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Educação

Novo encarregado do Ministério da Educação

O professor e pastor evangélico será o quarto nome a assumir a pasta

Foto: Reprodução/Redes sociais

Depois de muito entra e sai, Milton Ribeiro assume o comando do Ministério da Educação. Com a saída do ex-ministro Abraham Weintraub, no fim de junho e a passagem de Ricardo Vélez Rodríguez e Carlos Alberto Decotelli pelo o cargo, o pastor evangélico será o quarto ministro da educação em apenas um ano e meio do governo Bolsonaro. 

Com 62 anos, nascido em Santos, no litoral de São Paulo, Milton Ribeiro é teólogo, advogado, com doutorado em Educação e pastor. De acordo com o currículo Lattes, o novo ministro tem graduação em Teologia e Direito, além de mestrado em Direito e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. 

O mais novo encarregado do Ministério da Educação também é integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência da República desde maio de 2019. 

A nomeação do novo ministro da educação causou grande repercussão no país, confira o manifesto de algumas entidades educacionais.

União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime): “A Undime, instituição que representa os dirigentes responsáveis pela gestão da educação pública nos 5.568 municípios do país, vem a público manifestar-se sobre a importância de que a nova gestão do Ministério da Educação, no comando de Milton Ribeiro, venha ao encontro dos anseios de estados e municípios, e que priorize o diálogo e a transparência. Espera, ainda, que haja avanços em questões importantes para a educação brasileira, como a aprovação do Novo Fundeb Permanente, que terá sua vigência encerrada em dezembro de 2020; a implementação da Base Nacional Comum Curricular; a instituição do Sistema Nacional de Educação; e o cumprimento das metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.”

União Nacional dos Estudantes (UNE), no Twitter: “Com ainda poucas informações sobre o novo Ministro do Educação, compreendemos que dificilmente apenas uma mudança de nome poderá significar a mudança da forma com que o governo encara esse setor. Reafirmamos que o problema da educação no Brasil é Bolsonaro. Mas reforçamos nossa defesa da educação laica, pública, gratuita, de qualidade, com atenção e permanência aos estudantes do ensino básico, e do superior público e privado, de datas justas para o ENEM, e outras questões urgentes para a educação, que o governo tem ignorado. E a aprovação urgente do novo FUNDEB, cujo relatório consensual foi apresentado hoje e que contempla diversas das nossas reivindicações, importantíssimo para as escolas públicas brasileiras!”

Todos pela Educação: “Caso o objetivo seja melhorar a Educação brasileira, não são poucos os desafios do novo Ministro da Educação, Milton Ribeiro. A começar pelo reestabelecimento do diálogo e de uma gestão técnica pautada na construção de soluções com aqueles que, de fato, implementam a política educacional. Ou seja, exatamente o contrário do que o governo federal fez até aqui. Dado o contexto, a sua falta de experiência na gestão pública educacional é ponto importante de atenção. Além disso, as nomeações de integrantes para o Conselho Nacional de Educação realizadas hoje pelo Governo, deixando de fora representantes das redes de ensino, vão na contramão do que o momento exige e adiciona fervura a um quadro já tumultuado. A questão-chave que se coloca, portanto, é se o novo Ministro dará sequência à uma agenda desestabilizadora e voltada para a guerra ideológica, ou se buscará um caminho diferente e em sintonia com os desafios reais da educação brasileira, brutalmente acentuados pelo grave cenário da pandemia.”

Semesp – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo: “O Semesp espera que a escolha do Prof. Dr. Milton Ribeiro como ministro traga uma nova orientação para o Ministério da Educação, com a adoção de uma política pública considerada como política de Estado que permita ao país superar seus atuais desafios nessa área. Reconhecidamente o novo ministro acumula experiências exitosas em sua trajetória profissional e elas deverão contribuir para que a educação brasileira resolva as questões de acesso e oferta de oportunidades de aprendizado com qualidade, em todos os níveis educacionais, para pessoas de diferentes perfis e diferentes condições sociais.”

Daniel Cara, professor da FE/USP e membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, no Twitter: “Sendo membro do governo Bolsonaro, não há qualquer expectativa de que faça um bom trabalho. No entanto, parte da nossa crítica venceu: ao menos, Ribeiro é doutor em Educação. Contudo, isso não basta.”

ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) – “Milton Ribeiro é doutor em Educação, tem experiência em gestão universitária e um perfil discreto. A Universidade Mackenzie, onde ele atuou, é uma das mais tradicionais e prestigiadas instituições privadas do Brasil. Com esse currículo sólido, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) estima êxito ao professor no cargo de ministro da Educação. Este é um momento desafiador em consequência da pandemia da Covid-19 e toda a atenção será necessária para que a retomada segura das atividades acadêmicas presenciais.”

Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, no Twitter: “Venceu o bom senso. Novo Ministro da Educação é conservador, como deve ser em governo conservador, e ligado com o Congresso à academia. Aparentemente discreto, não deve ter a estridência ideológica dos anteriores. Mais um aceno à boa política e à negociação, sem fundamentalismos.”

Gregório Grisa, doutor em Educação e professor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no Twitter: “Atendo-se especificamente ao currículo acadêmico (Lattes) do pastor Milton Ribeiro que parece ser o novo ministro. Titulação: G -Teologia/Direito; M – Direito; D – Educação. Nenhum artigo e nenhum livro publicado sobre educação. Nenhuma experiência de gestão pública educacional. Novamente chama atenção ter feito mestrado em Direito e doutorado em Educação sem ter publicado nada, sem ter apresentado nenhum trabalho nas áreas, sem ter escrito um capítulo de livro ao menos. Caráter religioso é o mais evidente no currículo lattes.”

Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP): A Fenep deseja ao novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que é doutor em Educação, com experiência em gestão universitária, pleno êxito na nova empreitada à frente dos desafios da educação brasileira. (…) A escolha (…) é uma ótima notícia para fecharmos a semana, pois temos inúmeros assuntos pendentes para tratarmos a Educação como pauta prioritária a fim de obter um ensino de qualidade no país.

Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed): “O Conselho Nacional de Secretários de Educação não vai se pronunciar sobre a escolha do novo ministro.”

José Guimarães, deputado federal, no Twitter: “Pastor Milton Ribeiro indicado pelo Bolsonaro para assumir a pasta da educação, esperamos que o novo ministro tenha compromisso com princípios constitucionais de uma educação pública, gratuita, de qualidade e LAICA!”

Talíria Petrone, professora de História e deputada federal, no Twitter: “Bolsonaro nomeou hoje o pastor presbiteriano Milton Ribeiro como ministro da Educação. Nenhuma surpresa: mais obscurantismo, negacionismo da ciência e austeridade nos investimentos. Novamente reafirmamos que só a luta muda a vida!”

Roberto Jefferson, ex-deputado federal, no Twitter: “Nosso desejo de sucesso ao novo ministro da Educação, Milton Ribeiro. Que possa fazer uma excelente gestão no Ministério. Boa escolha, Presidente!!”

Rozzana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), no Twitter: “O problema não é o Ministro ser evangélico, o problema é ele se apresentar como Pastor. A educação precisa laica porque é única forma que o Estado pode garantir o respeito a todas as religiões. Postura que Bolsonaro não está tendo durante o seu mandato.”

Por Willian Netto – Edu Notícias

Educação

IBGE revela que mais de 255 mil indígenas no Brasil são analfabetos

Dados do Censo 2022 revelam que a taxa de analfabetismo entre a população indígena é quase o dobro da média nacional

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Mais de 15% da população indígena do Brasil é analfabeta, aponta Censo 2022 do IBGE / Foto: Divulgação

De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (4), mais de 255 mil indígenas brasileiros são analfabetos, representando 15,05% da população indígena total no país. Este percentual revela uma situação preocupante, especialmente ao se considerar que a taxa de analfabetismo entre os indígenas é mais que o dobro da média da população brasileira, que foi de 7% em 2022.

O levantamento mostrou que, no total, 1.694.836 pessoas se identificavam como indígenas no Brasil em 2022. O analfabetismo foi definido pelo IBGE como a incapacidade de ler ou escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que o indivíduo conhece.

Quando o foco é exclusivamente a população residente em Terras Indígenas, a situação é ainda mais alarmante: a taxa de analfabetismo sobe para 20,8%. Apesar desse panorama desafiador, os dados também indicam um crescimento na taxa de alfabetização entre os indígenas desde a pesquisa anterior, realizada em 2010. A taxa de analfabetismo entre essa população diminuiu de 23,4% para 15,05% em um período de 12 anos. Nas Terras Indígenas, o índice passou de 32,3% para 20,8%.

A pesquisa revela ainda que a proporção de analfabetismo é mais alta entre os mais velhos e entre as mulheres. Em 2022, 42,88% dos indígenas com 65 anos ou mais foram considerados analfabetos, enquanto a taxa para aqueles entre 60 e 64 anos foi de 29,21%. A menor taxa de analfabetismo, por sua vez, foi registrada entre os jovens de 18 a 19 anos, com apenas 5,5% não alfabetizados.

Em termos de gênero, 14,32% dos homens indígenas não sabiam ler ou escrever, enquanto o percentual entre as mulheres indígenas é um pouco maior, chegando a 15,74%. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação e inclusão da população indígena no Brasil, visando a redução do analfabetismo e a promoção da equidade social.

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Vestibular e Enem

Termina nesta sexta-feira prazo de inscrição para o Enem 2023

Provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro; taxa custa R$ 85

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Hoje, sexta-feira (16), encerra-se o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O exame será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Os interessados em participar ainda têm a oportunidade de se cadastrar na Página do Participante. É importante ressaltar que a taxa de inscrição no valor de R$ 85 deve ser paga até o dia 21 de junho.

O edital contendo o cronograma e as diretrizes para o Enem 2023 foi divulgado no início deste mês. Além de fornecer informações sobre as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários e as obrigações dos participantes, incluindo as situações em que um candidato pode ser eliminado.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos para pessoas que necessitam de cuidados especiais durante a realização do exame.

Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro, no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados em 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.

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Vestibular e Enem

Inscrições do Enem abrem hoje: Prepare-se para o exame mais aguardado do ano

Taxa de inscrição custa R$ 85 e deve ser paga até dia 21

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Arquivo Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (5), os estudantes interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão realizar suas inscrições. O certame está programado para ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro, e o prazo para se cadastrar na Página do Participante se estenderá até o dia 16 de junho. É importante ressaltar que a taxa de inscrição é de R$ 85 e deve ser quitada até o dia 21 de junho.

O edital do Enem 2023, contendo o cronograma completo e as regras para a realização do exame, foi divulgado no início deste mês. Além de apresentar as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários para a inscrição e as responsabilidades do participante, incluindo as circunstâncias que podem levar à sua eliminação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos especiais para candidatos que necessitam de cuidados especiais durante o concurso.

Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais estão previstos para serem divulgados no dia 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.

Com a abertura das inscrições, é essencial que os estudantes se preparem adequadamente para esse importante desafio educacional, que pode abrir portas para o ingresso no ensino superior. Fiquem atentos aos prazos e boa sorte a todos os participantes do Enem 2023!

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