A obesidade é uma doença causada, em grande parte dos casos, por falta de atividade física e maus hábitos alimentares. É considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença crônica e uma epidemia mundial.
Para que uma criança de 5 a 10 anos seja considerada obesa, seu Índice de Massa Corporal (IMC) deve ser igual ou superior a 30 kg/m². Já uma criança em estado de obesidade mórbida é aquela que possui IMC igual ou superior a 40 kg/m².
Os dados preocupam
Caso não sejam tomadas medidas efetivas, em 2025 o número de crianças com sobrepeso e obesidade chegará a 75 milhões, segundo o alerta da OMS emitido em 2021. Além disso, 80% dos adolescentes não seguem as recomendações de práticas de atividade física, durante uma hora por dia.
De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, a cada três crianças, na faixa etária de 5 a 9 anos, uma está obesa. No Brasil mais de 2 milhões de casos são diagnosticados por ano.
O que deve ser feito para evitar a obesidade infantil?
Muitos hábitos alimentares são formados já na gestação e permanecem durante os primeiros anos de vida, logo, é necessário que a mãe conserve uma alimentação saudável, para evitar possíveis doenças, como a própria obesidade.
Evitar o consumo de ultraprocessados e açúcares também é importante. Um estudo feito pela Pesquisa Nacional de Saúde, em 2013, apontou que mais de 60% das crianças menores de 2 anos, no Brasil, ingerem alimentos como biscoitos e bolachas recheadas. É recomendável, para uma alimentação saudável, o incentivo ao consumo de alimentos naturais e minimamente processados.
A questão comportamental também é algo relevante, incentivar bons modos à mesa, sem utilização de eletrônicos, e o respeito à saciedade da criança são atitudes que podem ajudar no combate à obesidade.
Atividade física ajuda no combate a obesidade infantil?
A atividade física é um importante aliado no combate à obesidade infantil e vai além de queimar calorias, pois repercute na saúde de forma global. Ela é fundamental para o desenvolvimento da criança e para o desempenho escolar.
Promove melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.
Saiba onde buscar tratamento gratuito no DF
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são as responsáveis pelo acolhimento (atendimento inicial) e pelo redirecionamento para o endocrinologista pediátrico. Durante essa fase nas UBSs as famílias também são aconselhadas, a fim de que se mude os hábitos alimentares em casa.
É possível encontrar atendimento especializado nos hospitais regionais do Gama, Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, no Hospital da Criança de Brasília, Hospital da Região Leste e no Centro Especializado em Depressão, Obesidade e Hipertensão.
As equipes destes locais são de caráter multidisciplinar, os pacientes serão atendidos por endocrinologistas pediátricos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e profissionais de enfermagem.
O tratamento é composto por cinco etapas e funciona de forma parecida com o dos adultos: consulta com o endocrinologista, acolhimento por aplicativo, oficinas educativas online, atendimento individual e oficinas de manutenção.
Por Lucas Melise