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Brasil

#SeuVoto: Conheça a história da urna eletrônica no Brasil

Usada pela primeira vez em 1996, a urna eletrônica abrangeu a
população total nas eleições de 2000

urna eletrônica: eleitor com covid-19 deve ficar em casa
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Com a votação das eleições 2020 a poucos dias de acontecer, O Panorama inicia a série “Seu Voto” com algumas informações e curiosidades. A história das eleições no Brasil se inicia ainda no período colonial, quando em 1532 ocorreu a primeira eleição no país. De lá pra cá, há muito o que se falar sobre o pleito no país. Acontecimentos antigos, mas também relativamente recentes, como a criação da urna eletrônica, mudaram a forma de votação.

Quem está acostumado com a urna eletrônica e a rapidez com que o resultado das eleições é divulgado, deve ter ciência de que a tecnologia não é tão antiga. As urnas eletrônicas começaram a ser usadas no Brasil em 1996. Contudo, abrangendo um público mais limitado.

Foi apenas em 2000 que as urnas eletrônicas foram a nível nacional, já contando com um sistema totalmente informatizado. Confira abaixo a história do voto eletrônico no país.

Criação

Para falar da criação da urna eletrônica, devemos entender que o voto, antes dela, era em forma de cédulas de papel, como acontece em vários países hoje em dia. Entretanto, antes da criação da urna, a população precisava de uma caneta para votar e a apuração era feita voto a voto. O resultado demorava dias para sair.

Cédula de voto de 1989 Foto: Arthur Bisoni Neto/Commoms Wikimedia

Durante a contagem, diversos fiscais dos partidos monitoravam a ação para reduzir o número de fraudes nos votos. Nessa época, muitas cédulas “em branco” eram preenchidas em favor de um candidato e, em outros casos, pessoas adicionavam cédulas que simplesmente não existiam.

Para evitar tantos problemas, em 1996 o país utilizou pela primeira vez a urna eletrônica, porém, com número limitado de eleitores. Na oportunidade, cerca de 32 milhões de eleitores brasileiros votaram em 70 mil urnas eletrônicas. Fato curioso é que as urnas eletrônicas foram criadas no próprio país, apesar de muitas pessoas pensarem ainda hoje que elas foram importadas.

Ao todo, 57 cidades com mais de 200 mil habitantes cada, utilizaram as urnas. O Distrito Federal não participou dessas eleições, pois não vota para prefeitos.

Nas eleições de 1998, agora com abrangência nacional, pois o DF também participou, o voto eletrônico ocorreu em 537 municípios, totalizando 40 milhões de eleitores. O número representou 75% dos eleitores brasileiros.

Entretanto, somente em 2000 que o país informatizou as eleições e, com isso, todos os locais de votação no Brasil utilizaram as urnas eletrônicas. Sendo assim, o processo de transição da votação por cédula para o voto eletrônico durou cerca de quatro anos.

O protótipo

Em 1932, a primeira menção a uma ideia de urna, foi publicada no Código Eleitoral. O artigo 57 descrevia uma espécie de máquina de votar.

“Art. 57 – Resguarda o sigilo do voto um dos processos mencionados abaixo:
[…]
II – Consta o segundo das seguintes providências:
[…]
2) uso das máquinas de votar, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior, de acordo com o regimen deste Código.

Ainda naquela época eles tinham em mente um mecanismo para facilitar a contagem de votos, permitindo assim, uma apuração mais ágil. As fraudes em eleições também foram um ponto importante para se começar a pensar em rever a apuração de votos.

Foi então que em 1937, o Tribunal Superior Eleitoral analisou três projetos da então “máquina de votar”. Mas com o período do Estado Novo, instaurado por Getúlio Vargas até 1945 e mais tarde com o regime militar (1964-1985) as eleições diretas para cargos majoritários nacionais foram proibidas.

A ideia foi postergada até que finalmente foi teve início nos anos 1990. Dessa forma, a apuração dos votos reduziu de dias para poucas horas.

Como funciona

O primeiro modelo de urna eletrônica foi criado pela empresa OMNITECH. Nele, os eleitores votavam nos candidatos e após confirmarem, uma impressora ligada à urna imprimia o voto para que fosse depositado em uma urna de plástico.

Em 1998 o TSE deixou de usar esse procedimento nas eleições. Contudo, em 2002 ele voltou, mas foi logo substituído em 2004, com o voto sendo totalmente digital.

O atual modelo da urna eletrônica consiste em um terminal utilizado pelo mesário. Nele, o eleitor fornece a identificação e passa pela biometria para atestar novamente a veracidade das informações. Já o outro terminal é o que mais conhecemos: a urna eletrônica.

Urna eletrônica Foto: Almir Moura/Flickr

Depois de passar por todos os protocolos de segurança e validação da identidade, o eleitor está apto a usar a urna eletrônica. Nela, o eleitor vota nos candidatos de acordo com o número ligado a cada um deles. O voto, então, é computado.

O sistema interno das urnas embaralha as informações de voto de cada pessoa para garantir que o voto seja secreto. Dessa forma, ao votar em um candidato, ou votando nulo e até branco, não é possível identificar como o eleitor votou.

Por não ser conectada à internet, as urnas eletrônicas não podem ser acessadas remotamente e serem fraudadas. Com isso, ao final do dia de votação, os votos podem ser computados de forma segura e encaminhados para apuração. Por fim, esse processo demora cerca de poucas horas para finalizar e poder anunciar quem foi eleito.

Diretrizes

De acordo com o TSE, a criação da urna eletrônica teve como base oito diretrizes principais, a fim de garantir o pleno funcionamento dos pleitos. Abaixo, listamos esses pontos.

  • Solução universal: registro do voto pelo número do candidato ou do partido.
  • Aderência à legislação vigente: máquina criada com possibilidade de evolução para garantir que mudanças na legislação eleitoral não exigissem alterações na urna eletrônica.
  • Processo amigável: equipamento de fácil utilização pelo eleitor, com a visualização do candidato, na tela de dados, antes da confirmação do voto.
  • Custo reduzido: projeto economicamente viável, em função do elevado número de seções eleitorais.
  • Perenidade: possibilidade de uso em várias eleições, diminuindo o custo do voto.
  • Segurança: eliminação da possibilidade de fraude no registro do voto e na apuração do resultado.
  • Facilidade na logística: urna pequena, robusta, de peso reduzido, de fácil armazenamento e transporte.
  • Autonomia: uso de bateria nos locais onde não há energia elétrica.

Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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Política

Lula anuncia Ricardo Lewandowski como novo Ministro da Justiça

Jurista se aposentou como ministro do STF em abril de 2023, perto de completar 75 anos

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Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (11) a escolha do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski substituirá Flávio Dino, que foi indicado por Lula para ocupar uma vaga no STF e teve seu nome aprovado pelo Senado.

Lula destacou o currículo e a experiência de Lewandowski, que foi “um extraordinário ministro da Suprema Corte” e aceitou o convite na quarta-feira (10). O presidente disse que a nomeação será publicada em 19 de janeiro e que o novo ministro tomará posse em 1º de fevereiro. Até lá, Flávio Dino permanecerá à frente da pasta, que ele conduziu de forma “magistral”, segundo Lula.

“Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado, cada um na sua função”, afirmou Lula, que estava acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva.

Lula também declarou que dará autonomia para que Lewandowski monte sua própria equipe na Justiça, mas que pretende conversar com ele em fevereiro sobre os nomes que ficarão ou sairão do ministério. O presidente comparou a situação a um técnico de futebol, que deve escalar seu próprio time e ser responsável pelos resultados.

“[Em 1º de fevereiro] Ele [Lewandowski] já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, disse Lula.

Ao final da cerimônia, Lula revelou que a primeira-dama Janja espera que mulheres tenham mais espaço na nova gestão da Justiça, ao que Lewandowski respondeu: “Certamente”.

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Saúde

Menina de 8 anos se queixa de dores de cabeça, desmaia e morre após AVC

Maria Julia de Camargo Adriano estava na rede da casa onde morava em Ribeirão do Pinhal (PR) quando se queixou de dores na cabeça

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Uma tragédia abalou a família de Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado (6). A menina, que era natural de Paraná, tinha o sonho de ser veterinária e era muito inteligente e dedicada aos estudos.

Segundo relatos da família, Maria Julia começou a sentir fortes dores de cabeça e perdeu a consciência. Ela foi socorrida e levada ao hospital mais próximo, onde os médicos constataram que ela tinha um sangramento no cérebro.

Devido à gravidade do caso, ela precisou ser transferida duas vezes, até chegar ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde ficou internada na Unidade de terapia intensiva (UTI). Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu e teve a morte confirmada na segunda-feira (8).

A causa do AVC foi um aneurisma, uma dilatação anormal dos vasos sanguíneos, que se rompeu e provocou uma hemorragia cerebral. A tia de Maria Julia, Adriana, disse que a menina não tinha nenhuma doença pré-existente e que os médicos consideraram o ocorrido uma fatalidade.

O AVC é uma condição que afeta principalmente adultos, especialmente aqueles que têm fatores de risco como diabetes, obesidade e tabagismo. Em crianças, é muito raro e pode estar associado a alguma má formação na estrutura corporal.

A médica neurologista Adriana Moro explicou que o AVC em crianças é difícil de ser diagnosticado, pois não é uma suspeita comum quando há alguma alteração neurológica. Ela alertou para a importância de reconhecer os sintomas do AVC, como dor de cabeça, fraqueza, alteração da fala e visão, e procurar atendimento médico imediato.

A família de Maria Julia está devastada com a perda da menina, que era alegre, carinhosa e amava os animais. Eles pedem orações e apoio neste momento de dor e luto.

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