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Brasil

Desmatamento na Amazônia cai 31% nos primeiros 5 meses do governo Lula

Dados são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram divulgados em apresentação do Ministério do Meio Ambiente

Reuters/Direitos Reservados

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento na Amazônia apresentaram uma redução de 10% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além disso, nos primeiros cinco meses de 2023, a diminuição foi de 31% em relação ao mesmo período de 2022.

Como parte dos esforços para conter a devastação, o governo federal afirma ter aplicado multas no valor de R$ 2,23 bilhões na região amazônica neste ano. Essas medidas visam combater o desmatamento e promover a preservação da floresta.

No entanto, a situação no bioma Cerrado é inversa, com um aumento alarmante de 83% nos alertas de desmatamento em maio e 35% no acumulado de janeiro a maio. O valor total das multas aplicadas no Cerrado foi de R$ 138 milhões.

É importante ressaltar que, ao contrário do procedimento anterior, os números foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em uma apresentação realizada nesta quarta-feira (7). Anteriormente, os dados mensais com os alertas eram disponibilizados apenas na plataforma Terrabrasilis, do Inpe.

O secretário executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que os números na Amazônia são considerados “relevantes” e “positivos”, principalmente porque, durante o segundo semestre do ano passado, sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro, houve um aumento de 54% nos alertas de desmatamento.

Em maio, o sistema Deter do Inpe emitiu alertas de desmatamento para uma área total de 812 km². No mesmo mês do ano anterior, esse número foi de 900 km². No acumulado do ano, foram registrados 1.986 km² de desmatamento, em comparação com os 2.867 km² de janeiro a maio de 2022.

Desafios no combate ao desmatamento no Cerrado

Segundo os dados apresentados pelo MMA, 77% dos 3.532 km² de áreas sob alerta de desmatamento no Cerrado, de janeiro a maio, ocorreram em propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR), ou seja, terrenos cujos responsáveis são identificados nos sistemas estaduais.

André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, afirmou que estima-se que mais da metade do desmatamento no Cerrado tenha sido autorizada pelos órgãos ambientais estaduais. Ele ressaltou a importância de sincronizar os dados entre as diferentes esferas de gestão ambiental para evitar a sobreposição de autorizações e facilitar a fiscalização.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, mencionou a diferença fundiária entre a Amazônia e o Cerrado, destacando que, no caso deste último, há uma maior quantidade de terras tituladas, o que facilita a obtenção de autorizações para desmatamento. Essa situação dificulta as atividades de fiscalização.

Aumento nas multas aplicadas

Rodrigo Agostinho informou que o governo aplicou multas no valor de R$ 2,23 bilhões, representando um aumento de 160%. Além disso, foram emitidos 7.196 autos de infração e realizados 2.255 embargos em fazendas, glebas ou lotes, como parte das ações de combate ao desmatamento ilegal.

Agostinho ressaltou que estão sendo tomadas medidas rígidas para alcançar esses números de redução do desmatamento, indicando o compromisso do governo nessa questão.

Dados do Deter e Prodes

É importante destacar que o sistema Deter do Inpe não é considerado oficial para medir o desmatamento, mas fornece alertas sobre as áreas onde o problema está ocorrendo. O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) é reconhecido como o sistema mais preciso para medir as taxas anuais.

De acordo com o último relatório do Prodes, divulgado em novembro, a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2021 e julho de 2022 foi de 11.568 km², equivalente ao tamanho do Catar. Esse valor representa uma queda de 11% em comparação com o período anterior (agosto de 2020 a julho de 2021), quando o desmatamento atingiu 13.038 km², o maior número desde 2006.

Apesar dessa redução pontual, o desmatamento na Amazônia aumentou 59,5% durante os quatro anos do mandato do presidente Jair Bolsonaro, representando o maior crescimento percentual durante um mandato presidencial desde o início das medições por satélite em 1988.

Curiosidades

Toyota Corolla de 1993 atinge 2 milhões de quilômetros com motor original

Mesmo com a quilometragem impressionante e a idade avançada do carro, Hebley não tem planos de aposentá-lo tão cedo

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Foto: Newshub

O neozelandês Graeme Hebley estabeleceu um marco impressionante com seu Toyota Corolla de 1993, que já percorreu mais de 2 milhões de quilômetros mantendo o motor e a transmissão originais. Hebley adquiriu o veículo em 2000, quando ele já havia rodado cerca de 80 mil quilômetros. Desde então, o carro se tornou seu fiel companheiro no trabalho como entregador de jornais, ajudando-o a percorrer quase 5 mil quilômetros por semana.

A longevidade do Corolla, que continua em uso diário, é atribuída tanto à durabilidade do veículo quanto ao cuidado minucioso de Hebley. Ele realiza revisões a cada duas semanas em uma oficina local, onde os mecânicos ficaram surpresos com a quilometragem acumulada. John Sherman, mecânico da Guthrie’s Auto Care, confessou que, se não tivesse trabalhado no carro, teria dificuldade em acreditar que ele chegou a 2 milhões de quilômetros sem problemas significativos.

O feito de Hebley é ainda mais notável quando comparado a outros veículos que atingiram quilometragens elevadas. Embora o recorde mundial seja mantido por um Volvo P1800S, que percorreu mais de 5 milhões de quilômetros, esse carro precisou de duas reconstruções de motor ao longo de sua vida. Em contraste, o Corolla de Hebley continua rodando com seu motor original.

Mesmo com a quilometragem impressionante e a idade avançada do carro, Hebley não tem planos de aposentá-lo tão cedo. “Sinceramente, acho que ele vai durar para sempre”, disse ele em entrevista ao Newshub.

Além do Toyota Corolla de Hebley, outro carro que se destaca pela alta quilometragem com motor original é um Honda Accord de 2003, que atingiu cerca de 1,6 milhão de quilômetros. Contudo, o desempenho do Corolla de 1993 permanece excepcional, demonstrando a resistência e qualidade da engenharia automotiva da Toyota.

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Saúde

Homem de 34 anos sofre infarto após consumir dois energéticos por dia

Os médicos alertam sobre os riscos das bebidas energéticas, que elevam a frequência cardíaca e podem causar desidratação e arritmia

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Foto:Divulgação

Aaron Shreve, um inglês de 34 anos, sofreu um infarto no início de 2024 após consumir duas ou três latas de energéticos diariamente por vários meses. Sua esposa, Meagan, compartilhou a situação no TikTok, revelando que Aaron também tomava café regularmente, embora a família não saiba exatamente quando ele começou a consumir energéticos de forma habitual.

Em janeiro, Aaron relatou à esposa que estava sentindo o coração acelerado, o que levou Meagan a chamar imediatamente o resgate. Quando a ambulância chegou, Aaron desmaiou e foi direto para a UTI, onde os médicos realizaram várias massagens cardíacas, resultando em fraturas nas costelas.

O infarto de Aaron foi grave, exigindo uma hospitalização de cinco semanas. Os médicos diagnosticaram que o consumo excessivo de energéticos e a baixa ingestão de água causaram desidratação e arritmia, culminando no infarto.

Embora Aaron tenha se recuperado após semanas de monitoramento, os médicos recomendaram a redução do consumo de energéticos. Essas bebidas são conhecidas por elevarem o nível de açúcar no sangue e contêm estimulantes como cafeína e taurina, que aumentam a frequência cardíaca por até 45 minutos. Com cerca de 200 mg de cafeína por lata, consumir duas já atinge o máximo diário recomendado para adultos.

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Economia

Aumento na conta de luz pode chegar a 13% com bandeira vermelha

Economistas ajustam previsões, destacando impacto significativo na tarifa de energia e nas projeções de inflação para 2024

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Contas de luz ficarão mais caras por causa da seca que afeta os reservatórios das hidrelétricas — Foto:Divulgação

A recente decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de implementar a bandeira vermelha patamar 2 para o setor elétrico pode elevar a conta de luz em até 13% neste mês, conforme previsão de economistas. Esse ajuste é influenciado por fatores como o consumo médio de energia por parte dos consumidores.

A bandeira vermelha 2, a mais alta da escala, foi acionada devido ao baixo nível dos reservatórios e à necessidade de acionar termelétricas, que apresentam um custo mais elevado. Esta decisão foi inesperada, especialmente por ter sido feita uma transição direta do patamar verde para o nível mais crítico.

Impactos na Inflação e Expectativas Econômicas

Com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, o acréscimo será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que poderá pressionar a inflação. O índice de preços ao consumidor (IPCA), que já havia alcançado o teto da meta de 4,5% até julho, poderá ultrapassar essa margem. A projeção para o IPCA de 2024 aumentou pela sétima semana consecutiva, passando de 4,25% para 4,26%, sem incluir ainda o impacto da nova bandeira.

O economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos, estima um aumento de cerca de 13% no custo da energia em setembro, o que poderá adicionar 0,52 ponto percentual ao IPCA deste mês, resultando em uma inflação de 0,72%. Por outro lado, Mateus Cavaliere, da PSR Consultoria, prevê uma alta média de 10% nas contas de luz, com um aumento de R$ 16 para uma conta de 200 kWh/mês.

Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, antecipa um acréscimo de 12% e acredita que a bandeira não retornará ao patamar verde neste ano. Leonardo Costa, da ASA Investments, projeta um aumento médio de 11,5% na tarifa devido à seca prolongada, que afetou a geração de energia.

Perspectivas e Ajustes

Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, espera um impacto de 0,43 ponto percentual na inflação, mas vê possibilidade de retorno à bandeira amarela até o final do ano, o que reduziria o impacto. Andréa Angelo, da Warren Investimentos, acredita que a bandeira vermelha 2 pode se repetir em outubro, com retorno ao nível amarelo nos últimos meses do ano, projetando uma inflação de 4,45% para 2024.

Maikon Perin, especialista da Ludfor Energia, prevê um reajuste superior a 10% em setembro devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2. Ele observa que, embora os preços no mercado livre estejam altos, a situação pode incentivar a migração para esse ambiente de negociação mais competitivo.

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