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Brasil

#SeuVoto: Conheça a evolução do título de eleitor ao longo das décadas

Criado em 1881, o título de eleitor passou por diversas modificações ao longo dos tempo para chegar ao atual modelo

Título de eleitor
Foto: Pedro França/Agência Senado

Muito se falou nessas eleições sobre a importância de levar os documentos certos para a hora da votação. Hoje, com o aplicativo E-título, o eleitor não precisa mais portar o título de eleitor para poder votar. Contudo, o documento já foi imprescindível para as eleições.

Você sabia quando o título de eleitor foi criado? E o motivo por trás de da criação do documento? Confira logo abaixo na quarta publicação da série #SeuVoto. Hoje, falando de um dos mais documentos mais importantes: o título de eleitor.

Criação do título de eleitor

O título de eleitor é antigo, foi criado ainda no século XIX, em 1881. Entretanto, alguns anos antes, em 1875, o Título de Qualificação era usado pela população. Nessa época não havia separação entre Estado e Igreja, por isso, todos os procedimentos eram feitos nas paróquias.

Foi apenas em 1881, após uma reforma eleitoral, que o conhecido Título de Eleitor ganhou vida. Ele já era mais completo, possuía dados como nome, idade, profissão e até a renda do eleitor. Naquela época apenas pessoas com renda comprovada de 200 mil réis anuais poderiam votar.

Os eleitores precisavam, já naquela época, a apresentar o título de eleitor para conseguir votar. O documento tinha validade verificada pelos profissionais que trabalhavam no pleito. Além disso, o eleitor também precisava provar que não era analfabeto.

1890

Avançando alguns anos, chegamos já à República Velha, após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. O Regulamento Lobo trouxe algumas mudanças, tanto no visual quanto nas informações contidas no documento. Ele também extingue o voto censitário, ou seja, os eleitores não precisam mais comprovar renda para ter direito ao voto.

A partir de 1890, municípios, estados e União também passam a emitir diferentes títulos de eleitor para cada nível de votação. No novo documento, algumas informações chegaram, como estado, comarca, município, e endereço do eleitor. Os dados pessoais que já estavam presentes no título de eleitor antigo, permanecem.

1904

Ao contrário do que acontecia em 1890, o senador Rosa e Silva propôs, em 1904, a unificação dos títulos de eleitor. Dessa forma, o modelo e as informações contidas em todos os documentos eleitorais deveriam constar de forma unificada.

Pouco depois o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a lei inconstitucional. Entretanto, muitos estados continuaram seguindo a Lei Rosa e Silva.

Supremo Tribunal Federal | Foto: Rayra Paiva Franco/O Panorama

1916

A Lei 3.139/2016 chegou para modificar novamente o título de eleitor e alterar algumas regras. A partir de então, qualquer cidadão poderia solicitar que o nome fosse incluso na lista de eleitores. Para isso, deveria atender a alguns critérios, como por exemplo: Ser mais de 24 anos; comprar atividade ou renda o suficiente para sobreviver; comprovante de residência no local de alistamento por mais de dois mês, além de ser brasileiro.

1932

Após a Revolução de 1930 e, com ela, o fim da Primeira República. O ano de 1932 trouxe diversas mudanças para a questão eleitoral no Brasil. O modelo do título eleitoral, assim como nos anos anteriores, também mudou. Agora, além de todas as informações, o documento eleitoral também portava a foto e impressão digital do eleitor.

Além disso, a Justiça Eleitoral também nasceu nesse ano. Logo após, o Código Eleitoral, que permitiu o voto feminino, o voto secreto e o voto obrigatório.

1945

Cerca de treze anos após o país começar a usar a foto no documento eleitoral, em 1945 a exigência passa a não vigorar mais. As demais informações permaneceram. Uma novidade é que agora o documento eleitoral dividiu-se em duas partes. Uma ficava com o eleitor e era usada nos pleitos, a outra, permanecia em posse do cartório local.

1950

Com pouco tempo para se acostumar, a população voltou a ter foto no título de eleitor. Além disso, em 1950 também criou-se o segundo Código Eleitoral Brasileiro. Ele chegou mais moderno e com dispositivos que regulavam a Justiça Eleitoral e os partidos políticos.

Sobre este ano, é importante ressaltar que o TSE criou o Repositório de Dados Eleitorais. Nele, qualquer cidadão pode consultar dados de eleições a partir da década de 1950.

Anexo do Tribunal Superior Eleitoral | Foto: José Cruz/Wikimedia Commons

1957

A década de 1950 trouxe outras mudanças, mais precisamente em 1957. Nesse ano, a idade mínima para se tornar eleitor cai de 24 para 18 anos. O cidadão precisava ser brasileiro e apresentar o certificado de alistamento militar.

A seção eleitoral passa a se tornar fixa. Dessa forma, o eleitor só poderia solicitar transferência em caso de mudança de domicílio eleitoral. Na hora de votar, o eleitor deveria se dirigir à seção eleitoral em que estava cadastrado.

1986

Após quase 30 anos sem mudanças significativas, o título de eleitor sofreu uma remodelação e está como o atual modelo. A zona e a seção eleitoral do cidadão constam fixos no documento. Mais uma vez, a foto do eleitor não aparece mais no título. O número do título de eleitor, único para cada cidadão, também aparece na frente do documento.

Até pouco tempo atrás o título de eleitor era obrigatório para poder votar nas eleições. Entretanto, o documento somente passou a ser dispensável com a criação do e-Título.

e-Título

Com a ascensão da tecnologia os aplicativos de celular começam a substituir os documentos de papel. O título de eleitor foi um desses documentos. De acordo com o TSE, o e-Título foi criado pelo TRE do Acre e lançado oficialmente nas lojas de aplicativos de celular em dezembro de 2017.

“O e-Título é um aplicativo da Justiça Eleitoral que permite que o eleitor acesse por meio de seu smartphone ou tablet uma via digital do título e outras informações eleitorais, como o seu local de votação e certidões eleitorais”, diz trecho do site.

Os eleitores com a biometria devidamente registrada não necessitam mais de levar o título de eleitor e nem um documento com foto para poder votar. Com a criação do e-Título, todas essas informações ficam disponíveis no próprio celular do cidadão.

Tela inicial do e-Título| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Por fim, o aplicativo possui informações do local de votação e endereço do eleitor. Dessa forma, não é necessário pesquisar o endereço em sites. Uma outra novidade é que os eleitores agora podem justificar o voto pelo próprio aplicativo. Contudo, a modalidade está disponível apenas para quem já fez o recadastramento biométrico.

Brasil

Polícia investiga desaparecimento do maior castelo inflável da América Latina

A polícia investiga o sumiço de um castelo inflável de 700 m², considerado o maior da América Latina, que desapareceu durante o transporte em Mogi Guaçu, São Paulo

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Maior castelo da América Latina / Foto: Divulgação

Um castelo inflável gigante, considerado o maior da América Latina, desapareceu após ser transportado por um caminhão de frete. O caso ocorreu em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Com 700 metros quadrados e um circuito interno de atividades, o brinquedo estava instalado no estacionamento do Buriti Shopping e seria enviado para uma exposição no Rio de Janeiro. O transporte foi realizado na última segunda-feira (18/11), mas o castelo nunca chegou ao destino.

Gil Fagundes Pueri, proprietário do parque inflável, relatou que contratou o serviço de frete por meio de um aplicativo. O brinquedo foi carregado em um caminhão Scania 112 branco, com placa e características que, inicialmente, pareciam ser da empresa contratada. No entanto, descobriu-se que a placa era clonada e que o transporte foi realizado por golpistas.

O caminhão foi visto seguindo em direção aos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. Pueri está oferecendo uma recompensa por informações que ajudem a localizar o brinquedo.

O caso foi registrado como furto na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu. As autoridades seguem em busca de pistas para localizar o castelo inflável.

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Saúde

Células de gordura têm “memória” e podem explicar o efeito sanfona, aponta estudo

Estudo revela que o “efeito sanfona”, que causa o reganho de peso após dietas, pode ser influenciado por mudanças epigenéticas nas células de gordura

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Foto: Divulgação

A recuperação do peso após um processo de emagrecimento é uma realidade para muitos, e o fenômeno conhecido como “efeito sanfona” pode ser explicado por uma descoberta recente. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, identificaram que o DNA das células de gordura pode ter “memória”, o que facilita a recuperação do peso após um período de emagrecimento.

O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que mudanças epigenéticas no DNA das células de gordura podem ser responsáveis pelo “efeito sanfona”. A epigenética, campo da biologia que investiga como fatores externos influenciam a expressão genética sem alterar a sequência do DNA, pode ser a chave para entender a dificuldade de manter a perda de peso a longo prazo.

O estudo em camundongos

Para entender melhor as causas do efeito sanfona, os pesquisadores conduziram experimentos com camundongos. Os animais, que haviam perdido peso após uma dieta restritiva, apresentaram alterações epigenéticas nas células de gordura que persistiram, mesmo após o emagrecimento. Essas células “lembravam” do estado de sobrepeso e, ao retornar a uma dieta rica em gordura, os camundongos recuperaram rapidamente o peso perdido.

Ferdinand von Meyenn, professor de nutrição e epigenética metabólica na ETH Zurique, explicou que esse fenômeno ocorre devido a um “efeito de memória” nas células de gordura. “Após a perda de peso, as células ainda mantêm essa memória, facilitando o retorno ao peso anterior”, afirmou o pesquisador.

Implicações para os seres humanos

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os pesquisadores encontraram evidências semelhantes em seres humanos. Biópsias de tecido adiposo de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica indicaram mudanças genéticas consistentes com os resultados obtidos nos camundongos.

Contudo, os cientistas ainda não sabem quanto tempo essa “memória” do peso excessivo permanece nas células de gordura e se seria possível, no futuro, apagar essas alterações epigenéticas com medicamentos.

Prevenção continua sendo a melhor estratégia

A descoberta reforça a importância da prevenção. Como as células de gordura podem “lembrar” do estado de obesidade, é fundamental evitar o excesso de peso desde o início. Além disso, os pesquisadores indicam que outras células, como as do cérebro e vasos sanguíneos, também podem ter memórias epigenéticas que contribuem para o efeito sanfona. A próxima etapa da pesquisa será investigar essas possibilidades.

Por enquanto, a principal recomendação dos cientistas é que, para combater o “efeito sanfona”, a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz.

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Brasil

Pai de estudante morto por PM: “O cachorro ainda espera por ele”

Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, foi morto por um policial militar em São Paulo

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Marco Aurélio foi baleado por um PM durante uma abordagem no hotel / Foto: Rede social

Julio César Acosta, médico e pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, relatou com dor que o cachorro da família ainda aguarda o retorno do jovem, morto por um policial militar em uma abordagem dentro de um hotel em São Paulo na madrugada de quarta-feira (20/11).

Em entrevista, Julio César afirmou que o único consolo seria um pedido de perdão por parte dos responsáveis pela morte de seu filho. Ao saber do incidente, ele foi até o local, onde, segundo ele, foi ignorado pelos policiais, que não prestaram ajuda e não forneceram informações sobre a gravidade do ocorrido. No hospital, encontrou Marco em estado crítico e, depois, recebeu a triste notícia da morte de seu filho.

Marco Aurélio estava no centro cirúrgico, onde os médicos tentaram salvar sua vida, mas não resistiu aos ferimentos. O pai, indignado, questionou os motivos que levaram ao disparo e lamentou a ausência de ação por parte das autoridades.

O caso gerou repercussão após a divulgação de imagens que contradizem a versão dos policiais. Segundo os PMs, Marco teria tentado roubar uma arma durante a abordagem, mas as imagens mostram que ele foi baleado após ser agredido e desarmado. O caso segue sob investigação.

Marco Aurélio era conhecido como “Bilau” no time de futebol da faculdade e como “MC Boy da VM” nas redes sociais. O estudante era lembrado com carinho por seus amigos e colegas, que prestaram homenagens à sua memória.

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