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Entenda a mudança histórica do fim da Constituição de Pinochet no Chile

Entenda os motivos que levaram os chilenos a rejeitarem a Constituição de Pinochet e a importância deste último domingo, 25.

Foto: Reprodução da Internet

No último domingo (25), a maioria do povo chileno decidiu pelo fim da Constituição de Augusto Pinochet. Por lá, o Estado não tem a obrigação de fornecer os direitos básicos de saúde, educação e proteção social, o que aflorou a revolta popular no último ano. As manifestações se iniciaram em 18 de outubro de 2019 e terminaram neste domingo, com 80% dos chilenos votando pela mudança da Carta atual.

Embora seja possível acompanhar os desdobramentos desta decisão, você pode estar se perguntando o que todo este movimento significa. Em suma, haverá mudança na Constituição do Chile após 47 anos do início do governo ditatorial de Augusto Pinochet. O país não era regido pelo regime há 30 anos.

Então por que mudar só agora? Qual a relevância deste dia histórico? Confira um panorama desde a ascensão de Pinochet até este último domingo, 25.

Ascensão e queda de Augusto Pinochet

Com uma economia predominantemente ruralista, desde sua independência, em 18 de setembro de 1810, o Chile passou por abalos econômicos e enfrentou uma ditadura com participação de dois grupos políticos muito fortes: os simpatizantes da velha oligarquia e os simpatizantes da antiga União Soviética.

As primeiras mudanças ocorreram após o golpe que o então presidente Juan Esteban Motero sofreu ainda na década de 30, instaurando a primeira república socialista da América Latina, que durou apenas alguns meses até a transição para uma república presidencialista, que existiu de 1932 a 1973.

Nesta mesma época, o nome de Pinochet começou a aparecer dentro do exército chileno. Inspirado por revoluções como a de Cuba e a Guerra Fria, lançou-se à presidência em 1964. Contudo, foi em 1973 que Augusto Pinochet assumiu o cargo de comandante-chefe do exército, sendo um dos pilares durante o regime militar no país. Seguindo um modelo autoritário de extrema direita, Augusto Pinochet assumiu o cargo de presidente, que havia sido “abandonado” por Carlos Prates em 23 de agosto de 1973, pela pressão política militar.

Entre mortes, torturas e um número elevado de pessoas consideradas miseráveis chegando a 40%, o período governado pelo chileno enfrentou uma economia instável. Após se manter por 17 anos no poder, em 1988, o ditador realizou um referendo para que o povo chileno escolhesse a continuidade ou não de seu governo. Neste dia, 56% da população decidiu pelo fim da ditadura.

O ditador deixou o poder em 1990, após as eleições do ano anterior, tendo sido preso e julgado por crimes contra os direitos humanos em 1998. Augusto Pinochet morreu em 10 de dezembro de 2006, após complicações de um ataque cardíaco.

A Constituição

Composta por 120 artigos permanentes, a constituição de 1980 foi revista no plebiscito deste último domingo (25). No texto original, 14 capítulos e 29 dispositivos chamados de transitórios, promoveu uma “democracia protegida”.

Dentre as atribuições, a Constituição assegurou cargos vitalícios para senadores, o poder do Presidente em dissolver a Câmara dos Deputados de modo definitivo, a criação do Conselho de Segurança Nacional e vários outros. Ainda foi mantido no texto a institucionalização – ou seja, aplicação opressiva de controle social – de qualquer união política, organizacional ou popular contra “doutrinas que ameaçam a família, preconizam a violência ou uma concepção de sociedade” de maneira totalitária fundada em luta de classes.

O início dos processos desta Constituição se deram ainda em 11 de setembro de 1973, com o surgimento do regime militar no país, que acabou em 1990.

25 de outubro de 2020 – Fim da Constituição de Pinochet

Após crescentes manifestações durante outubro e novembro de 2019, a população chilena passou a exigir o fim do governo neoliberal. Sendo assim, desde abril, o atual governo decidiu realizar plebiscito para desenvolvimento de nova Carta Magna. Esta estabelecesse mais direitos civis e direitos básicos garantidos pelo Estado.

De acordo com o Serviço Eleitoral do Chile, 78,2% da população decidiu pela aprovação de uma nova Constituição, deixando qualquer ligação com o período ditatorial. Inesperadamente, a voz popular ressoou forte e o governo chileno irá abrir eleições para os representantes da Comissão Constitucional programada para abril de 2021.

Repercussão

Mesmo em contexto de pandemia mundial, muitos chilenos foram às ruas para comemorar. A conquista também foi celebrada nas redes sociais por diversos nomes, que defenderam a participação igualitária. Da mesma forma, pessoas que se colocaram contra também tiveram espaço.

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Passageiro abre porta e cai de avião momentos antes da decolagem

Homem que embarcou normalmente e abriu uma outra porta, sem autorização, foi atendido no pátio do Aeroporto Pearson, de Toronto, Canadá

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Um incidente incomum e perigoso ocorreu na noite de segunda-feira no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, quando um passageiro de um voo da Air Canada para Dubai abriu a porta da cabine e caiu na pista, sofrendo ferimentos e atrasando a partida do avião por quase seis horas.

Segundo a Air Canada, o passageiro, que não teve sua identidade revelada, embarcou normalmente na aeronave, um Boeing 777, mas em vez de ir para o seu assento, ele abriu a porta da cabine do lado oposto ao da porta de embarque. A altura da queda foi de cerca de 6 metros.

O passageiro foi socorrido pelos serviços de emergência e pelas autoridades, que foram acionadas imediatamente. A Air Canada informou que o voo AC056, que levaria 319 passageiros, foi adiado e só decolou mais tarde, após a inspeção da aeronave e a reorganização dos passageiros.

A companhia aérea afirmou que seguiu todos os seus procedimentos aprovados de embarque e operação de cabine e que está investigando o incidente. A Autoridade dos Aeroportos da Grande Toronto (GTAA) também confirmou que está ciente do ocorrido e que prestou apoio à Air Canada, à Polícia Regional de Peel e ao Peel EMS.

Até o momento, não se sabe o que motivou o passageiro a abrir a porta da cabine, nem qual é o seu estado de saúde.

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Rajadas de vento fazem arranha-céu balançar nos EUA

O arranha-céu, que tem 325 m de altura e 74 andares

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Um fenômeno impressionante foi registrado na noite de ontem (10/1) em Nova York, nos Estados Unidos. Uma forte tempestade, com ventos que chegaram a quase 100km/h, provocou a oscilação de um dos maiores edifícios da cidade, o Brooklyn Tower.

O arranha-céu, que tem 325 m de altura e 74 andares, fica em Downtown Brooklyn, na Avenida DeKalb. Ele foi inaugurado em 2023 e é considerado um dos mais modernos e luxuosos da região.

As imagens capturadas em time-lapse revelam o movimento da estrutura, que parece se inclinar para os lados. Segundo especialistas, esse é um mecanismo de segurança para evitar o colapso do prédio em situações extremas.

Veja o vídeo abaixo:

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Tecnologia

Google demite centenas de funcionários em todo o mundo

A gigante das buscas disse que vai desligar pessoas em sua unidade de assistente de voz, realidade aumentada e de hardware; dois executivos estão deixando a empresa.

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A Alphabet, empresa-mãe do Google, anunciou na última quarta-feira (10) um corte de centenas de empregos em várias áreas, incluindo assistente de voz, realidade aumentada e hardware. A medida faz parte de uma reestruturação organizacional que visa reduzir custos e focar na tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa, que permite criar conteúdo original a partir de dados.

De acordo com a Reuters, o Google confirmou que as demissões afetam principalmente a unidade de assistente de voz (Google Assistente), que compete com a Alexa da Amazon e a Siri da Apple, a equipe de realidade aumentada, que desenvolve produtos como o Google Glass e o Google Lens, e a equipe de hardware, que produz os celulares Pixel, os alto-falantes inteligentes Nest e os relógios inteligentes Fitbit.

O Google não informou o número exato de funcionários desligados nem o impacto das demissões no Brasil, mas disse em nota que “alguns times continuam a fazer mudanças organizacionais, que incluem a eliminação de alguns cargos globalmente”.

A decisão da Alphabet também levou à saída dos cofundadores da Fitbit, James Park e Eric Friedman, que venderam a empresa de monitoramento de saúde e condicionamento físico para o Google por US$ 2,1 bilhões em 2019. Apesar da aquisição, o Google continuou a lançar versões de seu Pixel Watch, um produto que concorre com alguns dos dispositivos da Fitbit e também com o Apple Watch.

A reorganização de algumas equipes ocorre em um momento em que gigantes da tecnologia como a Microsoft, a Meta (antiga Facebook) e o Google investem na crescente adoção da IA generativa, que ganhou destaque com o sucesso do ChatGPT, um modelo de conversação desenvolvido pela OpenAI, uma organização sem fins lucrativos apoiada por personalidades como Elon Musk e Peter Thiel.

No ano passado, o Google anunciou planos para adicionar recursos de IA generativa ao seu assistente virtual, que permitiriam ao assistente ajudar as pessoas a planejar uma viagem ou colocar os e-mails em dia e, em seguida, fazer perguntas de acompanhamento.

Em janeiro de 2023, a Alphabet anunciou planos para cortar 12 mil empregos, o equivalente a 6% de sua força de trabalho global. Em setembro de 2023, ela tinha 182.381 funcionários em todo o mundo.

O que diz o Google Brasil

“Como já dissemos, temos investido de maneira responsável nas maiores prioridades de nossa companhia e nas oportunidades significativas à frente. Para melhor nos posicionar para essas oportunidades, diversos times fizeram mudanças na segunda metade de 2023 para se tornarem mais eficientes, alinhando recursos às suas principais prioridades. Alguns times continuam a fazer essas mudanças organizacionais, que incluem a eliminação de alguns cargos globalmente. Continuamos a oferecer suporte aos funcionários impactados para que eles possam buscar novas posições dentro e fora do Google“.

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