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Mundo

Parlamento Europeu aprova meta ambiciosa de redução de emissões

Lei prevê corte de 60% nas emissões de CO2 na União Europeia até 2030, em vez da meta atual de 40%. Medida precisa ser aprovada pelos países-membros do bloco.

Registro de emissões realizadas por indústrias com um céu cinza de fundo
Foto: Isabella Barros Pereira

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (08/10) uma proposta para reduzir as emissões que geram as mudanças climáticas. A nova meta prevê um corte de 60% nas emissões de CO2 da União Europeia (UE) até 2030, aumentando a meta sugerida pela Comissão Europeia de uma redução de 55% em relação aos níveis de 1990.

Em sessão plenária em Bruxelas, e não em Estrasburgo devido à pandemia de covid-19, os eurodeputados aprovaram a mudança por 392 votos a favor, 161 contra e 142 abstenções. Eles esperam agora que os Estados-membros do bloco não tentem diluir a meta nas próximas negociações.

Com a meta atual prevendo um corte de 40% nas emissões até 2030, muitos líderes nacionais consideram a redução de 60% ambiciosa demais.

A Comissão Europeia havia proposto um corte de pelo menos 55%, mas os eurodeputados, desejando evitar uma redução muito menor que esse índice, acabaram aprovando uma lei climática mais abrangente e, com isso, esperam pressionar os países a manter ao menos a meta de 55%.

Os parlamentares europeus aprovaram também a ambiciosa meta de alcançar a neutralidade climática até 2050, ou seja, zerar o nível de emissões líquidas de carbono até a metade do século, e tornar assim a Europa o primeiro continente do mundo a alcançar esse objetivo.

O Parlamento pediu ainda que os países do bloco eliminem “os subsídios diretos ou indiretos às indústrias fósseis” até 2025, e solicitou à Comissão Europeia que proponha um novo objetivo de emissões para 2040.

A lei completa, que inclui a nova meta de corte de emissões para 2030, foi aprovada por uma maioria de 231 votos a favor.

A relatora da nova legislação, Jytte Guteland, do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), saudou a votação, realçando que a aprovação “envia uma mensagem clara à Comissão e ao Conselho, tendo em vista as próximas negociações”. “Esperamos que todos os Estados-membros atinjam a neutralidade climática, o mais tardar, até 2050”, sublinhou. 

Cabe agora ao Conselho Europeu aprovar a nova meta, um processo nada fácil devido à dependência de certos países europeus em indústrias fósseis. Até agora, apenas poucos países expressaram apoio à proposta dos eurodeputados.

Com uma forte indústria de carvão, a República Tcheca, por exemplo, já havia se oposto ao corte de 55% proposto pela Comissão Europeia e disse que precisava de uma análise econômica detalhada para decidir se aprovaria novas metas.

As reduções de emissões de gases que causam o efeito estufa são essenciais para desacelerar o processo de mudanças climáticas, mas cientistas, políticos e industriais discordam sobre o quão urgente e radical esse corte precisa ser para evitar um aquecimento global acima de 1,5 °C, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

DW

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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