Muitos adolescentes atualmente se veem perdidos no quesito profissional, porém muitos seriam mais direcionados se fossem frequentemente orientados no período mais importante de seus desenvolvimentos.
Postado em 24/07/2021 | Atualizado em 04/08/2021 09:51
A adolescência é um período muito valorizado em nossa sociedade e está relacionada à juventude, ao conflito, ao descompromisso, à vivacidade e à contestação. É tido como um momento de grandes incertezas, pois os jovens transitam entre dois mundos, o infantil e o adulto, e não se sentem pertencentes a nenhum deles. Erickson (1972) define essa fase como uma moratória psicossocial, que são os lugares que este “ser”, que não é criança e nem adulto, pode ocupar na sociedade, e que também ainda não estão definidos, o que pode causar grandes sofrimentos.
Esse período, portanto, não deveria ser visto como uma crise pré-programada biopsicologicamente, pois assim seriam deixados de lado alguns fatores cruciais para o desenvolvimento dos jovens, como as condições sociais e culturais de cada indivíduo. Por outro lado, soma-se aos desafios do adolescente a árdua tarefa de se adaptarem às grandes transformações hormonais que ocorrem em seu organismo. Para Jeammet (2005), essa é uma função do organismo, é inerente à condição humana e se traduz, necessariamente, numa patologia.
Entre os estudiosos da adolescência, há certa divergência sobre esse período. Uns afirmam que é um período composto por crises, outros dizem que é uma construção social, porém ambos são importantes para o estudo e a compreensão dessa fase de desenvolvimento do ser humano.
A psicanálise, através das etapas do desenvolvimento da personalidade, fornece subsídios à compreensão da adolescência como sendo um ajuste psicológico em função das mudanças ocorridas no sujeito. Segundo Bloss (1985), a adolescência é uma etapa final da fase genital de desenvolvimento psicossexual em que ocorre a reedição do édipo e sua possível elaboração, e esta seria a soma de vários ajustes às novas condições interiores e exteriores enfrentadas pelo indivíduo, e que vão sendo construídas desde a primeira infância.
Aberastury (1981) concebe essa etapa como sendo um “período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso e caracterizado por fricções no meio familiar” (p.13), portanto, é um processo normal e esperado que cada indivíduo deve experienciar. Para esta autora, o adolescente enfrenta três lutos fundamentais
nessa fase:
1 ° LUTO
o luto pelo corpo infantil perdido, base biológica da adolescência, imposta ao indivíduo que tem que sentir e viver suas mudanças como algo externo, e se encontra como um espectador impotente em relação ao que ocorre no seu próprio organismo.
2 ° LUTO
O luto do papel e da identidade infantis que o obrigam a uma renúncia da dependência e entrada em uma nova fase desconhecida.
3° LUTO
O luto pelos pais da infância, os quais persistem em retê-lo na sua personalidade, procurando o refúgio e a proteção que eles significam.
Bohoslavsky (1998) define a crise da adolescência como algo que morre e algo que nasce, por tanto, se relaciona com a noção de desestruturação e reestruturação da personalidade, em que o adolescente está em crise, pois se encontra neste processo.
Outeiral (2003) afirma que o final da adolescência poderia ser caracterizado pelo estabelecimento de uma identidade estável, por uma aceitação da sexualidade, com a consolidação do papel sexual adulto, pela independência dos pais e pela escolha profissional.
A entrada no mundo profissional é exigência do fim da adolescência, o que obriga os jovens estarem em permanente formação, pois as mudanças rápidas que acontecem no mundo capitalista levam a uma acirrada competição, tanto na entrada como na permanência, pois o mercado de trabalho é altamente competitivo e exigente.
Segundo Lehman (2005) o mercado de trabalho, que está em constante mudança, incentiva o indivíduo a investir cada vez mais na educação como forma de ascender e se sobressair na carreira e, com isso, faz com que o indivíduo adquira a responsabilidade pelo seu êxito, ou pelo fracasso no mundo empresarial; e assim, nesse momento, o adolescente-adulto, repleto de incertezas sobre qual mundo transitar, precisa criar sua identidade ocupacional.
Segundo Sparta (2003), para que as novas funções exigidas pelo mercado fossem desempenhadas, cursos de especialização e formação surgiram, tendo como objetivo o aumento da produtividade e possibilitar o acesso das pessoas ao mercado de trabalho. Nesse contexto surgiu a Orientação Profissional para auxiliar os indivíduos nas suas escolhas.
Levenfus (1997) considera a Orientação Vocacional Ocupacional um processo mais abrangente, que diz respeito não somente à informação das profissões, mas a toda uma busca de conhecimento a respeito de si mesmo, das características pessoais, familiares e sociais do orientando, promovendo o encontro das afinidades do mesmo com aquilo que ele pode vir a realizar em forma de trabalho. Classifica, portanto, como uma abordagem psicológica, ou psicopedagógica, que visa a buscar uma identidade profissional.
A Orientação Profissional consiste em possibilitar ao adolescente o seu autoconhecimento, e a identificação de seus interesses, a influência familiar e a definição de seu projeto de vida. É papel do Orientador Profissional também esclarecer situações, conscientizar e vincular a problemática do adolescente, frente à escolha de seu futuro, com o contexto histórico e as situações locais onde essa escolha se dá. Para tanto, o Orientador Profissional deve levar em consideração a etapa de vida em que o adolescente se encontra, as influências dos amigos e familiares, além das vivências que cada jovem traz de todo o seu desenvolvimento.
A finalidade da Orientação Vocacional é avaliar, analisar, esclarecer e informar o examinando suas áreas de interesses, aptidões específicas e gerais, que se apresentam inseridas em suas possibilidades. Revela, também,tendências e habilidades em área ou campos de trabalho. O objetivo da Orientação Vocacional é associar esses campos e sugerir caminhos ou tendências profissionais, que possam estar mais próximas das possibilidades, capacidades e dos interesses do examinando, é poder proporcionar ao examinando uma forma de resolver o “dilema” diante desse momento de decisão.
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WhatsApp lança ferramenta que converte áudios em textos: veja como ativar
O WhatsApp lançou uma nova função que converte áudios em textos, ajudando usuários a economizarem tempo. Saiba como ativar o recurso e transcrever suas mensagens de voz
A partir desta quinta-feira (21), o WhatsApp começou a liberar um novo recurso que transforma mensagens de áudio em texto. A funcionalidade promete ajudar os usuários a economizar tempo, permitindo que leiam o conteúdo de uma gravação em vez de ouvi-la, algo especialmente útil em ambientes ruidosos ou em situações onde o áudio não pode ser reproduzido.
O recurso pode ser ativado nas configurações do aplicativo e aplicado a mensagens específicas. Ele garante praticidade ao oferecer uma alternativa rápida para acessar o conteúdo dos áudios, sem comprometer a privacidade, já que as transcrições ficam armazenadas no dispositivo e são protegidas por criptografia de ponta a ponta, segundo o WhatsApp.
Como ativar o recurso de transcrição de áudio no WhatsApp
Acesse as “Configurações” do WhatsApp.
Selecione a opção “Conversas”.
Ative “Transcrição de mensagens de voz”.
Escolha o idioma desejado.
Com o recurso configurado, basta pressionar uma mensagem de áudio e selecionar “Transcrever” para acessar a versão em texto.
Disponibilidade e suporte a idiomas
A atualização será lançada gradualmente e estará disponível para todos os usuários nas próximas semanas. Inicialmente, apenas alguns idiomas serão suportados, mas o WhatsApp planeja expandir o suporte nos meses seguintes.
Alternativas para quem ainda não recebeu a novidade
Enquanto o recurso não está disponível para todos, aplicativos de terceiros podem ser utilizados para transcrever mensagens de áudio. Entre eles estão:
ViraTexto: Transcreve áudios em português de até 4 minutos. Disponível pelo número (31) 97228-0540.
LuzIA: Usa inteligência artificial para transcrever mensagens de até 10 minutos. Disponível no número (11) 97255-3036.
Zapia: Oferece transcrição sem limite de tempo, embora áudios maiores possam demorar mais para serem processados. Número: (11) 3230-2407.
Essas ferramentas podem ser úteis enquanto o novo recurso do WhatsApp não está acessível para todos.
Além de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal indiciou ex-ministros, assessores e políticos ligados ao ex-presidente por suspeita de tentativa de golpe de Estado. O grupo teria se dividido em seis núcleos, como “Desinformação”, “Jurídico” e “Inteligência Paralela”.
Quem são os indiciados e seus papéis
Jair Bolsonaro Segundo a PF, Bolsonaro participou da elaboração e tentativa de execução do golpe, incluindo a análise de um decreto para intervenção no TSE. A defesa nega envolvimento.
Walter Braga Netto O ex-ministro é acusado de incitar membros das Forças Armadas a aderirem ao golpe. Ele nega as acusações, chamando-as de “invenção”.
Augusto Heleno Teria sugerido ações contra instituições e infiltrado agentes da Abin em campanhas eleitorais. Não se manifestou.
Anderson Torres Acusado de guardar a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa e de coordenar ações com outros investigados. Ele alega que o documento seria descartado.
Valdemar Costa Neto Suspeito de usar a estrutura do PL para ataques às urnas. Foi preso por posse ilegal de arma e usurpação de bens.
Filipe Martins Ex-assessor, teria levado minutas golpistas a Bolsonaro e viajado para Orlando de forma irregular para evitar a aplicação da lei penal.
Almir Garnier Ex-comandante da Marinha, teria apoiado o plano golpista e incentivado ações para consumar o golpe.
Tércio Arnaud e Marcelo Costa Câmara Ex-assessores de Bolsonaro, atuaram no “gabinete do ódio” e no monitoramento ilegal de adversários.
Outros indiciados incluem militares e integrantes de núcleos logísticos do plano, como Bernardo Correa Netto e Ronald Ferreira Junior.
Próximos passos
O caso será analisado pelo STF, sob relatoria de Alexandre de Moraes. As penas podem ultrapassar 30 anos para os crimes apontados.
A Polícia Civil prendeu uma jovem de 23 anos suspeita de simular o próprio sequestro para extorquir familiares e amigos. O caso foi investigado pela Delegacia Antissequestro (DAS), que descobriu que a jovem havia criado a farsa para conseguir dinheiro e quitar dívidas de apostas.
Segundo as autoridades, a jovem enviou mensagens ao pai, parentes e amigos na última terça-feira, simulando o sequestro. Ela chegou a gravar um vídeo em um suposto cativeiro, pedindo R$ 50 mil como resgate. Preocupado, o pai procurou a DAS, que iniciou as investigações e localizou a jovem no centro do Rio no mesmo dia. Ela foi presa em flagrante.
Em depoimento, a jovem confessou que era viciada em jogos de aposta e havia contraído uma dívida de R$ 35 mil com agiotas. Após perder o dinheiro emprestado, decidiu forjar o sequestro para obter a quantia necessária para quitar os débitos.
Segundo caso no mesmo dia
Ainda na terça-feira, a DAS prendeu um homem em São Gonçalo que também forjou o próprio sequestro. Ele havia alugado uma motocicleta e alegou ao dono do veículo que estava sendo mantido em cativeiro por traficantes do Complexo do Alemão. Durante as investigações, a polícia descobriu que a história era falsa e prendeu o homem, que exigia R$ 2 mil de resgate.
Penalidades e investigações
William de Medeiros Pena, delegado titular da DAS, explicou que os suspeitos responderão por extorsão na modalidade de falso sequestro, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão. Ele destacou que, se a vítima da extorsão for idosa, a pena pode ser aumentada.
— Todos os casos de sequestro forjado foram resolvidos pela DAS, e os envolvidos foram presos em flagrante — afirmou o delegado.
A polícia segue investigando outros possíveis envolvidos nos dois casos e alerta para os perigos e penalidades de práticas como essa.