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Cinema

Emily em Paris: em alta na Netflix, franceses criticam a série

Entre os Top 10 da Netflix, Emily em Paris despertou o interesse do público brasileiro e as críticas dos franceses

A série Emily em Paris da Netflix desperta a crítica dos franceses
Foto: Reprodução/Instagram

Entre os Top 10 da Netflix deste fim de semana, “Emily em Paris” acompanha a saga da protagonista, Emily, interpretada pela atriz Lili Collins, na França. Classificada como uma série leve para assistir em dias despreocupados, o enredo ficou em alta nas redes sociais e despertou o interesse do público brasileiro. No entanto, a crítica internacional dividiu opiniões. Após ataques contra o enredo, os franceses não parecem contentes com os estereótipos evidenciados pela série.

O original da Netflix, lançado no dia 2 de outubro, retrata a rotina de trabalho em uma agência de publicidade do seguimento luxuoso e o dia a dia dos personagens na França. Segundo a crítica, o cotidiano contado na série é filtrado pela ótica Hollywoodiana de ver Paris.

A revista Première destacou alguns pontos considerados fora da realidade.

“Aprendemos que os franceses são preguiçosos e nunca chegam ao escritório antes do final da manhã, que são paqueradores incorrigíveis, que não estão realmente apegados ao conceito de lealdade, que são sexistas e retrógrados e, claro, que têm uma relação duvidosa com o chuveiro. Sim, nenhum clichê é poupado, nem mesmo os mais fracos”, comentou.

Equipe Fashionista

Apesar das críticas, a curiosidade em conferir os figurinos dos personagens esteve em ascensão no mundo da moda. Isso porque a série é formada por uma equipe de peso. Criada por Darren Star, o responsável pelo sucesso “Sex and The City”, conta com o trabalho da fashionista Patrícia Field, a criadora dos figurinos de “O Diabo Veste Prada” e “Sex and The City“.

Com o objetivo de mesclar a moda de Chicago, cidade de onde parte Emilly na série, com toques da França, em fala ao Popsugar, Field classificou os looks da protagonista como um “sonho de moda”. “Em relação ao estilo de Emily como um todo, um aspecto importante foi como ela se desenvolveu a partir de uma garota norte-americana de Chicago e ganhou pontos com o chique francês”, disse.

Foto: Reprodução/Netflix

Em entrevista ao New York Times, Darren Star contou a expectativa depositada na série. “Eu queria mostrar Paris de uma forma realmente maravilhosa, que encorajasse as pessoas a se apaixonarem pela cidade como eu”. O produtor elogiou os envolvidos. “Foi a equipe mais atraente com quem já trabalhei”, afirmou.

Cinema

Roteirista revela quanto Suzane Von Richthofen recebeu por novo filme

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Foto: Reprodução

O escritor e roteirista Raphael Montes, responsável pelos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, que retratam o caso Suzane Von Richthofen, compartilhou algumas curiosidades sobre a produção em seu perfil no Instagram. Em uma série de imagens, ele esclareceu dúvidas e mitos sobre o filme, que estreou recentemente nos cinemas.

Montes afirmou que o filme não teve nenhuma colaboração ou pagamento dos envolvidos no crime, que chocou o país em 2002. “As pessoas retratadas no filme nunca receberam nem irão receber nenhum valor ou pagamento. Eles não possuem nenhum direito sobre a obra. Não houve contato entre a produção e Suzane Von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos nem seus familiares”, disse.

Ele também explicou que o filme se baseou exclusivamente nos depoimentos dados à Justiça, que são de domínio público. “O filme é uma adaptação de uma história real baseada exclusivamente nos depoimentos transcritos nos autos do processo. Esses autos são públicos”, informou.

O roteirista ainda negou que o filme tenha a intenção de romantizar ou enaltecer o assassinato dos pais de Suzane, cometido por ela e pelos irmãos Cravinhos. “A interpretação dos fatos e das versões é facultada ao público. Os filmes não apontam inocentes ou culpados, tampouco romantizam ou enaltecem os assassinatos”, declarou.

Por fim, Montes ressaltou que o filme foi feito com recursos privados, sem uso de verba pública. “Não há verba pública na produção: Os filmes são produções feitas com investimento privado. Não há nenhum uso de verba pública em suas realizações”, finalizou.

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Vida da influenciadora e advogada Deolane Bezerra vai virar filme

Em vídeo publicado no Instagram, a influenciadora refletiu sobre sua própria trajetória, sobre maternidade e sobre sua relação com as redes sociais

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A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra surpreendeu seus fãs ao revelar que sua vida será retratada em um filme. Em um vídeo publicado em seu Instagram no domingo (22/10), ela mostrou uma prévia da produção, que abordará sua trajetória pessoal e profissional, sua experiência como mãe e sua relação com seus seguidores. “Os meus seguidores são o meu combustível diário. Existem coisas que eu tento não levar para a internet, mas parece que eles adivinham”, afirmou ela em uma parte do vídeo.

No final da prévia, Deolane apareceu dirigindo um carro de luxo roxo, uma Lamborghini Urus 2023. Na legenda, ela questionou se estava feliz ou apenas ostentando. “Será que estou feliz ou estou só ostentando? Às vezes, não é ostentar, é inspirar”, escreveu.

O filme ainda não tem data de lançamento nem plataforma definida. A direção é de Luciano Marques, que já trabalhou com outros artistas famosos. Deolane Bezerra ganhou notoriedade nas redes sociais após o falecimento de seu noivo, o cantor MC Kevin, em maio deste ano.

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Cinema

‘O Som da Liberdade’ lidera bilheteria no Brasil

O filme é uma adaptação da história real de um agente especial do governo dos EUA que vive o dilema de prender pedófilos e não conseguir trazer as crianças de volta aos seus lares

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Nesta semana, finalmente ocorreu a estreia do filme “O Som da Liberdade” no Brasil. É um filme sobre exploração sexual de crianças e tráfico humano, baseado em fatos reais, e sucesso de bilheteria nos EUA. E desde a estreia vem sendo considerado o filme mais polêmico do ano.

O filme é uma adaptação da história real de um agente especial do governo dos EUA que vive o dilema de prender pedófilos e não conseguir trazer as crianças de volta aos seus lares. Cansado disso, o personagem principal parte para uma missão de resgate de crianças e combate ao tráfico sexual infantil. Um filme poderoso e impactante que precisa ser exibido ao mundo inteiro para que possamos refletir e falar sobre tudo isso.

A cada 24 horas 320 crianças são exploradas sexualmente no Brasil que ocupa o 2º lugar no ranking mundial de exploração infanto-juvenil, sendo que apenas 7 casos em 100 são denunciados. Mais de 70% das pessoas que assistem a exploração sexual se calam e uma menina de até 13 anos de idade é estuprada a cada 15 minutos no Brasil. Os números são assustadores, pois contabilizamos mais de 500 mil vítimas de exploração sexual por ano e apenas nas rodovias federais brasileiras existem 3.651 pontos de exploração sexual infantil, sendo o Brasil apontado como um dos piores países do mundo para ser menina. O Brasil é ainda o maior exportador de crianças e mulheres para prostituição das Américas, servindo também de trânsito para as aliciadas no continente a caminho dos Estados Unidos e da Europa.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer a diferença entre os crimes de abuso sexual e de exploração sexual, sendo o primeiro praticado através de atos abusivos, e o segundo com a finalidade estritamente comercial, visando o lucro, seja através da prostituição, pornografia, turismo sexual ou o tráfico de pessoas, que serve de enredo ao filme. O tráfico de pessoas movimenta mais de 30 bilhões de dólares anualmente segundo a ONU, sendo que a forma mais frequente é a exploração sexual (79%) sobressaindo sobre as outras, que são a exploração do trabalho e o tráfico para o comércio de órgãos. É a fonte de renda ilegal que mais cresce no mundo, sendo que o número de crianças vítimas de tráfico sexual triplicou últimos 15 anos.

Sempre que se fala em pedofilia, penso que existe ainda muito a ser feito. Em primeiro lugar é preciso estabelecer um vínculo forte e conversar com nossos filhos, pois uma criança informada (inclusive sobre o uso da internet) tem bem menos chance de ser abusada, sendo que o silêncio é o maior aliado dos predadores sexuais. Mas não apenas isso, precisamos investir em campanhas e políticas públicas sérias sobre o crucial tema. O enfrentamento a esse tipo de crime também passa por investimento nas polícias, por fortalecimento das fronteiras, pela criação de legislação específica, em especial, sobre crimes de internet, bem como, precisamos ter um grande banco de dados nacional desses criminosos sexuais, entre outras medidas.

Confesso que não consigo entender o real motivo de tanta polêmica sobre o filme, que vai desde associar com a extrema-direita estadunidense, questionar se os fatos são reais, repudiar o fato dos traficantes e pedófilos estarem na América Latina, e outras muitas “teorias da conspiração”. Não tenho dúvida alguma de que a importância do longa para a sociedade deve estar muito acima de toda essa polêmica, pois após 05 anos sendo rejeitado na tela grande, o filme tem hoje o potencial para se tornar um forte movimento de combate ao tráfico sexual humano a se espalhar pelo mundo.

E desde já adianto que é impossível assistir esse filme sem correr o risco das lágrimas derramarem dos seus olhos, por mais de uma vez. Porém, o tráfico sexual de crianças e adolescentes é um tema que precisa ser debatido e o filme ajuda nisso. Esse tipo de crime é tão horrível que a sociedade teima em fechar os olhos, sendo que o primeiro passo é justamente falar sobre isso, e falar muito. É preciso retirar esse assunto da invisibilidade, fortalecer a rede de proteção e incentivar a denúncia, pois cuidar dessas crianças deve ser um compromisso de todos nós.

Se ao menos desconfiar, não se cale, denuncie, disque 100.

Veja o trailer do filme abaixo:

Charles Bicca é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança Adolescente e Juventude da OAB/DF e Especialista em Garantia dos Direitos e Política de Cuidados à Criança e ao Adolescente pela Universidade de Brasília- UnB.
Autor dos livros: Abandono afetivo: O dever de cuidado e a responsabilidade civil por abandono de filhos (2015); Pedofilia: Repressão aos crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes (2017 – coautor) e Mãe, cadê meu pai? (2019).

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