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Saúde

Exame de sangue que detecta o Alzheimer antes dos sintomas chega ao Brasil

Laboratórios privados de São Paulo começam a fazer o teste nesta terça-feira (19/9). Exame deve chegar a 12 outros estados nos próximos dias

Foto: Reprodução

Um simples exame de sangue pode revelar se uma pessoa tem Alzheimer, mesmo antes de apresentar qualquer sinal da doença. O teste, chamado PrecivityAD2, mede as proteínas que se acumulam no cérebro e causam danos às células nervosas. O exame já está disponível em laboratórios particulares do Brasil desde esta terça-feira (19/9).

O PrecivityAD2 é uma alternativa mais barata e menos invasiva do que os exames de imagem tradicionais, que exigem a injeção de substâncias radioativas e a exposição à radiação. O novo teste custa cerca de R$ 3,6 mil e tem a mesma precisão dos métodos de imagem. O resultado sai em 20 dias.

Para fazer o exame, é necessário ter uma prescrição médica. Os primeiros laboratórios a oferecer o serviço são os do grupo Fleury, em São Paulo. Em breve, o teste também estará disponível em outros estados, como Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

O diagnóstico precoce do Alzheimer é importante para retardar o avanço da doença, que ainda não tem cura. Com o tratamento adequado, é possível preservar a memória e a qualidade de vida dos pacientes por mais tempo.

O exame PrecivityAD2 foi desenvolvido em 2020 e lançado comercialmente nos Estados Unidos em agosto de 2023, após passar por ajustes para melhorar a eficácia. O teste já é usado em outros países, como Canadá, Coreia do Sul e alguns da Europa.

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Saúde

Homem de 34 anos sofre infarto após consumir dois energéticos por dia

Os médicos alertam sobre os riscos das bebidas energéticas, que elevam a frequência cardíaca e podem causar desidratação e arritmia

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Aaron Shreve, um inglês de 34 anos, sofreu um infarto no início de 2024 após consumir duas ou três latas de energéticos diariamente por vários meses. Sua esposa, Meagan, compartilhou a situação no TikTok, revelando que Aaron também tomava café regularmente, embora a família não saiba exatamente quando ele começou a consumir energéticos de forma habitual.

Em janeiro, Aaron relatou à esposa que estava sentindo o coração acelerado, o que levou Meagan a chamar imediatamente o resgate. Quando a ambulância chegou, Aaron desmaiou e foi direto para a UTI, onde os médicos realizaram várias massagens cardíacas, resultando em fraturas nas costelas.

O infarto de Aaron foi grave, exigindo uma hospitalização de cinco semanas. Os médicos diagnosticaram que o consumo excessivo de energéticos e a baixa ingestão de água causaram desidratação e arritmia, culminando no infarto.

Embora Aaron tenha se recuperado após semanas de monitoramento, os médicos recomendaram a redução do consumo de energéticos. Essas bebidas são conhecidas por elevarem o nível de açúcar no sangue e contêm estimulantes como cafeína e taurina, que aumentam a frequência cardíaca por até 45 minutos. Com cerca de 200 mg de cafeína por lata, consumir duas já atinge o máximo diário recomendado para adultos.

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Saúde

Nova pandemia à vista? Entenda a nova cepa de Mpox

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A rápida disseminação da mpox anteriormente chamada de varíola dos macacos — em algumas partes da África levou à declaração de emergência global. A descoberta da nova cepa potencialmente mais mortal, conhecida como clado 1b, elevou as preocupações sobre a doença, mas muitas perguntas ainda permanecem sem resposta.

A nova cepa do vírus, que foi identificada pela primeira vez fora da África na Tailândia, está causando alarme devido à sua possível maior virulência. No entanto, não há dados conclusivos sobre sua contagem de casos, taxa de mortalidade ou se ela pode se transformar em uma pandemia.

O que é a doença?
mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral. Sua transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com:

– materiais contaminados com o vírus; 
– pessoa infectada pelo mpox vírus.

A principal forma de transmissão da mpox é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada. 

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente. 

Quais são os sinais e sintomas da mpox?

  • Erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não);
  • Adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados e também são denominados de “ínguas”;
  • Febre;
  • Dores no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrio.

Profissionais da saúde / Foto: Divulgação

Há ocorrência da doença no Brasil?

O surto apresenta baixo nível de transmissão fora do continente africano até o momento. Em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis da doença no Brasil, sendo 85% do sexo masculino e 42,2% pessoas vivendo com HIV/Aids. Este número é significativamente menor comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no país. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos, com o mais recente ocorrendo em abril de 2023. Até o momento, não há registro de casos da nova variante no Brasil.

A epidemia de mpox são classificados de acordo com seus “clados”, ou ramificações genéticas. O clado 1a continua a ser predominante na República Democrática do Congo, enquanto o clado 1b tem se espalhado rapidamente em países vizinhos. A transmissão do clado 1b tem sido associada principalmente a atividades sexuais e contato próximo, diferentemente do clado 1a, que se espalha por meio do consumo de carne de animais selvagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o clado 1b como uma das principais razões para a emergência global, mas não se espera que a mpox alcance o nível de pandemia da COVID-19. Especialistas alertam que, apesar da gravidade dos surtos atuais, a resposta deve ser adaptativa e focada em controlar a propagação localmente antes que possa se espalhar amplamente.

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Saúde

Erro médico faz mulher tratar por 6 anos câncer inexistente

Justiça de São Paulo condenou a Amico Saúde, empresa médica de São Bernardo do Campo a pagar R$ 200 mil de indenização à paciente

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Uma mulher de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, recebeu uma indenização de R$ 200 mil da Amico Saúde, empresa médica que a submeteu a um tratamento de quimioterapia por seis anos por uma metástase óssea que nunca existiu. A Justiça de São Paulo considerou que houve erro médico de diagnóstico e tratamento, que causou danos físicos e psicológicos à paciente.

A mulher, que tinha 54 anos em 2010, foi diagnosticada corretamente com câncer de mama e fez uma mastectomia. Porém, em outubro do mesmo ano, um novo exame indicou que ela tinha metástase óssea, ou seja, que o câncer havia se espalhado para os ossos. Ela então iniciou um tratamento de quimioterapia, que continuou mesmo após mudar de plano de saúde em 2014.

Em 2017, os médicos do novo plano de saúde desconfiaram do diagnóstico e pediram um exame mais preciso, chamado PetScan, que revelou que a mulher não tinha metástase óssea. O resultado foi confirmado por outro exame em 2018 e por um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.

Um exame feito em 2010, na mesma época em que ela começou a quimioterapia, já havia apontado que a probabilidade de ela ter metástase óssea era baixa, mas esse dado foi ignorado pelos médicos da Amico Saúde. A Justiça não conseguiu explicar por que a mulher foi tratada de forma equivocada por tanto tempo, se por negligência ou por economia.

A mulher relatou que sofreu muito com os efeitos colaterais da quimioterapia, como dor, insônia, perda óssea, perda de dentes e limitação dos movimentos da perna. Ela também disse que viveu uma grande angústia psicológica, achando que iria morrer a qualquer momento. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, afirmou a defesa da paciente.

A sentença que condenou a Amico Saúde a pagar R$ 200 mil de indenização foi dada em primeira instância e confirmada pelo Tribunal de Justiça. O relator do recurso, o desembargador Edson Luiz de Queiroz, destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado”.

No final de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a mulher e pagou os R$ 200 mil.

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