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Brasil

Fazendeiros convocam ato a favor de prefeito preso por dar 15 tiros contra a ex

Prefeito de Iporá (GO), Naçoitan Leite, que é produtor rural, responde por tentativa de homicídio, mas fazendeiros e empresários da cidade falam em ‘perseguição’

Foto: Reprodução

Um grupo de produtores rurais e empresários de Iporá, no Oeste de Goiás, está organizando uma manifestação para pedir a soltura do prefeito Naçoitan Leite (sem partido), que está preso desde o dia 23 de novembro por tentar assassinar sua ex-mulher e o namorado dela. O ato está marcado para quinta-feira (7), no centro da cidade, e conta com o apoio de parte da população.

Segundo os organizadores, o prefeito é vítima de perseguição política e deve responder apenas pelos crimes que cometeu, sem sofrer injustiças. Eles afirmam que Naçoitan Leite é um importante líder da região, que tem como principal atividade econômica o plantio de grãos, especialmente a soja.

O prefeito, que tem 60 anos e é um grande fazendeiro, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por tentativa de feminicídio contra a ex-mulher, com a qualificadora de motivo torpe, por tentativa de homicídio contra o namorado dela, também por motivo torpe, por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por fraude processual.

O crime ocorreu na madrugada do dia 18 de novembro, quando o prefeito invadiu a casa da ex-mulher com sua caminhonete e disparou cerca de 15 tiros contra o quarto onde ela estava com o namorado. As vítimas conseguiram se esconder e não se feriram. O imóvel ficou parcialmente destruído. O prefeito fugiu do local e se entregou à polícia cinco dias depois.

A ex-mulher relatou à polícia que o prefeito não aceitava o fim do relacionamento, que durou 15 anos e terminou há cerca de dois meses. Ela disse que vinha sofrendo ameaças constantes do ex-marido, que chegou a rondar sua casa várias vezes. Câmeras de segurança registraram a ação do prefeito no dia do crime.

Apesar de estar preso, o prefeito ainda exerce algumas funções administrativas do município, como nomear e exonerar servidores. No dia 1º de dezembro, ele nomeou seu substituto, Danilo Gleic Alves dos Santos, ex-prefeito de Iporá, que chegou a assumir a prefeitura, mas foi destituído pela Câmara Municipal, que conduziu a vice-prefeita, Maysa Cunha (PP), ao cargo.

Na segunda-feira (4), os 13 vereadores de Iporá aprovaram a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito, que pode resultar em impeachment. O prefeito também teve seu registro de candidatura cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) em 2016, por abuso de poder econômico e político.

Naçoitan Leite tem um histórico de violência e problemas com a Justiça. Em 2018, ele foi condenado por agredir um vereador de Iporá com um soco no rosto. Em 2019, ele foi acusado de mandar cortar a energia elétrica de uma escola municipal que estava em greve. Em 2020, ele foi multado por promover aglomerações durante a campanha eleitoral, em meio à pandemia de Covid-19.

Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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Política

Lula anuncia Ricardo Lewandowski como novo Ministro da Justiça

Jurista se aposentou como ministro do STF em abril de 2023, perto de completar 75 anos

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Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (11) a escolha do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski substituirá Flávio Dino, que foi indicado por Lula para ocupar uma vaga no STF e teve seu nome aprovado pelo Senado.

Lula destacou o currículo e a experiência de Lewandowski, que foi “um extraordinário ministro da Suprema Corte” e aceitou o convite na quarta-feira (10). O presidente disse que a nomeação será publicada em 19 de janeiro e que o novo ministro tomará posse em 1º de fevereiro. Até lá, Flávio Dino permanecerá à frente da pasta, que ele conduziu de forma “magistral”, segundo Lula.

“Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função”, afirmou Lula, que estava acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva.

Lula também declarou que dará autonomia para que Lewandowski monte sua própria equipe na Justiça, mas que pretende conversar com ele em fevereiro sobre os nomes que ficarão ou sairão do ministério. O presidente comparou a situação a um técnico de futebol, que deve escalar seu próprio time e ser responsável pelos resultados.

“[Em 1º de fevereiro] Ele [Lewandowski] já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, disse Lula.

Ao final da cerimônia, Lula revelou que a primeira-dama Janja espera que mulheres tenham mais espaço na nova gestão da Justiça, ao que Lewandowski respondeu: “Certamente”.

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Saúde

Menina de 8 anos se queixa de dores de cabeça, desmaia e morre após AVC

Maria Julia de Camargo Adriano estava na rede da casa onde morava em Ribeirão do Pinhal (PR) quando se queixou de dores na cabeça

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Uma tragédia abalou a família de Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (6). A menina, que era natural de Paraná, tinha o sonho de ser veterinária e era muito inteligente e dedicada aos estudos.

Segundo relatos da família, Maria Julia começou a sentir fortes dores de cabeça e perdeu a consciência. Ela foi socorrida e levada ao hospital mais próximo, onde os médicos constataram que ela tinha um sangramento no cérebro.

Devido à gravidade do caso, ela precisou ser transferida duas vezes, até chegar ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ficou internada na Unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu e teve a morte confirmada na segunda-feira (8).

A causa do AVC foi um aneurisma, uma dilatação anormal dos vasos sanguíneos, que se rompeu e provocou uma hemorragia cerebral. A tia de Maria Julia, Adriana, disse que a menina não tinha nenhuma doença pré-existente e que os médicos consideraram o ocorrido uma fatalidade.

O AVC é uma condição que afeta principalmente adultos, especialmente aqueles que têm fatores de risco como diabetes, obesidade e tabagismo. Em crianças, é muito raro e pode estar associado a alguma má formação na estrutura corporal.

A médica neurologista Adriana Moro explicou que o AVC em crianças é difícil de ser diagnosticado, pois não é uma suspeita comum quando há alguma alteração neurológica. Ela alertou para a importância de reconhecer os sintomas do AVC, como dor de cabeça, fraqueza, alteração da fala e visão, e procurar atendimento médico imediato.

A família de Maria Julia está devastada com a perda da menina, que era alegre, carinhosa e amava os animais. Eles pedem orações e apoio neste momento de dor e luto.

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