A fotografia tem um papel muito importante na sociedade. Ela registra fatos históricos, nos proporcionam comunicação e nos ajudam a entender o mundo em diversas óticas, permitindo infinitas possibilidades de interpretações e sentimentos. Dentro do cenário musical, a fotografia pode transformar um instante em algo palpável, trazendo toda a energia de um momento único em um show por exemplo, em forma de imagem.
São muitos os fotógrafos que acompanham artistas registrando shows, momentos de gravações, campanhas publicitárias e aparições importantes. Entre os nomes da atualidade, o fotógrafo brasiliense Breno Galtier, de 26 anos de idade, tem se destacado por eternizar em imagens tais momentos de quem vive no meio musical. No currículo do fotógrafo, nomes de artistas como Manu Gavassi, AnaVitória, Silva, Jão, Tiago Iorc e as bandas brasilienses Scalene e Lupa.
A fotografia chegou na vida de Breno de forma muito prematura, quando aos 12 anos de idade, começou a ter contato com o computador. Na época, ainda não fotografava, mas tinha grande interesse por edição de imagens, usava o photoshop e acompanhava sites de fotografia. Conforme o interesse pela arte foi ficando mais forte, o jovem começou a fazer fotografias analógicas da família e dos amigos.
“Quando tinha uns 14/15 anos ganhei minha primeira câmera que já era mais profissional, e já fui certo em transformar isso em profissão. Embora não tivesse o equipamento antes, já estudava muito sobre o funcionamento, então assim que ganhei, já comecei a fazer ensaios de pessoas que conhecia e a partir disso comecei a vender alguns trabalhos e fazer outros por experiência”, conta Breno sobre os primeiros passos na profissão.
Como todo fotógrafo em início de carreira, o jovem fotografava de tudo um pouco, casamentos, 15 anos, paisagens e ensaios de pessoas. Não se identificava com nenhuma das áreas e foi aí que mais uma vez, a internet teve um papel importante. Na época, o Fotolog fazia sucesso entre os jovens, incluindo Breno, que gostava de acompanhar perfis de bandas e artistas.
A rede era utilizada como uma espécie de diário, apenas um post por dia podia ser feito e as bandas utilizavam o espaço para guardar registros dos shows, da estrada e dos bastidores. Observador, Breno começou a reparar que sempre tinham fotógrafos marcados nas publicações e que essa poderia ser a área de atuação escolhida também por ele.
“Em paralelo à fotografia sempre gostei muito de música e sempre tive interesse em conhecer mais sobre os artistas. Com o Fotolog, comecei a acompanhar bandas que gostava e reparei que sempre tinha fotógrafo marcado e vi que era uma profissão. Comecei a acompanhar os fotógrafos das bandas que eu gostava e coloquei na cabeça que queria atuar nesse meio”, explica Breno.
Com a meta a ser cumprida, o fotógrafo começou a frequentar shows que gostava em Brasília para produzir conteúdo. Entre os primeiros eventos que cobriu, um show da cantora Mallu Magalhães, em um desfile no qual a cantora fez a trilha sonora. Entre os primeiros artistas com quem o fotógrafo trabalhou, Tiago Iorc e bandas de Brasília como Lupa, Dona Cislene e Scalene.
Ida para São Paulo
Brasília é a capital do rock mas tem um cenário muito restrito em relação aos tipos de arte. Com um trabalho pautado em cobrir shows de artistas nacionais, o fotógrafo nunca se sentiu em casa e sempre soube que seria necessário mudar de estado caso quisesse alçar voos mais altos. Entre os primeiros grandes passos da carreira do artista, está a cobertura do Lollapalooza em 2014.
“Fazia ensaios de artistas quando vinham para Brasília e nesse período já estava identificando que Brasília não era o cenário ideal para o que queria. Comecei a investir em idas para São Paulo, lá tem uma maior quantidade de artistas e casas que investem nessas questões da fotografia e do conteúdo de qualidade”, conta o fotógrafo.
Em termos de desafio, São Paulo foi um grande feito na carreira do artista, que ao longo de sua trajetória foi trabalhando uma rede de networking e se preparando para quando fosse o momento de mudar. A mudança aconteceu em 2018, ao chegar na cidade, o fotógrafo já tinha uma turnê fechada, mas a quantidade de shows não era grande. “Meu primeiro semestre na cidade foi focado em fazer dar certo, um amigo me incentivou a arriscar mas eu tinha que fazer com que desse certo”, lembra.
Entre outros grandes desafios, a pandemia 2020, que causou um grande impacto na vida de quem trabalha na área da cultura, sendo a primeira a parar e a última a voltar. “No início do ano, antes da pandemia trabalhei muito no carnaval e em outros projetos e com isso consegui uma reserva de dinheiro que foi o ideal para sobreviver no ano. Passei muitos meses sem trabalho e quando tinha alguma proposta, tinha muito medo e receio, embora existisse a necessidade de trabalhar”, explica sobre como lidou com as questões pandemicas.
Ainda durante a da pandemia, o fotógrafo criou uma loja online para vender fotos impressas. Conforme a chegada da vacina e a flexibilização das restrições de segurança, o fotografo começou a trabalhar com make off de cinema e campanhas publicitárias e projetos de audiovisual. Sobre a emoção em poder registrar momentos únicos em fotografias, Breno diz se inspirar na energia de troca verdadeira que acontece entre público e artista.
“Acho que é uma troca tão bonita! Sou muito observador e trânsito em todos os lugares, palco, plateia, músicos… gosto de ver a troca de energia. No momento pode até ser algo que a gente não se lembre tanto, pois faz tempo que não tem show mas é o que me vem à cabeça. Cada show é um show, cada público é um público, identifico os sentimentos dos artistas, quando estão tendo uma troca bacana e isso me inspira! É muito difícil cair em uma rotina e mesmo com roteiros pré definidos olhando mais por uma questão comercial, ainda é possível criar de uma forma diferente”, conta Breno.
Os artistas com quem trabalha
O duo AnaVitória surgiu em meados de 2014, mas foi em 2016 que ganharam destaque e já no primeiro ensaio de fotos para divulgação, Breno foi o fotógrafo escolhido para fotografar a dupla. Entre os trabalhos de destaque mais recentes, as fotos de divulgação para o álbum “Cor”, último grande trabalho lançado pelo duo.
“Já tinha uma relação com o empresário delas por conta do Tiago Iorc, assim que ele começou a trabalhar com elas, me chamou para fazer o primeiro ensaio e fomos construindo essa imagem juntos. Repercutiu bastante, tinha pôster em todos os lugares com essas fotos e foi muito bonito reverberando bem para elas”, conta Breno sobre como surgiu a relação de trabalho com o duo.
Nessa época, o fotógrafo ainda morava em Brasília, então não conseguia ser tão presente, mas o trabalho nunca deixou de existir. Cobria os shows do duo quando estavam em Brasília e faziam ensaios pontuais sempre que possível. Em 2019, ao cobrir um show da dupla no Rio de Janeiro a relação de trabalho do grupo ficou mais forte, e desde então, foram muitos outros shows, lançamentos e campanhas publicitárias.
“Fui vendo um crescimento gigantesco nelas, evoluíram muito em relação ao público e quando isso acontecia de forma ao vivo era bizarro. É uma troca muito verdadeira delas com o público, elas são artistas de palco e se envolvem muito, é sempre uma vibração gigantes que abraça elas de uma forma muito bonita”, conta o fotógrafo.
Já com Manu Gavassi, o trabalho é um pouco mais recente e também veio por conta do empresário da artista. O primeiro trabalho do fotógrafo com a cantora foi em 2015 em um show. Hoje os trabalhos são focados em campanhas publicitárias e make off, devido às demandas gigantescas de publicidade pós BBB, programa no qual a cantora ficou em terceiro lugar no ano de 2020.
“Em 2019 ela foi fazer um único show que foi e foi muito legal, ela gostou muito dessa coisa de registrar o make off e começamos a trabalhar juntos. Pro artista isso é bom, pois ele se sente mais à vontade e para as marcas é importante ter o processo registrado”, finaliza o fotógrafo.
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O carnaval carioca de 2025, no comecinho de março, será o último em que o público da Passarela do Samba ouvirá o tradicional grito de guerra “Olha a Beija-Flor aí, gente!” com a voz de Neguinho da Beija-Flor. Há 50 anos na escola de samba azul e branca, o cantor e intérprete anunciou nesta quarta-feira (20) que fará apenas mais um desfile no Sambódromo. “O desfile de 2025 marcará minha despedida como intérprete de seus hinos na Passarela do Samba”, escreveu Neguinho, em uma carta direcionada “à minha amada Beija-Flor” e publicada no Instagram.
“Vamos atravessar a Passarela do Samba pela derradeira vez, eu com a minha voz e o orgulho de sempre, sustentando a força e a magia de nossa comunidade que brilha no altar dos bambas. Será mais um momento de nosso amor eterno”, prometeu.
O cantor de 75 anos está na escola de samba desde 11 de junho de 1975, quando entrou para a ala de compositores. Isso faz com que tenha participado de todos os 14 títulos da escola de Nilópolis, município da região metropolitana do Rio de Janeiro. “Inserimos a Beija-Flor de Nilópolis na história da maior festa popular do Brasil. Em lugar de protagonista”, afirmou.
Na carta de despedida, Neguinho mostra a ligação profunda que tem com a azul e branca, a ponto de ter alterado o nome na carteira de identidade para Luiz Antonio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes.
Na despedida, ele lembra também de todo apoio que recebeu da agremiação e comunidade ao participar de desfile no período em que fazia tratamento contra um câncer, em 2009.
“Tenho fé que me curei graças a Deus e ao abençoado remédio do Carnaval. Nunca esquecerei como a comunidade me recebeu, na volta aos ensaios, em nossa quadra sagrada. O aplauso e a montanha de carinho estão para sempre tatuados na memória”, contou.
Ao descrever a relação com a escola, o cantor diz no comunicado de despedida que “jamais” cogitou receber salário da Beija-Flor. “Nunca assinei contrato nem me submeti a qualquer burocracia. Nossa relação é única e dispensa protocolos. Costumo repetir que se alguém deve algo, sou eu a você, minha escola”.
A voz mais famosa da história da agremiação e, talvez, até do carnaval carioca, finaliza com o grito de guerra eternizado.
“Obrigado por tudo, minha escola, minha vida, meu amor. Olha a Beija-Flor aí, gente!”.
Em publicação também no Instagram, a escola de samba mostrou que a relação entre a Beija-Flor e Neguinho é recíproca. “O ano de 2025 será marcado por grandes homenagens e recordações. Viveremos o último desfile com a voz da nossa história. Nos enchemos de orgulho, gratidão e respeito. O lado profissional se encerra, mas o elo é eterno. Sua história está gravada em nossas cores, nossos sambas e nossos corações”, registra a publicação.
A escritora Conceição Evaristo será a homenageada da Festa Literária das Periferias (Flup) 2025, que ocorrerá entre 20 e 29 de novembro do próximo ano. Será a primeira vez que o festival homenageará uma autora em vida. De acordo com os organizadores, isso reforça o compromisso da Flup “com a valorização e fortalecimento de vozes ativas e transformadoras”.
A escritora – considerada como “referência central da literatura brasileira e internacional” – ficou emocionada quando recebeu o convite dos organizadores, quando participava do debate com a colega inglesa Bernardine Evaristo, na Flup, que terminou no último domingo (17).
A programação da Flup em 2024 foi no Circo Voador, espaço tradicional da cena cultural carioca, e uniu literatura, música, performances e muita reflexão crítica. Nos sete dias do evento, 31.997 pessoas acompanharam mesas literárias com nomes como Mame-Fatou Niang, Ana Paula Lisboa, Cidinha da Silva, Jurema Werneck, Neon Cunha, Nilma Bentes, Oyèrónke Oyěwùmí, Sueli Carneiro, Marie NDiaye, Audrey Pulvar, Bela Gil, Creuza Oliveira, Christiane Taubira, Elisa Lincon, Rokhaya Diallo, Flávia Oliveira e muitas outras mulheres negras. “Juntas, elas destacaram temas essenciais sobre literatura negra, ancestralidade, feminismo e transformação social”, disse a organização do evento, acrescentando que, considerando os canais Flup e Futura na rede social, a Flup teve 13.324 visualizações no Youtube.
Apresentações de artistas como Lia de Itamaracá, Dona Onete, Ilê Aiyê, Fabiana Cozza, Pérolas Negras (Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zezé Motta), diversos DJs e várias rodas de samba, além de batalhas de vogue e do passinho, slam e poesia, animaram o público.
“Ao todo, foram 18 shows que conectaram arte e resistência em sete dias de uma programação elogiada pelo público e pela crítica. Somente no dia 15 de novembro, data da programação mais extensa da Flup24, 9.300 pessoas estiveram no Circo Voador”, contou.
Mike Tyson, que recentemente viralizou ao aparecer com o bumbum à mostra durante uma transmissão ao vivo, recebeu uma oferta milionária para repetir o gesto. Um site adulto propôs pagar US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) para que o ex-pugilista participe de um show de webcam exibindo a parte íntima por uma hora.
A proposta foi enviada pelo vice-presidente do CamSoda, Daryn Parker, que declarou ao TMZ: “Talvez seja hora de pendurar as luvas e explorar novas oportunidades”.
O momento inusitado aconteceu antes da luta contra Jake Paul, quando Tyson, ainda no vestiário, foi flagrado com os glúteos expostos. A cena surpreendeu a equipe e até mesmo o filho do lutador, que o entrevistava no momento.
Mike Tyson, que já esteve envolvido em outras polêmicas ao longo da carreira, segue gerando repercussão, mesmo fora dos ringues.