A descoberta de novas trilhas em regiões onde cidades estão desenvolvendo projetos de turismo ecológico está impulsionando a recuperação da vegetação da Mata Atlântica e trazendo de volta animais aos seus habitats naturais. Além disso, a identificação de novas trilhas tem um impacto positivo adicional, já que ajuda a afastar caçadores, já que os visitantes se apropriam dos locais anteriormente explorados de forma inadequada.
Esse trabalho está ganhando cada vez mais apoio, com organizações não governamentais (ONGs) como o Caminho da Mata Atlântica e as populações locais participando ativamente. As comunidades locais estão envolvidas em reuniões para determinar as áreas a serem visitadas, a fim de verificar se uma nova trilha pode ser criada.
De acordo com o coordenador nacional da comissão de governança do Caminho da Mata Atlântica e consultor do Caminho do Recôncavo, Chicão Schnoor, já é um fato histórico comprovado que a abertura de uma trilha para o turismo afasta outros usos ilegais. Schnoor acrescentou que “quanto mais fomentarmos um turismo consciente, responsável e regenerativo no território, melhor ele será preservado e gerará renda para as populações locais”.
Atualmente, duas trilhas de longo curso estão sendo implementadas na Baixada Verde, nome dado pelos ambientalistas à Baixada Fluminense, ao redor da Baía de Guanabara: o Caminho do Recôncavo da Guanabara e o Caminho da Mata Atlântica.
Parnaso
Magé, município localizado na área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), é o único que não possui uma sede de entrada e postos de fiscalização, como os outros municípios da região, como Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim.
Segundo o coordenador do Caminho da Mata Atlântica, Chicão, a expansão da área do parque chegou em grande parte até Magé, o que pode ser visto como uma vantagem, mas ao mesmo tempo tornou-se restritiva, impedindo visitações. O turismo responsável pode gerar uma grande fonte de renda, e Chicão acredita que é necessário criar um zoneamento do parque para estruturar os atrativos de Magé e abrir uma portaria para que os turistas possam aproveitar a região.
Chicão também revelou que tentou fazer a prospecção de uma trilha na área intangível, mas não pôde consolidá-la. Ele encontrou um acampamento de caçadores ilegal e afirma que, quando o turista não vem, o caçador vai. Ele acredita que abrir a região para turismo e educação ambiental é o papel de um parque nacional, e é isso que o Parnaso deveria fazer em Magé.
O Caminho da Mata Atlântica, planejado em 2012 como roteiro macro de trilhas, já aumentou o planejamento em mais de mil quilômetros. Chicão afirma que os novos rumos de caminhadas são definidos após conversas com populações locais, procurando desvios mais interessantes para atrair turistas. Por isso, toda definição de nova trilha começa com uma reunião com a comunidade local, mostrando o traçado planejado em 2012. É assim que o Caminho da Mata Atlântica vai ganhando extensões, como a parte que atualmente passa pela Guia de Pacobaíba, em Magé.
Além disso, há também o Caminho do Recôncavo da Guanabara, seguindo Schnoor, que é baseado em iniciativa com a possibilidade de um traçado que ainda não foi mapeado. Para isso, é necessário fazer uma prospecção de campo antes de se ter uma prospecção de pessoas.
A próxima etapa é verificar a rota que pode ser realizada entre a Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu, e a Ecovila El Nagual, em Santo Aleixo, em Magé. Chicão afirma que o Caminho da Mata Atlântica é uma trilha muito grande, são 4.300 quilômetros, e que já tem 800 km sinalizados, hotéis e guias cadastrados como parceiros oficiais para apoio do Caminho, mas que como é um quebra-cabeças de várias trilhas já existentes, pode ser feito completo se alguém quiser.
Acessibilidade
Garantir a acessibilidade em trilhas naturais é um desafio enfrentado por muitos parques nacionais e estaduais no Brasil. Enquanto algumas trilhas são acessíveis para visitantes inexperientes, outras apresentam obstáculos que exigem habilidades específicas, como atravessar rios, desviar de troncos caídos ou andar em mata fechada e em áreas encharcadas. Thiago Valente, gerente de projetos da Fundação Boticário e líder do Movimento Viva Água Baía de Guanabara, destaca a importância de deixar claro o nível de dificuldade das trilhas para garantir a acessibilidade. Mesmo em áreas formalmente protegidas, como os parques nacionais e estaduais, há uma carência significativa de investimentos que possam garantir a segurança dos visitantes.
Valente destaca a oportunidade perdida pelo Brasil em investir em turismo ecológico, ao contrário dos Estados Unidos, onde o setor movimenta bilhões de dólares por ano. A falta de infraestrutura é um dos gargalos para o desenvolvimento do turismo em trilhas naturais. Valente acredita que parcerias público-privadas podem ser uma solução para impulsionar investimentos nesse setor.
Para alcançar a acessibilidade em trilhas, investimentos públicos são necessários em unidades governamentais federais e estaduais. No entanto, o interesse em projetos privados vem crescendo, com potenciais investidores buscando projetos com impactos sociais e ambientais positivos. Estudos de acessibilidade e a construção de infraestrutura adequada podem facilitar a chegada dos turistas e oferecer uma experiência completa e segura. A criação de alianças entre a iniciativa privada e o poder público pode ser um desafio coletivo para garantir a acessibilidade em trilhas naturais, como na Baía de Guanabara.
Cerca de 58% dos turistas LGBTQ+ do Brasil relataram ter enfrentado discriminação em suas viagens. Essa informação faz parte de um estudo encomendado pela Booking.com, que explora as preferências e preocupações da comunidade LGBTQ+ ao viajar.
Os desafios para os viajantes LGBTQ+ não se limitam a experiências passadas de discriminação. A pesquisa indica que muitos esperam encontrar hostilidade em suas jornadas: 49% acreditam que a discriminação pode vir dos habitantes locais, enquanto 46% temem atitudes negativas de outros turistas.
Esse recorte foi obtido a partir de uma pesquisa online com 11.469 viajantes LGBTQ+ de 27 países, realizada entre abril e maio de 2024. Os participantes deveriam ter viajado a lazer nos últimos 12 meses.
Fatores de escolha de destino Na hora de escolher um destino, 82% dos entrevistados consideram o custo da acomodação como a prioridade, mas a aceitação da comunidade também pesa na decisão. Para 75% deles, a liberdade para serem autênticos é um critério crucial.
Outros fatores considerados incluem:
70% analisam relatos de experiências de outros viajantes LGBTQ+;
67% consideram a legislação local em relação a direitos humanos, igualdade de gênero e casamento entre pessoas do mesmo sexo;
64% avaliam a receptividade do destino em relação à comunidade LGBTQ+ em comparação com seu país de origem;
37% mencionaram a importância de filtros para identificar acomodações acolhedoras.
Quando a legislação é favorável, 89% se sentem à vontade para fazer check-in, 88% para se comunicar com anfitriões e companhias aéreas, e 87% para interagir com profissionais de hospitalidade, como guias e motoristas.
Tomadas de decisão e cultura pop Nos últimos 12 meses, apesar de 56% terem reservado viagens para destinos considerados favoráveis aos direitos LGBTQ+, 38% cancelaram planos em 2023 ao perceber que o local não apoiava a comunidade.
A influência da cultura pop também se destaca: 70% dos entrevistados mostraram-se mais propensos a escolher experiências de viagem inspiradas em músicas, filmes, séries e livros voltados ao público LGBTQ+.
Preconceito em voos A questão da discriminação em voos é igualmente preocupante. Entre os entrevistados, 39% relataram insegurança ao se sentar ao lado de estranhos. Além disso, 27% já vivenciaram situações negativas relacionadas à comunidade durante um voo. Para se proteger, 52% optam por reservar assentos com antecedência.
O estudo também revela que 45% dos participantes adotaram identidades distintas em diferentes ambientes durante as viagens, buscando segurança e proteção.
Praia em Fernando Noronha conquista título de ‘melhor praia do mundo’
Ranking anual foi divulgado pelo site especializado em viagens TripAdvisor, em votação feita entre viajantes que usam o site para relatar experiências.
O site de viagens TripAdvisor divulgou o ranking das 25 melhores praias do mundo em 2023, baseado nas avaliações dos viajantes que visitaram os locais nos últimos 12 meses. E, mais uma vez, a Praia do Sancho, em Fernando de Noronha, levou o primeiro lugar, superando concorrentes de diversos países.
Esta é a sétima vez que o Sancho conquista o título de melhor praia do mundo, sendo a quarta consecutiva. A praia faz parte do Parque Nacional Marinho, administrado pelo ICMBio, e é famosa por sua beleza natural, suas águas cristalinas e sua biodiversidade. Além de ser a preferida dos usuários do TripAdvisor, o Sancho também foi eleita a melhor praia do Brasil pelo site Booking em 2023.
O ranking do TripAdvisor inclui praias de diferentes continentes, com destaque para a Europa, que tem quatro representantes no top 10. A segunda colocada é a Eagle Beach, em Aruba, seguida pela Cable Beach, na Austrália. A lista completa das dez primeiras é:
Praia do Sancho: Fernando de Noronha (Brasil)
Eagle Beach: Palm/Eagle Beach, (Aruba)
Cable Beach: Broome, (Austrália)
Reynisfjara Beach: Vik, (Islândia)
Grace Bay Beach: Providenciales, (Ilhas Turcas e Caicos)
Praia da Falésia: Olhos de Água, (Portugal)
Radhanagar Beach: Ilha de Havelock, (Ilhas de Andamã e Nicobar)
Isola del Coligli: Lampedusa, (Ilhas da Sicília, Itália)
Um vídeo impressionante mostra um homem nadando tranquilamente em um mar de águas claras, cercado por arraias e tubarões. O registro foi feito nas Bahamas, um arquipélago na América Central, famoso por suas praias paradisíacas.
Nas imagens, é possível ver que o homem quase pisa em uma arraia por três vezes, mas consegue desviar a tempo. Ele também se depara com vários tubarões, que nadam perto dele. Em vez de se assustar, ele faz um gesto de carinho em um dos animais.
Segundo a legenda do vídeo, os tubarões são da espécie lixa, que não costuma atacar humanos, a menos que se sinta ameaçado. As arraias também são consideradas pacíficas, mas podem ferir com seus ferrões se pisadas ou perturbadas.
O vídeo mostra a beleza e a diversidade da vida marinha nas Bahamas, mas também alerta para os riscos de interagir com animais selvagens sem precaução. É importante respeitar o espaço e o comportamento desses seres, que podem reagir de forma inesperada.