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Economia

Nokia anuncia corte de 14 mil empregos em meio a crise financeira e busca por inovação

A medida representa uma diminuição de 16% em sua força de trabalho atual

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A Nokia, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, revelou nesta quarta-feira (25) que irá demitir cerca de 14 mil funcionários em todo o mundo, como parte de um plano de reestruturação que visa reduzir seus custos e aumentar sua competitividade. A medida representa uma diminuição de 16% em sua força de trabalho atual, que conta com 86 mil colaboradores.

A decisão foi tomada após a empresa finlandesa apresentar resultados financeiros decepcionantes para o terceiro trimestre de 2023, com uma queda de 20% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos fatores que contribuíram para o mau desempenho foi a desaceleração na demanda por infraestrutura móvel, especialmente relacionada à tecnologia 5G, nos Estados Unidos e na Índia. Esses mercados tiveram um pico de consumo em 2022, mas agora voltaram ao normal. Além disso, a empresa enfrentou um cenário de inflação global e incertezas no mercado, que também afetaram o segmento de smartphones.

A Nokia espera economizar até 1,2 bilhão de euros até 2026 com o corte de custos, em comparação com o orçamento atual. A empresa não divulgou quais áreas serão mais afetadas pelas demissões, mas afirmou que pretende preservar as equipes de pesquisa e desenvolvimento, consideradas essenciais para a inovação tecnológica.

A empresa também anunciou que está focando seus esforços em se tornar um fornecedor de soluções em inteligência artificial (IA) e computação na nuvem, buscando novas oportunidades e áreas de crescimento em um mercado altamente competitivo. A Nokia recentemente mudou seu logotipo icônico, que permaneceu inalterado por décadas, como um símbolo de sua reinvenção.

Vale ressaltar que os números divulgados pela Nokia não incluem os smartphones Nokia lançados nos últimos anos, como o Nokia G42, pois eles são produzidos pela HMD Global, que apenas licencia a marca e o nome da empresa europeia que já foi líder no mercado de celulares até o início dos anos 2000.

Economia

Milei quer taxar brasileiros que estudam na Argentina

Presidente argentino defende medidas como parte de uma ‘revolução liberal’.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou um pacote de medidas econômicas que pode afetar diretamente os mais de 10 mil estudantes brasileiros que cursam universidades públicas e gratuitas no país vizinho. Entre as propostas do governo, está a autorização para que as universidades cobrem mensalidades dos estrangeiros que não possuem residência permanente na Argentina.

A medida pode inviabilizar o sonho de muitos brasileiros que buscam uma formação de qualidade, sem custos e sem vestibular, principalmente na área de Medicina. Atualmente, a Argentina é o destino preferido dos brasileiros que querem estudar fora do país, segundo o Ministério da Educação do Brasil.

O pacote de Milei, apelidado de “Plano Motosserra”, visa reduzir o déficit fiscal do Estado, que gasta mais do que arrecada, e combater a hiperinflação, que já ultrapassa os 140% ao ano. Além da cobrança das universidades, o governo também anunciou a redução de ministérios, o corte de subsídios, a desvalorização da moeda, a taxação do comércio exterior e o cancelamento de obras públicas.

O governo argentino, no entanto, abriu uma brecha para que as universidades possam implementar um sistema de bolsas de estudo para os estrangeiros, financiado por convênios com outros países ou com instituições privadas. Essa alternativa pode beneficiar os brasileiros que já estão matriculados ou que pretendem ingressar nas universidades argentinas.

O pacote econômico de Milei ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional da Argentina, que tem maioria da oposição. O projeto já enfrenta resistência de diversos setores da sociedade, que realizaram protestos e panelaços contra as medidas. O presidente Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023, defende que as reformas são necessárias para solucionar os problemas estruturais da economia argentina.

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Economia

Argentinos poderão pagar aluguel até com litro de leite, diz chanceler de Milei

Megadecreto permite que locação seja quitada com bitcoin, qualquer tipo de moeda ou quilos de vaca

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O presidente da Argentina, Javier Milei, surpreendeu o país ao publicar um decreto que permite que os contratos de aluguel sejam feitos em qualquer moeda ou bem, incluindo criptomoedas, vacas e leite. A medida, que revoga a atual Lei do Aluguel, foi anunciada pela ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, que defendeu o respeito à vontade dos cidadãos de escolherem como pagar suas dívidas.

O decreto, que entrou em vigor ontem, causou polêmica e indignação entre os inquilinos, que temem ser explorados pelos proprietários. O presidente da associação Inquilinos Agrupados, Gervasio Muñoz, acusou Milei de querer implantar um sistema econômico medieval na Argentina e anunciou protestos contra a nova lei.

Segundo Muñoz, o decreto não estabelece um prazo mínimo para os contratos de aluguel e permite que os proprietários cobrem em dólares, euros ou qualquer outra moeda que desejarem, sem a possibilidade de intervenção do devedor ou do juiz. Ele afirmou que isso pode levar a situações absurdas, como ter que assinar contratos por 15 dias, um mês ou dois meses, ou pagar o aluguel com quilos de vaca ou litros de leite.

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Economia

Argentina: peso desaba 54% e Bolsa dispara após anúncios do governo

O índice S&P Merval avançava 6,2% por volta das 11 horas (pelo horário de Brasília), renovando a máxima. BC manterá juros em 133% ao ano

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A Argentina viveu nesta quarta-feira (13/12) um dia de turbulência econômica, após o anúncio de um pacote de medidas do novo governo do presidente Javier Milei, que assumiu o poder no mês passado com uma agenda ultraliberal. O peso oficial argentino sofreu uma forte desvalorização de mais de 54% em relação ao dólar, que chegou a ser cotado a 800 pesos na abertura do mercado. Já o índice S&P Merval, que mede o desempenho das principais ações da bolsa de Buenos Aires, subiu 6,2%, atingindo um novo recorde de 1.072.661,76 pontos.

As medidas anunciadas pelo ministro da Economia, Luis Caputo, na terça-feira (12/12), têm como objetivo reduzir o déficit fiscal, controlar a inflação e estimular o crescimento econômico. Entre elas, estão a diminuição do tamanho do Estado, o corte de gastos públicos, o aumento de impostos sobre as importações e a desvalorização do peso. O governo Milei também pretende privatizar empresas estatais, flexibilizar as leis trabalhistas e abrir o mercado para investidores estrangeiros.

O pacote, porém, foi recebido com ceticismo e resistência por parte de setores da sociedade, que temem os efeitos sociais das medidas. A Argentina enfrenta uma grave crise econômica, agravada pela pandemia de covid-19, que deixou milhões de pessoas sem emprego e renda. Em outubro, a inflação anual chegou a 142,7%, a maior desde 1991, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Além disso, quatro em cada 10 argentinos vivem abaixo da linha da pobreza, de acordo com dados do mesmo órgão referentes a setembro.

O Banco Central da Argentina, por sua vez, anunciou que manterá a taxa básica de juros em 133% ao ano, uma das mais altas do mundo, para tentar conter a fuga de capitais e a pressão sobre o câmbio. A autoridade monetária também informou que adotará uma nova “paridade móvel” para o peso, que perderá 2% do seu valor a cada mês. A medida visa a aumentar a competitividade das exportações argentinas e a reduzir o déficit comercial.

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