dos dados preliminares ao Ministério da Educação para publicação no Diário Oficial da União passará de 18 de agosto para o dia 23 do mesmo mês.

O envio ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) dos dados finais homologados do Censo Escolar da Educação Básica 2023, para o cálculo dos coeficientes de distribuição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), passará do dia 8 de dezembro para o dia 10 do mesmo mês.

Dados finais

Outra data alterada diz respeito ao envio ao Ministério da Educação de dados finais declarados e homologados do Censo Escolar da Educação Básica 2023, que deverá ser feito agora no dia 11 de dezembro. O cronograma anterior previa esse envio no dia 8 de dezembro. A preparação dos dados finais para divulgação agora será feita no período de 11 de dezembro de 2023 a 26 janeiro de 2024.

A divulgação das Sinopses Estatísticas da Educação Básica pelo Inep será feita no dia 31 de janeiro do próximo ano.

A portaria também altera o cronograma para a coleta dos dados de rendimento e movimento escolar dos alunos declarados na primeira etapa de coleta do Censo Escolar 2023, compreendendo a digitação e exportação de dados, que deverá ser realizada entre 1º de fevereiro e 11 de março de 2024.

Taxas de rendimento

A disponibilização das taxas de rendimento preliminares e dos relatórios por escola no módulo Situação do Aluno, para conferência, ratificação e retificação de eventuais erros, pelos gestores municipais e estaduais será feita no dia 1º de abril do próximo ano.

A disponibilização do módulo Situação do Aluno para conferência, ratificação e retificação de eventuais erros também será aberta nessa data, com previsão de término no dia 15 de abril.

No mesmo período será executada a conferência, ratificação e retificação de eventuais erros nas informações prestadas no período de coleta da Situação do Aluno 2022.

A portaria altera ainda as datas para a verificação final dos dados processados após o período de conferência, ratificação e retificação de eventuais erros, no módulo Situação do Aluno, que será promovida de 16 a 30 de abril de 2024.

Já a disponibilização dos relatórios por escola no módulo Situação do Aluno, contendo os dados finais de rendimento e movimento escolar, será no dia 10 de maio do próximo ano. Por fim, a divulgação dos indicadores de rendimento escolar no portal do Inep será no dia 10 de maio de 2024.

Por: Agência Brasil

Educação

Polícia Federal investiga vazamento de imagens do Enem 2024 antes do horário permitido

Fotos do exame começaram a circular nas redes sociais antes das 18h, horário em que os candidatos podem sair com as provas

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Foto/Divulgação

Imagens do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024, incluindo o tema da redação e as questões, começaram a ser compartilhadas nas redes sociais logo após o início da aplicação, mas antes das 18h, quando os alunos podem deixar a sala com o caderno de provas. O jornal O GLOBO recebeu as primeiras imagens às 16h29 e imediatamente notificou o Inep, responsável pela organização do exame. Em resposta, o Inep informou que os episódios foram registrados em ata de sala e não comprometem a integridade do certame, além de acionar a Polícia Federal para investigar o caso.

Conforme notado pelo Inep, a saída do local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais é motivo para eliminação do participante, conforme estipulado no edital do Enem 2024.

As provas deste ano incluíram textos como o samba da Mangueira “História para ninar gente grande” e uma imagem de alunos da rede municipal do Rio de Janeiro na Pequena África, com o objetivo de inspirar os candidatos a escrever sobre o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

O GLOBO recebeu as imagens em dois momentos: a primeira às 16h29, mostrando a página da redação, e a segunda, às 17h04, contendo um arquivo PDF com todas as páginas da prova.

Em maio de 2024, a Polícia Federal anunciou que havia identificado a pessoa responsável pelo vazamento do Enem 2023. A investigação revelou que uma aplicadora de prova na cidade de Belém (PA) havia tirado uma foto do caderno de redação durante a aplicação e enviado a uma amiga professora. A PF alertou que a divulgação indevida de conteúdos sigilosos de processos seletivos pode resultar em penas de reclusão de um a quatro anos e multa.

O caso de 2023 não foi isolado; em 2019, um aplicador vazou uma foto da redação, mas na época, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, minimizou os danos. “Ninguém foi lesado, mas houve a tentativa de macular [a prova]”, disse ele.

A situação de 2023 e 2024, embora preocupante, é considerada menos grave do que o episódio de 2009, quando as imagens do Enem circularam antes do início da aplicação, levando ao cancelamento do exame e à reprogramação de uma nova prova com dois meses de atraso. Naquela ocasião, várias universidades optaram por não aceitar as notas, e os responsáveis pelo vazamento foram indiciados.

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Educação

Projeto de lei que proíbe celulares em sala de aula avança na Câmara dos Deputados

Projeto de lei aprovado na comissão de educação busca limitar uso de celulares nas escolas para melhorar foco e saúde mental dos alunos

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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30/10) o projeto de lei nº 104/2015, que prevê a proibição do uso de celulares e outros dispositivos móveis em salas de aula. A proposta, que ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deverá seguir para votação no plenário caso seja aprovada.

Se o projeto for sancionado, a proibição valerá para escolas públicas e particulares de educação básica. No entanto, será permitido o uso de celulares em atividades pedagógicas específicas, desde que autorizadas pelos professores. Em casos relacionados a acessibilidade, inclusão e saúde, os dispositivos também poderão ser utilizados pelos alunos.

O projeto é uma iniciativa do ex-deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) e foi relatado pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR). Além de proibir o uso de dispositivos móveis, o texto reforça a importância de abordar o bem-estar mental dos estudantes em reuniões periódicas com pais e familiares, especialmente sobre os riscos associados ao uso excessivo de telas.

A proposta sugere também a capacitação regular de educadores para identificar e prevenir sinais de sofrimento psíquico e mental associados ao uso imoderado de dispositivos eletrônicos. As escolas também devem oferecer espaços de escuta para acolher alunos e funcionários que possam estar enfrentando dificuldades emocionais ligadas ao uso constante de tecnologias.

A medida, se aprovada, busca promover um ambiente escolar com mais foco e menos distrações digitais, com o objetivo de melhorar a saúde mental e o rendimento acadêmico dos alunos.

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Educação

Crianças ‘comem’ palavras: a trend do corte seco e seus impactos na comunicação

Saiba como essa brincadeira, inspirada por influenciadores digitais, pode afetar a comunicação e o desenvolvimento cognitivo infantil

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Foto: Divulgação

Nos últimos tempos, mães e professores têm notado uma tendência preocupante entre crianças de 6 a 12 anos: a chamada “trend do corte seco”, onde os pequenos “comem” a última sílaba das palavras ao se comunicar. Frases como “Quero comer hambúr!” ou “Vou para escó” tornaram-se comuns nas salas de aula e em casa, causando desespero em adultos que tentam entender o que foi dito.

A escritora e mãe Carol Campos, que vivencia essa situação com seu filho de 9 anos, relata: “Surto todo dia com isso! Ele sempre quer tomar água de ‘cô’ e ir ao ‘cinê’”. Esse comportamento, que se espalhou principalmente entre crianças que assistem a influenciadores digitais, ganhou notoriedade nas redes sociais, onde vídeos de crianças falando dessa maneira já somam milhões de visualizações.

Origem da Mania e Seu Impacto na Comunicação

A origem dessa brincadeira está diretamente ligada ao conteúdo consumido por crianças em plataformas como TikTok e YouTube, onde muitos criadores utilizam cortes rápidos para tornar seus vídeos mais dinâmicos. “Os youtubers fazem isso, e as crianças imitam, retirando sílabas inteiras. Isso se torna um hábito, até mesmo para pedir água”, explica Clarice Kumaru, professora de inglês em Canhotinho (PE).

Essa nova forma de comunicação levanta preocupações entre especialistas. Embora alguns vejam a brincadeira como inofensiva, outros temem que ela prejudique o desenvolvimento linguístico. O fonoaudiólogo Américo Amorim alerta para os possíveis danos na alfabetização e na formação de vocabulário. “Quando as crianças não ouvem as palavras por inteiro, isso pode comprometer sua capacidade de interpretação e escrita”, afirma.

Efeitos a Longo Prazo e Sugestões para Pais

Enquanto a fonoaudióloga Ângela Ribas sugere que os responsáveis limitem o tempo de tela e ofereçam estímulos mais ricos, a psicóloga Cláudia Tricate defende que brincadeiras linguísticas são normais e não necessariamente prejudiciais. “Assim como a ‘língua do p’, essa é apenas mais uma forma de as crianças brincarem com a linguagem”, diz.

Se os pais perceberem que essa tendência está interferindo na comunicação clara, é importante intervir. O ideal é criar momentos apropriados para a brincadeira, enfatizando que a clareza é fundamental em contextos como a escola. Além disso, os adultos devem estar atentos ao tipo de estímulo que as crianças recebem, priorizando diálogos e contação de histórias.

Por fim, é essencial que a comunicação dentro de casa e na escola permaneça clara e acessível, garantindo que todas as crianças se sintam incluídas e compreendidas, independentemente de suas particularidades linguísticas.

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