conecte-se conosco

Economia

Produção de grãos deve ter alta de 15% na temporada 2022/23

Conab espera expansão de 3,3% da área plantada

CNA/Wenderson Araujo

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 deve chegar a 312,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 15% em relação ao período anterior, correspondente a 40,1 milhões de toneladas a mais.

Nesta quinta-feira (13), a Conab divulgou o 7º Levantamento da Safra de Grãos em Brasília, indicando que os produtores estão na fase final da colheita das culturas de primeira safra. A previsão é que a área plantada cresça 3,3%, chegando a 77 milhões de hectares utilizados, com a incorporação de 2,5 milhões de hectares.

A Conab explicou que o bom desempenho se deve não apenas ao aumento da área plantada, mas também à melhoria da produtividade de diversas culturas, como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. Contudo, o resultado final ainda depende do comportamento climático, que é um fator decisivo para o desenvolvimento das culturas de segunda e terceira safras.

A soja continua sendo o produto com maior volume colhido no país, com uma produção estimada de 153,6 milhões de toneladas e uma boa produtividade nas lavouras, estimada em 3.527 quilos por hectare, com o progresso da colheita em 78,2%.

Milho

A Conab informou que haverá um aumento tanto na área como na produção do milho. Atualmente, o cultivo do cereal é feito em cerca de 21,97 milhões de hectares pelo país, um aumento de 1,8%. Esse aumento se deve à redução na área semeada na primeira safra e ao aumento na segunda safra.

A colheita total do grão está estimada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo aumento da produção em 8,8% na primeira safra e 11% na segunda. Isso significa que a produção pode chegar a 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.

Além disso, a produção do sorgo também está crescendo, principalmente em regiões onde houve perda da janela ideal de plantio do milho e por ser mais resistente à estiagem, podendo ultrapassar 3,7 milhões de toneladas nesta safra.

No entanto, a produção de arroz teve uma queda e é estimada em 9,94 milhões de toneladas, devido à diminuição na área destinada ao produto e às condições climáticas adversas, principalmente no Rio Grande do Sul, o maior produtor do grão.

A área total semeada de feijão também teve queda, estimada em 2,76 milhões de hectares, com a produção total do grão ficando em 2,95 milhões de toneladas quando somadas as três safras.

Comércio

A Conab divulgou um levantamento que apresenta um aumento nas projeções de exportação de soja na safra 2022/23, que deve atingir 94,35 milhões de toneladas. No entanto, houve uma queda nas projeções de consumo interno para o óleo de soja, que passaram de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.

A Conab explicou que essa redução se deve à menor demanda doméstica após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumentar o percentual de biodiesel no diesel de 10% para 12%, e não para 15%, como previsto anteriormente.

Como resultado, as expectativas para a exportação de óleo subiram para 2,6 milhões de toneladas, motivadas pela maior venda do produto no mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com um aumento de 42,74% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Conab ainda destacou que a quebra da safra da oleaginosa na Argentina deve influenciar nos embarques de farelo de soja para o mercado externo, podendo chegar a 20,74 milhões de toneladas.

Os boletins das safras de grãos estão disponíveis no site da Conab.

Clique para comentar

Faça seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Mulher adota estilo de vida ‘ultraminimalista’ e economiza R$ 11 mil por mês

Alicia Rice compartilha sua experiência de viver com o essencial e como essa escolha impactou suas finanças e bem-estar

Publicado

on

Foto: Reprodução/Instagram

Alicia Rice, bartender residente em San Diego, Califórnia, é uma verdadeira referência em minimalismo e conseguiu eliminar gastos desnecessários em um dos lugares mais caros dos Estados Unidos. Com um estilo de vida que ela mesma define como “ultraminimalista”, Alicia consegue poupar cerca de US$ 2 mil, equivalente a aproximadamente R$ 11 mil, mensalmente.

Em uma entrevista, Alicia enfatizou que viver dessa maneira não significa viver em privação. “As pessoas costumam pensar que estou me sacrificando, mas estou muito feliz com o que tenho”, afirmou. Ao contrário de muitos que a cercam, ela se orgulha de estar livre de dívidas.

A residência de Alicia reflete seu modo de vida simples. Ao invés de uma cama convencional, ela dorme em um tatame japonês e a sala é desprovida de sofás ou estantes decorativas. Seu único mobiliário consiste em um tecido felpudo com almofadas e uma pequena mesa, que serve para economizar energia, adornada com uma vela. Um puff e um vaso de planta completam a decoração, mantendo os espaços amplos e arejados.

A decisão de Alicia de adotar esse estilo de vida veio após o fim de um relacionamento, o que a levou a se mudar para San Diego e iniciar um processo de desapego que se estende por mais de uma década. Desde a infância, ela já mostrava tendência a evitar acumular objetos.

Em seu canal no YouTube, ela compartilha sua filosofia de vida, questionando: “Por que eu precisaria de mais de uma boneca?” Para ela, a resposta é simples: “Você só pode segurar uma de cada vez”. A geladeira de Alicia mantém apenas o essencial, refletindo a estética minimalista presente em sua casa. No armário do banheiro, poucos itens também revelam sua abordagem prática e despojada.

Continue lendo

Economia

Salário mínimo em 2025: impactos no INSS e no poder de compra dos brasileiros

O aumento do salário mínimo em 2025 trará mudanças significativas para trabalhadores e beneficiários do INSS

Publicado

on

O valor estimado para o próximo ano é de R$ 1.502, representando um reajuste de 6,67%

Os brasileiros estão atentos às mudanças previstas para 2025 com o reajuste do salário mínimo, um dos principais fatores que afetam diretamente a vida de trabalhadores e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com base na Política de Valorização Salarial, o próximo ano promete trazer um novo patamar de rendimentos para milhões de brasileiros, refletindo no poder de compra e nas condições econômicas do país.

Novo Salário Mínimo para 2025: Expectativa e Impacto

Em 2024, o salário mínimo foi fixado em R$ 1.412, porém, a expectativa para 2025 é de um aumento significativo. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor estimado para o próximo ano é de R$ 1.502, representando um reajuste de 6,67% em relação ao valor atual. Esse percentual reflete a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), parâmetros utilizados pelo governo para definir o novo valor.

No entanto, há projeções ainda mais otimistas que indicam um possível valor de R$ 1.509, embora a confirmação dependa do encerramento do INPC em novembro de 2024.

Impactos Diretos nos Benefícios do INSS

O reajuste do salário mínimo não apenas beneficia trabalhadores formais, mas também tem um impacto direto sobre os benefícios do INSS, como aposentadorias, pensões e auxílios assistenciais. Isso ocorre porque muitos dos pagamentos realizados pela Previdência Social são vinculados ao piso salarial. Dessa forma, aposentados e pensionistas que recebem o valor mínimo também terão seus rendimentos ajustados para o novo patamar.

A política de valorização salarial, defendida pelo governo, visa proteger o poder de compra dos beneficiários, especialmente em tempos de inflação alta, garantindo que esses cidadãos não percam seu poder de consumo.

Projeções para o Salário Mínimo nos Próximos Anos

Além do valor previsto para 2025, o governo já divulgou estimativas para os anos seguintes, com base nas tendências econômicas atuais. Segundo as projeções, o salário mínimo poderá atingir os seguintes valores:

  • 2026: R$ 1.595
  • 2027: R$ 1.687
  • 2028: R$ 1.783

Essas previsões ajudam trabalhadores e empresas a se prepararem para os próximos anos, ajustando orçamentos e estratégias financeiras.

Pisos Regionais e de Categorias: Diferenças Salariais pelo Brasil

Apesar do piso salarial nacional ser aplicado em todo o território brasileiro, alguns estados possuem piso salarial regional, estabelecido de acordo com o custo de vida local. Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina adotam pisos próprios que, geralmente, superam o valor nacional, garantindo melhores condições salariais para os trabalhadores dessas regiões.

Além disso, algumas categorias profissionais, como comerciários, metalúrgicos e professores, contam com pisos específicos, definidos por acordos e convenções coletivas de trabalho, que podem variar conforme negociações entre sindicatos e empresas.

Por que Compreender o Reajuste do Salário Mínimo é Importante?

Entender as mudanças no salário mínimo é fundamental para o planejamento financeiro de milhões de famílias brasileiras. Além de afetar diretamente o bolso do trabalhador, o reajuste impacta setores importantes da economia, influenciando preços, consumo e investimentos.

Para empresas, essa é uma oportunidade de avaliar os impactos nos custos operacionais, principalmente no que diz respeito à folha de pagamento. Para as famílias, conhecer as previsões do salário mínimo permite organizar o orçamento, preparar-se para mudanças e evitar surpresas financeiras.

O aumento do salário mínimo em 2025 trará mudanças significativas para trabalhadores e beneficiários do INSS, refletindo em ganhos reais para muitos brasileiros. Ao mesmo tempo, esse reajuste promete aquecer a economia, mantendo o consumo em alta e oferecendo condições mais favoráveis para quem depende desse piso salarial.

Continue lendo

Economia

Comércio prevê alta de R$ 1,5 bilhão no Dia das Crianças, aponta FecomercioSP

Esse aumento pode estar ligado à crescente demanda por cosméticos e produtos de perfumaria como opções de presente

Publicado

on

Foto: Divulgação

O Dia das Crianças, celebrado no próximo sábado (12), deve gerar um volume de negócios estimado em R$ 46,6 bilhões neste ano, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A expectativa é de um aumento de R$ 1,48 bilhão (3,3%) em relação ao mesmo período de 2023.

Apesar de considerado moderado, o crescimento reflete um cenário econômico estável, com o consumo mantendo-se em alta, conforme avaliação da entidade.

Entre os setores mais beneficiados pela data no Estado de São Paulo, o destaque vai para farmácias e perfumarias, que devem registrar uma elevação de 6,7% nas vendas, o equivalente a R$ 665,5 milhões a mais do que em outubro do ano passado. Esse aumento pode estar ligado à crescente demanda por cosméticos e produtos de perfumaria como opções de presente.

O setor de vestuário, tecidos e calçados também deve ver um crescimento de 3%, gerando um acréscimo de R$ 224,2 milhões em relação a 2023. Já o segmento de brinquedos tem uma previsão de alta de 2,5%, representando um aumento de R$ 529,2 milhões no faturamento.

Por outro lado, o setor de eletrodomésticos e eletrônicos deve apresentar um desempenho mais modesto, com uma alta de apenas 0,9%, resultando em R$ 61 milhões adicionais.

A FecomercioSP avalia que essas projeções positivas para o Dia das Crianças indicam boas perspectivas para o comércio no Natal, impulsionado pela entrada do décimo terceiro salário na economia, que tradicionalmente fortalece o consumo no fim do ano.

Continue lendo

Popular

Copyright © 2020 O Panorama