conecte-se conosco

Política

Bolsonaro fica sem título de cidadão catarinense devido à lei criada contra Lula

Lei aprovada pela assembleia de SC proíbe pessoa inelegível de virar cidadão catarinense; medida foi adotada para impedir Lula, mas atingiu Bolsonaro

Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) suspendeu na quinta-feira (14) a tramitação do projeto de lei que concedia o título de Cidadão Catarinense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa, de autoria do deputado estadual Coronel Mocellin (PSL), esbarrou na lei que veta a honraria a pessoas condenadas em segunda instância, aprovada em 2021 pelo próprio parlamento catarinense.

A lei, de autoria do deputado Bruno Souza (Novo), tinha como alvo o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia recebido o título em 2008, mas nunca o retirou. Na época, Lula era considerado inelegível por ter sido condenado pela operação Lava-Jato, mas teve suas sentenças anuladas posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro, por sua vez, foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho deste ano, por ter violado a lei eleitoral ao usar recursos públicos para promover atos antidemocráticos. A decisão ainda cabe recurso no STF.

O projeto de Mocellin, que contava com o apoio do governador Carlos Moisés (PSL), foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc na terça-feira (12), sem o número mínimo de 10 assinaturas, o que pode gerar questionamentos jurídicos. O único voto contrário foi do deputado Fabiano da Luz (PT), líder da oposição ao senador Jorginho Mello (PL), aliado de Bolsonaro.

Luz criticou a proposta e lembrou que Bolsonaro não prestou assistência aos catarinenses atingidos pelo ciclone que devastou o estado em 2019. “Ele sobrevoou as áreas afetadas, não conversou com nenhum prefeito e não liberou um centavo”, disse.

A Alesc não se pronunciou sobre o motivo da retirada do projeto da pauta. O presidente da Casa, Mauro de Nadal (MDB), afirmou que a decisão foi tomada em conjunto com os líderes partidários. Bolsonaro também não comentou o assunto.

O ex-presidente segue sua agenda de viagens pelo país e deve chegar nesta sexta-feira (15) a Curitiba, onde receberá o título de cidadão paranaense. A cerimônia está prevista para as 18h, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O governador Ratinho Junior (PSD) confirmou que participará do evento.

Política

Lei Marcial na Coreia do Sul: O que significa a medida adotada por Yoon Suk Yeol

Entenda os efeitos da lei marcial decretada por Yoon Suk Yeol e as reações políticas na Coreia do Sul

Publicado

on

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou a imposição de lei marcial nesta terça-feira (3), alegando a necessidade de “limpar elementos pró-Coreia do Norte”. A medida, que substitui a legislação normal por um regime militar, amplia os poderes do Executivo, fecha o Parlamento e restringe direitos civis.

A lei marcial, embora temporária, confere autoridade total às forças militares em momentos de crise. Ela foi utilizada diversas vezes na década de 1960, durante períodos de golpes militares e protestos generalizados. Esta, no entanto, é a primeira vez que a medida é imposta desde a redemocratização do país, no final dos anos 1980.

Reações Políticas e Bloqueio do Parlamento

A decisão de Yoon gerou reações imediatas, especialmente da oposição, que controla o Parlamento. Após o anúncio, o prédio do Legislativo foi cercado por policiais e o acesso foi restrito. Em resposta, líderes da oposição convocaram protestos contra a medida, acusando o presidente de usar a ameaça da Coreia do Norte como pretexto para ampliar seu poder.

Yoon, que assumiu a presidência em 2022, enfrenta um ambiente político tenso, com baixa popularidade devido a controvérsias envolvendo sua gestão e familiares. O presidente não detalhou as ameaças da Coreia do Norte que justificaram a medida, mas disse que o objetivo é eliminar “elementos antiestatais” e proteger a ordem no país.

A Tensão no Parlamento e a Reação dos Líderes

A oposição, liderada por Lee Jae-myung, reagiu fortemente, dizendo que a imposição da lei marcial representaria um colapso econômico e a transformação da Coreia do Sul em um Estado autoritário. Já Han Dong-hoon, do Partido do Poder Popular (a legenda de Yoon), classificou a decisão como errada, prometendo resistir com o apoio popular.

Além de fechar o Parlamento, o presidente Yoon criticou os deputados da oposição por, segundo ele, comprometerem a segurança do país ao reduzir orçamentos essenciais. Em seu discurso, ele acusou a Assembleia Nacional de ser um “monstro” que ameaça destruir a democracia no país.

Lei Marcial em Outros Países

A imposição de lei marcial não é exclusiva da Coreia do Sul. Em 2022, a Rússia decretou a medida em territórios da Ucrânia, após a invasão do país. Da mesma forma, a Ucrânia também adotou a lei marcial no início do conflito com a Rússia, impondo restrições significativas à sua população.

A principal consequência da lei marcial é a suspensão temporária de direitos civis e a substituição de governantes civis por militares, com o objetivo de restaurar a ordem em momentos de grande instabilidade.

Impacto no País e Projeções Futuras

Enquanto a Coreia do Sul enfrenta uma crise política interna, a imposição da lei marcial deve gerar novos desdobramentos tanto na política quanto na sociedade sul-coreana. A medida coloca o país em uma posição delicada, com a oposição denunciando uma possível tentativa de Yoon de consolidar o poder à custa da democracia. A reação popular e os próximos passos do governo serão cruciais para determinar os rumos da nação.

Continue lendo

Política

Flávio Dino autoriza retomada do pagamento de emendas parlamentares

Decisão do STF visa garantir transparência nas execuções de recursos, com medidas específicas para diferentes tipos de emendas, visando destravar votações no Congresso

Publicado

on

Ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF),

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (2/12) a retomada do pagamento das emendas parlamentares, que haviam sido suspensas desde agosto devido à necessidade de adequação às normas constitucionais de transparência e rastreabilidade. A medida visa garantir mais controle sobre a destinação dos recursos públicos.

Agora, os parlamentares terão que seguir novas exigências. As emendas de relator (RP 9) e de comissão (RP 8) poderão ser liberadas, mas com a devida identificação dos parlamentares responsáveis. Já as emendas Pix necessitarão de um plano de trabalho prévio para serem pagas, enquanto as emendas anteriores a 2025 terão até 60 dias para regularizar qualquer pendência nesse sentido. No caso das emendas de bancada, será exigida a individualização de cada uma delas, e, daqui em diante, as emendas só serão aprovadas com planos de trabalho claros e depósitos em contas específicas.

Com essa liberação, espera-se que o Congresso possa avançar nas votações de pautas prioritárias para o governo, como a revisão dos gastos públicos e a análise das duas principais leis orçamentárias: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Flávio Dino destacou, na decisão, a gravidade da situação de recursos públicos que, no passado, circulavam sem a devida rastreabilidade: “BILHÕES DE REAIS do Orçamento da Nação tiveram origem e destino incertos e não sabidos”, afirmou o ministro, que apontou a falta de documentação clara para a execução de emendas.

A decisão segue a mobilização do Congresso sobre o tema, especialmente após a criação de uma proposta pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), que foi aprovada na Câmara dos Deputados em novembro e estabelece normas para garantir a transparência na execução das emendas parlamentares.

Continue lendo

Política

Haddad vai anunciar isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Pronunciamento em rede nacional também detalhará pacote fiscal com cortes de gastos

Publicado

on

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (27), às 20h30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento em rede nacional para anunciar mudanças no Imposto de Renda. Entre as novidades está a proposta de isenção para pessoas físicas com rendimentos de até R$ 5 mil, uma medida aguardada por muitos contribuintes.

Além da isenção do IR, Haddad detalhará o pacote fiscal que está sendo finalizado pelo governo e que incluirá cortes de gastos. A proposta será enviada ao Congresso Nacional, com o objetivo de ajustar as contas públicas após o encerramento das eleições municipais.

De acordo com informações divulgadas, o pronunciamento terá duração de 7 minutos e 18 segundos. A gravação foi realizada na tarde de terça-feira (26), com transmissão confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Continue lendo

Popular

Copyright © 2020 O Panorama