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Economia

Estudo revela perda de R$ 103 bilhões mensais para trabalhadores negros devido à desigualdade racial

Foto: Rede social

Um novo estudo do Núcleo de Estudos Raciais do Insper, intitulado “O custo salarial da desigualdade racial”, revela que a desigualdade no mercado de trabalho faz com que trabalhadores negros percam R$ 103 bilhões por mês. Desse total, estima-se que R$ 14 bilhões são diretamente retirados dos salários desses profissionais devido ao racismo.

O levantamento, realizado por economistas do Insper com apoio da Open Society Foundations, avaliou como a desigualdade racial e a discriminação impactam a renda dos trabalhadores negros no Brasil. A pesquisa concluiu que, se esses profissionais recebessem salários e tivessem o mesmo nível de empregabilidade que os brancos, a massa salarial total seria significativamente maior.

De acordo com o estudo, a maior parte dessa perda está relacionada à desigualdade racial. Homens negros deixam de receber R$ 61,67 bilhões por mês, enquanto as mulheres negras perdem R$ 41 bilhões. Além disso, a discriminação direta responde por uma perda de R$ 8,85 bilhões nos salários dos homens negros e R$ 5,78 bilhões das mulheres negras.

Pessoas negras no ambiente de trabalho/ Foto:Divulgação


A pesquisa também identificou que a diferença salarial entre negros e brancos aumentou nos últimos anos, especialmente após a pandemia. Em comparação com 2023, a massa salarial total perdida por homens e mulheres negros cresceu 13,28% em 2024.

Para os pesquisadores, essas disparidades não apenas limitam o acúmulo de recursos por parte dos trabalhadores negros, mas também perpetuam um ciclo de desigualdade que afeta as gerações futuras. Eles ressaltam a necessidade de políticas públicas que combatam tanto a discriminação no mercado de trabalho quanto as desigualdades raciais sistêmicas para reverter esse quadro.

Economia

Brasil Ganha Cinco Novos Bilionários em 2024

Em 2024, cinco brasileiros entraram para a lista dos bilionários, atuando em setores como agronegócio, tecnologia, bancos e transportes.

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Foto: Divulgação

O Brasil testemunhou a entrada de cinco novos bilionários em 2024, conforme a lista anual da revista Forbes divulgada recentemente. Esses novos membros do seleto grupo de super-ricos destacam-se por suas atuações em setores como agronegócio, tecnologia, bancos e transportes, refletindo a diversidade econômica do país.

Ricardo Castellar de Faria

O mais rico entre os novos bilionários é Ricardo Castellar de Faria, com um patrimônio estimado em R$ 17,45 bilhões. Nascido no Rio de Janeiro, mas estabelecido em Santa Catarina, Ricardo, de 49 anos, construiu sua fortuna como fundador da Granja Faria, maior produtora de ovos comerciais no Brasil. Além de presidir a Associação Catarinense de Avicultura, ele também lidera outras empresas, como Insolo e RCF Capital. A Granja Faria, criada em 2006, emprega 2,7 mil funcionários em 34 unidades produtoras e fornece cerca de 16 milhões de ovos por dia.

Maria Cristina Frias

Maria Cristina Frias, de 60 anos, herdeira do grupo Folha da Manhã, é outra novidade na lista, com uma fortuna de R$ 6,31 bilhões. Filha do empresário Octávio Frias de Oliveira, Maria Cristina consolidou sua posição ao investir em tecnologia. Em 2007, a família adquiriu a BRPay, primeira plataforma de pagamentos on-line do Brasil, que se tornou o PagSeguro. Em 2024, a fintech foi avaliada em cerca de R$ 21 bilhões, destacando o sucesso dos investimentos da família.

João Annes Guimarães e Família

João Annes Guimarães, de 64 anos, também se juntou ao clube dos bilionários, com um patrimônio de R$ 1,29 bilhão. Neto do fundador do Banco BMG, João Annes manteve a tradição familiar no setor bancário. O BMG, fundado em 1930, foi pioneiro nos empréstimos consignados no Brasil e continua sendo uma das poucas instituições financeiras regionais independentes.

Consuelo Andrade de Araújo e Família

Aos 92 anos, Consuelo Andrade de Araújo viu seu patrimônio alcançar R$ 1,15 bilhão, graças ao Banco Mercantil do Brasil. Embora não tenha uma função executiva no banco, a matriarca acompanhou a valorização das ações da instituição, o que resultou na inclusão da família na lista da Forbes. O Mercantil do Brasil, conhecido por financiar pequenas empresas, ampliou recentemente sua atuação nos empréstimos consignados, o que impulsionou seu crescimento.

José Mario Caprioli dos Santos e Família

José Mario Caprioli dos Santos, de 53 anos, acumulou R$ 1,12 bilhão como acionista da Azul Linhas Aéreas. Ex-sócio da Trip Linhas Aéreas, ele se tornou um grande acionista após a fusão com a Azul, empresa fundada por David Gary Neeleman. A ligação da Trip com o grupo capixaba Águia Branca, que atua nos setores de transporte rodoviário e logística, foi crucial para a expansão de seu patrimônio.

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Economia

Valorização da Petrobras impulsiona Ibovespa a novo recorde

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Foto/Reprodução

A Petrobras teve um desempenho expressivo nesta segunda-feira (26), registrando uma valorização de 7,26% nas suas ações preferenciais (PETR4) e de 8,96% nas ações ordinárias (PETR3), resultado que impulsionou o Ibovespa a alcançar um novo recorde. Este crescimento é atribuído a dois fatores principais: a alta dos preços do petróleo no mercado internacional e uma recomendação positiva do banco de investimentos Morgan Stanley.

A tensão crescente no Oriente Médio, especialmente entre Israel e Líbano, elevou os preços do petróleo, com o brent subindo 3,05% e o WTI registrando alta de 3,46%. Esse cenário beneficiou as empresas do setor, com a Petrobras liderando os ganhos no Ibovespa, acrescentando cerca de R$ 41 bilhões ao seu valor de mercado.

Além disso, a empresa brasileira foi favorecida por um relatório do Morgan Stanley, que revisou para cima a recomendação de compra das ADRs da Petrobras, elevando o preço-alvo das ações de US$ 18 para US$ 20. O banco destacou os dividendos extraordinários da estatal como um dos principais atrativos para os investidores.

Esse movimento levou o Ibovespa a atingir uma nova máxima histórica, contrariando a tendência global de cautela, impulsionado também pela expectativa de um cenário econômico mais favorável no Brasil, com sinais de estabilidade na política monetária.

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Economia

Economia criativa gerou mais de R$ 9 bilhões ao DF em 2022

Segundo pesquisa fomentada pela FAPDF, setor teve participação de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da capital federal no ano passado

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Foto: Arquivo Agência Brasília

A economia criativa está em alta no Distrito Federal e acaba de gerar mais de R$ 9 bilhões em 2022, representando 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da capital federal. Os dados foram divulgados na terça-feira (18) pelo 2º Relatório Panorama Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília (UCB).

A economia criativa envolve a criação de bens culturais, artísticos e inovadores, que podem incluir desde costura e marcenaria até literatura e música, passando por moda, design e montagem de palcos para shows e eventos. A pesquisa da UCB mapeou mais de 90 mil agentes criativos em diferentes regiões administrativas do DF, incluindo pessoas e empresas que atuam ativamente nesses processos.

Segundo o professor Alexandre Kieling, coordenador da pesquisa, o DF se tornou um local propício para o desenvolvimento da arte e da inovação, reunindo culturas de várias regiões do país. Além disso, a cidade já foi reconhecida e classificada pela Unesco como cidade criativa do design, graças à sua concepção arquitetônica.

A pesquisa identificou quatro classificações para o setor: Atividade Criativa Primária (C1), Indústrias Culturais (C2), Indústrias Complexas (C3) e Atividades Criativas Relacionadas (C4). A maioria dos agentes criativos do DF (quase 60%) está concentrada na categoria C3, que engloba publicidade, educação, turismo, eventos, feiras, festas, software, mídias, audiovisual, arquitetura, moda, gastronomia e jogos. Essas indústrias complexas geram importantes volumes de produção, ocupação de trabalho e, portanto, riqueza.

O Panorama da Economia Criativa do DF foi realizado pela UCB a pedido da Fecomércio e sua Câmara Empresarial de Economia Criativa, com o apoio da Secretaria de Turismo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, além de recursos de emendas parlamentares da Câmara Legislativa do DF e da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF).

A Fundação fomenta a pesquisa e apoia a economia criativa por meio de editais e patrocínio de eventos no Distrito Federal, incluindo a 1ª Feira de Empreendedorismo Turístico e Criativo (Fetuc), a 2ª edição do Innova Summit e a 1ª Feira de Inovação em Cultura e Economia Criativa do DF. Em 2022, foram mais de 18 eventos apoiados pela FAPDF.

Pesquisa

A pesquisa da Universidade Católica de Brasília (UCB) teve início em 2022 e passou por duas etapas até o momento. Na primeira, mais de 3 mil documentos foram analisados, culminando na segunda fase, cujos resultados foram divulgados recentemente.

De acordo com o coordenador da pesquisa, os objetivos das duas fases convergem na análise das potencialidades e vocações do mercado da economia criativa nas regiões administrativas do Distrito Federal, visando à apresentação sistematizada de cenários de consumo para os domínios criativos da capital.

A terceira fase da pesquisa, que ainda está por vir, terá como objetivo medir o potencial mercadológico das regiões administrativas, investigar as práticas de consumo nos locais com maior participação na economia do DF e projetar públicos existentes e potenciais.

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