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Brasil

Começam hoje campanhas de vacinação contra pólio e de multivacinação

Mobilização vai até 30 de outubro

Ministério da Saúde realiza Dia D da segunda fase da Campanha de Vacinação contra o Sarampo será neste sábado (30) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Começa hoje (5) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos. A mobilização vai até o dia 30 de outubro em postos de saúde de todo o país. Os órgãos de saúde alertam que a população deve procurar o serviço mesmo com a pandemia de covid-19, pois a vacina é de extrema importância para manter as crianças imunes à doença. No sábado (17), a vacinação será reforçada com o dia de mobilização nacional.

Também a partir desta segunda-feira, inicia-se a campanha nacional de multivacinação. Crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinados ou com esquemas incompletos de qualquer vacina, devem comparecer às unidades de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.

No público-alvo da campanha contra a poliomielite estão crianças menores de 5 anos de idade, com estratégias diferenciadas para crianças com até 1 ano incompleto e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos. A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina.

A estimativa do Ministério da Saúde é que haja no país 11,2 milhões de crianças nessa faixa etária. A meta é imunizar 95% desse público.

Doença

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.

Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio. Essa vacinação propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral.

No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus. No cenário internacional, hoje, existem dois países endêmicos para a doença: o Paquistão e Afeganistão.

Covid-19

O Ministério da Saúde orientou a rede pública a adotar medidas de prevenção contra a covid-19, para garantir a segurança das pessoas que comparecerem aos postos.

Entre as orientações para as unidades de saúde estão garantir a administração das vacinas em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das mãos ou álcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes da entrada na sala de vacinação.

De acordo com o ministério, até o momento não há contraindicação médica para vacinar pessoas com infecção pelo novo coronavírus. Caso alguma pessoa com covid-19, suspeita ou confirmada, esteja hospitalizada ou em unidade de saúde com sala de vacina, ela deve receber as doses de acordo com o calendário nacional de vacinação.

A campanha nacional também visa a conscientizar a população sobre a importância da vacinação para a proteção contra diversas doenças, no âmbito do Movimento Vacina Brasil, lançado no ano passado com o objetivo de combater as fake news e aumentar a cobertura vacinal da população.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, as vacinas estarão disponíveis nas 237 unidades da Atenção Primária à Saúde da capital, das 8h às 17h.

Durante as campanhas, as cadernetas de vacinação serão avaliadas para permitir a atualização das doses em atraso, atendendo os esquemas preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações. No período, o município do Rio também realizará a Estratégia de Intensificação contra o Sarampo, com a vacinação indiscriminada da população de 15 a 49 anos.

Mesmo com as ações de combate à pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Saúde montou estratégias para imunizar a população. Na vacinação contra a gripe, houve ações como a vacinação em sistema drive-thru em postos do Detran e em domicílio. Além disso, houve aplicação de vacinas nos postos da rede, obedecendo medidas de segurança. Mais de 2 milhões de pessoas foram imunizadas contra a gripe durante a campanha.

Segundo a secretaria, a mobilização é uma estratégia para disponibilizar a atualização do calendário de vacinas em uma única ida à unidade de saúde, o que facilita o acesso de pais ou responsáveis aos serviços de saúde pública.

Edição: Liliane Cardoso e Graça Adjuto – Agência Brasília

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Brasil

Jovem simula sequestro para pagar dívida de R$ 35 mil em apostas e é presa no Rio

Outro caso semelhante também foi registrado pela polícia

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A Polícia Civil prendeu uma jovem de 23 anos suspeita de simular o próprio sequestro para extorquir familiares e amigos. O caso foi investigado pela Delegacia Antissequestro (DAS), que descobriu que a jovem havia criado a farsa para conseguir dinheiro e quitar dívidas de apostas.

Segundo as autoridades, a jovem enviou mensagens ao pai, parentes e amigos na última terça-feira, simulando o sequestro. Ela chegou a gravar um vídeo em um suposto cativeiro, pedindo R$ 50 mil como resgate. Preocupado, o pai procurou a DAS, que iniciou as investigações e localizou a jovem no centro do Rio no mesmo dia. Ela foi presa em flagrante.

Em depoimento, a jovem confessou que era viciada em jogos de aposta e havia contraído uma dívida de R$ 35 mil com agiotas. Após perder o dinheiro emprestado, decidiu forjar o sequestro para obter a quantia necessária para quitar os débitos.

Segundo caso no mesmo dia

Ainda na terça-feira, a DAS prendeu um homem em São Gonçalo que também forjou o próprio sequestro. Ele havia alugado uma motocicleta e alegou ao dono do veículo que estava sendo mantido em cativeiro por traficantes do Complexo do Alemão. Durante as investigações, a polícia descobriu que a história era falsa e prendeu o homem, que exigia R$ 2 mil de resgate.

Penalidades e investigações

William de Medeiros Pena, delegado titular da DAS, explicou que os suspeitos responderão por extorsão na modalidade de falso sequestro, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão. Ele destacou que, se a vítima da extorsão for idosa, a pena pode ser aumentada.

— Todos os casos de sequestro forjado foram resolvidos pela DAS, e os envolvidos foram presos em flagrante — afirmou o delegado.

A polícia segue investigando outros possíveis envolvidos nos dois casos e alerta para os perigos e penalidades de práticas como essa.

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Polícia investiga desaparecimento do maior castelo inflável da América Latina

A polícia investiga o sumiço de um castelo inflável de 700 m², considerado o maior da América Latina, que desapareceu durante o transporte em Mogi Guaçu, São Paulo

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Maior castelo da América Latina / Foto: Divulgação

Um castelo inflável gigante, considerado o maior da América Latina, desapareceu após ser transportado por um caminhão de frete. O caso ocorreu em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Com 700 metros quadrados e um circuito interno de atividades, o brinquedo estava instalado no estacionamento do Buriti Shopping e seria enviado para uma exposição no Rio de Janeiro. O transporte foi realizado na última segunda-feira (18/11), mas o castelo nunca chegou ao destino.

Gil Fagundes Pueri, proprietário do parque inflável, relatou que contratou o serviço de frete por meio de um aplicativo. O brinquedo foi carregado em um caminhão Scania 112 branco, com placa e características que, inicialmente, pareciam ser da empresa contratada. No entanto, descobriu-se que a placa era clonada e que o transporte foi realizado por golpistas.

O caminhão foi visto seguindo em direção aos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Pueri está oferecendo uma recompensa por informações que ajudem a localizar o brinquedo.

O caso foi registrado como furto na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu. As autoridades seguem em busca de pistas para localizar o castelo inflável.

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Saúde

Células de gordura têm “memória” e podem explicar o efeito sanfona, aponta estudo

Estudo revela que o “efeito sanfona”, que causa o reganho de peso após dietas, pode ser influenciado por mudanças epigenéticas nas células de gordura

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Foto: Divulgação

A recuperação do peso após um processo de emagrecimento é uma realidade para muitos, e o fenômeno conhecido como “efeito sanfona” pode ser explicado por uma descoberta recente. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, identificaram que o DNA das células de gordura pode ter “memória”, o que facilita a recuperação do peso após um período de emagrecimento.

O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que mudanças epigenéticas no DNA das células de gordura podem ser responsáveis pelo “efeito sanfona”. A epigenética, campo da biologia que investiga como fatores externos influenciam a expressão genética sem alterar a sequência do DNA, pode ser a chave para entender a dificuldade de manter a perda de peso a longo prazo.

O estudo em camundongos

Para entender melhor as causas do efeito sanfona, os pesquisadores conduziram experimentos com camundongos. Os animais, que haviam perdido peso após uma dieta restritiva, apresentaram alterações epigenéticas nas células de gordura que persistiram, mesmo após o emagrecimento. Essas células “lembravam” do estado de sobrepeso e, ao retornar a uma dieta rica em gordura, os camundongos recuperaram rapidamente o peso perdido.

Ferdinand von Meyenn, professor de nutrição e epigenética metabólica na ETH Zurique, explicou que esse fenômeno ocorre devido a um “efeito de memória” nas células de gordura. “Após a perda de peso, as células ainda mantêm essa memória, facilitando o retorno ao peso anterior”, afirmou o pesquisador.

Implicações para os seres humanos

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os pesquisadores encontraram evidências semelhantes em seres humanos. Biópsias de tecido adiposo de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica indicaram mudanças genéticas consistentes com os resultados obtidos nos camundongos.

Contudo, os cientistas ainda não sabem quanto tempo essa “memória” do peso excessivo permanece nas células de gordura e se seria possível, no futuro, apagar essas alterações epigenéticas com medicamentos.

Prevenção continua sendo a melhor estratégia

A descoberta reforça a importância da prevenção. Como as células de gordura podem “lembrar” do estado de obesidade, é fundamental evitar o excesso de peso desde o início. Além disso, os pesquisadores indicam que outras células, como as do cérebro e vasos sanguíneos, também podem ter memórias epigenéticas que contribuem para o efeito sanfona. A próxima etapa da pesquisa será investigar essas possibilidades.

Por enquanto, a principal recomendação dos cientistas é que, para combater o “efeito sanfona”, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz.

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