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Brasil

Sociedade Brasileira de Pediatria defende vacinação em adolescentes

Entidade diz que grupo não está isento de formas graves e sequelas

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota nesta sexta-feira (17) na qual se manifesta favorável à vacinação contra a covid-19 de todos os adolescentes, com ou sem comorbidades. A posição foi mais uma reação contrária à recomendação do Ministério da Saúde de suspender a imunização de adolescentes sem comorbidades.  

Segundo a SBP, até o momento, a pasta registrou 2.416 mortes por covid-19 entre adolescentes, número maior que o conjunto de outras doenças imunossuprimíveis. O texto cita um estudo nacional que aponta risco de morte pelo menos duas vezes maior para pessoas a partir dos 12 anos em relação a crianças com idade entre 2 e 11 anos.

No documento, a entidade destaca que, apesar de uma ocorrência menor da doença entre adolescentes, o grupo não está isento de formas mais graves e de sequelas, com impactos cognitivos e no aprendizado. A entidade defende que o controle da cadeia de transmissão da doença passe por uma “ampla cobertura vacinal” da população.

A SBP destaca ainda que o uso da vacina da Pfizer/BioNTech em adolescentes foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a dose foi testada em ensaios clínicos que demonstraram segurança, eficácia e imunogenicidade. O texto pontua que o imunizante foi aprovado por autoridades sanitárias de outros blocos, como União Europeia, e é utilizado em 14 países, com milhões de doses já aplicadas.

Já o ministério informou que houve diversos casos de prefeituras que aplicaram vacinas não autorizadas pela Anvisa. Nos registros da pasta, dados enviados pelos estados mostram o público sendo imunizado com outras vacinas além da Pfizer/BioNTech.

Eventos adversos e abastecimento

Em relação a eventos adversos identificados após aplicação da vacina da Pfizer/BioNTech, os mais graves segundo a entidade, são os relacionados a miocardite. A nota ressalta, entretanto, que autoridades sanitárias dos Estados Unidos e do Reino Unido, mesmo diante dos casos, recomendam a vacinação de adolescentes.

“A maioria dos casos ocorreu em adolescentes do sexo masculino maiores de 16 anos e adultos jovens com menos de 30 anos de idade, mais frequentemente após a segunda dose da vacina.  A maioria dos pacientes respondeu bem ao tratamento com rápida recuperação”, assinala a SBP.

Dados do Ministério da Saúde apontam que foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes imunizados no país – todos de grau leve. Foi notificado um caso de morte de um jovem em São Paulo, mas o episódio, segundo a pasta, ainda está sendo investigado para avaliar se a causa foi o imunizante.

A associação conclui dizendo que “decisões unilaterais não contribuem para a construção de um programa de imunização de sucesso, sendo a confiança um dos principais pilares das ações de vacinação”. Questionados se a suspensão da vacinação teria relação com a falta de vacinas, representantes do ministério descartaram essa hipótese e afirmaram que não há problema de abastecimento de doses no país.

Sem segunda dose

Diante da recomendação de suspensão feita pela pasta, adolescentes sem comorbidades que receberam a primeira dose não devem ser imunizados com a segunda dose. A orientação de interromper a vacinação vale também para adolescentes com comorbidades que tomaram a primeira dose de farmacêuticas ainda sem autorização para uso nessa faixa etária, como é o caso da AstraZeneca e da CoronaVac.

Apenas adolescentes com comorbidades imunizados com a Pfizer/BioNTech na primeira dose podem seguir com o processo de imunização e completar o ciclo vacinal, procurando os postos para receber a segunda dose.

Por: Agência Brasil

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Tecnologia

WhatsApp lança ferramenta que converte áudios em textos: veja como ativar

O WhatsApp lançou uma nova função que converte áudios em textos, ajudando usuários a economizarem tempo. Saiba como ativar o recurso e transcrever suas mensagens de voz

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A partir desta quinta-feira (21), o WhatsApp começou a liberar um novo recurso que transforma mensagens de áudio em texto. A funcionalidade promete ajudar os usuários a economizar tempo, permitindo que leiam o conteúdo de uma gravação em vez de ouvi-la, algo especialmente útil em ambientes ruidosos ou em situações onde o áudio não pode ser reproduzido.

O recurso pode ser ativado nas configurações do aplicativo e aplicado a mensagens específicas. Ele garante praticidade ao oferecer uma alternativa rápida para acessar o conteúdo dos áudios, sem comprometer a privacidade, já que as transcrições ficam armazenadas no dispositivo e são protegidas por criptografia de ponta a ponta, segundo o WhatsApp.

Como ativar o recurso de transcrição de áudio no WhatsApp

  1. Acesse as “Configurações” do WhatsApp.
  2. Selecione a opção “Conversas”.
  3. Ative “Transcrição de mensagens de voz”.
  4. Escolha o idioma desejado.

Com o recurso configurado, basta pressionar uma mensagem de áudio e selecionar “Transcrever” para acessar a versão em texto.

Disponibilidade e suporte a idiomas

A atualização será lançada gradualmente e estará disponível para todos os usuários nas próximas semanas. Inicialmente, apenas alguns idiomas serão suportados, mas o WhatsApp planeja expandir o suporte nos meses seguintes.

Alternativas para quem ainda não recebeu a novidade

Enquanto o recurso não está disponível para todos, aplicativos de terceiros podem ser utilizados para transcrever mensagens de áudio. Entre eles estão:

  • ViraTexto: Transcreve áudios em português de até 4 minutos. Disponível pelo número (31) 97228-0540.
  • LuzIA: Usa inteligência artificial para transcrever mensagens de até 10 minutos. Disponível no número (11) 97255-3036.
  • Zapia: Oferece transcrição sem limite de tempo, embora áudios maiores possam demorar mais para serem processados. Número: (11) 3230-2407.

Essas ferramentas podem ser úteis enquanto o novo recurso do WhatsApp não está acessível para todos.

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Política

Bolsonaro e aliados são indiciados por tentativa de golpe: veja o papel de cada um

Relatório da PF detalha núcleos organizados para plano antidemocrático

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Bolsonaro e aliados

Além de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal indiciou ex-ministros, assessores e políticos ligados ao ex-presidente por suspeita de tentativa de golpe de Estado. O grupo teria se dividido em seis núcleos, como “Desinformação”, “Jurídico” e “Inteligência Paralela”.

Quem são os indiciados e seus papéis

Jair Bolsonaro
Segundo a PF, Bolsonaro participou da elaboração e tentativa de execução do golpe, incluindo a análise de um decreto para intervenção no TSE. A defesa nega envolvimento.

Walter Braga Netto
O ex-ministro é acusado de incitar membros das Forças Armadas a aderirem ao golpe. Ele nega as acusações, chamando-as de “invenção”.

Augusto Heleno
Teria sugerido ações contra instituições e infiltrado agentes da Abin em campanhas eleitorais. Não se manifestou.

Anderson Torres
Acusado de guardar a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa e de coordenar ações com outros investigados. Ele alega que o documento seria descartado.

Valdemar Costa Neto
Suspeito de usar a estrutura do PL para ataques às urnas. Foi preso por posse ilegal de arma e usurpação de bens.

Filipe Martins
Ex-assessor, teria levado minutas golpistas a Bolsonaro e viajado para Orlando de forma irregular para evitar a aplicação da lei penal.

Almir Garnier
Ex-comandante da Marinha, teria apoiado o plano golpista e incentivado ações para consumar o golpe.

Tércio Arnaud e Marcelo Costa Câmara
Ex-assessores de Bolsonaro, atuaram no “gabinete do ódio” e no monitoramento ilegal de adversários.

Outros indiciados incluem militares e integrantes de núcleos logísticos do plano, como Bernardo Correa Netto e Ronald Ferreira Junior.

Próximos passos

O caso será analisado pelo STF, sob relatoria de Alexandre de Moraes. As penas podem ultrapassar 30 anos para os crimes apontados.

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Brasil

Jovem simula sequestro para pagar dívida de R$ 35 mil em apostas e é presa no Rio

Outro caso semelhante também foi registrado pela polícia

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A Polícia Civil prendeu uma jovem de 23 anos suspeita de simular o próprio sequestro para extorquir familiares e amigos. O caso foi investigado pela Delegacia Antissequestro (DAS), que descobriu que a jovem havia criado a farsa para conseguir dinheiro e quitar dívidas de apostas.

Segundo as autoridades, a jovem enviou mensagens ao pai, parentes e amigos na última terça-feira, simulando o sequestro. Ela chegou a gravar um vídeo em um suposto cativeiro, pedindo R$ 50 mil como resgate. Preocupado, o pai procurou a DAS, que iniciou as investigações e localizou a jovem no centro do Rio no mesmo dia. Ela foi presa em flagrante.

Em depoimento, a jovem confessou que era viciada em jogos de aposta e havia contraído uma dívida de R$ 35 mil com agiotas. Após perder o dinheiro emprestado, decidiu forjar o sequestro para obter a quantia necessária para quitar os débitos.

Segundo caso no mesmo dia

Ainda na terça-feira, a DAS prendeu um homem em São Gonçalo que também forjou o próprio sequestro. Ele havia alugado uma motocicleta e alegou ao dono do veículo que estava sendo mantido em cativeiro por traficantes do Complexo do Alemão. Durante as investigações, a polícia descobriu que a história era falsa e prendeu o homem, que exigia R$ 2 mil de resgate.

Penalidades e investigações

William de Medeiros Pena, delegado titular da DAS, explicou que os suspeitos responderão por extorsão na modalidade de falso sequestro, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão. Ele destacou que, se a vítima da extorsão for idosa, a pena pode ser aumentada.

— Todos os casos de sequestro forjado foram resolvidos pela DAS, e os envolvidos foram presos em flagrante — afirmou o delegado.

A polícia segue investigando outros possíveis envolvidos nos dois casos e alerta para os perigos e penalidades de práticas como essa.

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