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Mundo

Lolita, orca que viveu por 50 anos em cativeiro, morre em Miami

Animal de 2.267 kg vivia há anos em um tanque que mede 24 por 11 metros e de 6 metros de profundidade

Foto: Reprodução

Lolita, a orca mais antiga em cativeiro do mundo, faleceu na última sexta-feira (18/08) no Seaquarium de Miami (EUA), onde vivia há mais de 50 anos. A morte da orca, também conhecida como Tokitae ou Toki, ocorreu às vésperas de sua possível transferência para um santuário marinho no noroeste do Pacífico, um projeto que contava com o apoio de ativistas, indígenas e até do dono de um time de futebol americano.

De acordo com uma nota divulgada pelo grupo Amigos de Toki nas redes sociais, Lolita começou a apresentar sinais graves de desconforto nos últimos dois dias. A equipe médica do Seaquarium e os Amigos de Toki iniciaram um tratamento intensivo, mas não conseguiram salvar a orca de 57 anos, que morreu de uma aparente condição renal.

“Toki foi uma inspiração para todos que tiveram a sorte de conhecer sua história e especialmente para a nação Lummi que a considerava sua família”, disse o comunicado dos Amigos de Toki. “Aqueles que tiveram o privilégio de passar um tempo com ela se lembrarão para sempre de seu belo espírito.”

Lolita foi capturada em 1970 na costa do estado de Washington, junto com outras seis orcas, e levada para o Miami Seaquarium, onde era a principal atração do parque. Ela se apresentou para o público até a primavera passada, quando se aposentou como condição para a renovação da licença do parque pelo Departamento de Agricultura dos EUA. Desde então, ela não era mais exibida ao público e vivia em um tanque que media 24 metros por 11 metros e tinha 6 metros de profundidade.

A situação de Lolita mobilizou diversos grupos que defendiam sua libertação e seu retorno às águas de sua terra natal. A Nação Lummi, uma tribo nativa americana com sede no estado de Washington, se referia às orcas como “qwe ‘lhol mechen”, que significa “nossas relações abaixo das ondas”. A tribo trabalhou por anos para garantir a libertação de Lolita e a chamava de Sk’aliCh’elh-tenaut.

“A Nação Lummi está triste com a notícia de que nossa amada parente Orca faleceu com a idade estimada de 57 anos”, disse o presidente Tony Hillaire em um comunicado. “Nossos corações estão com todos os afetados por esta notícia; nossos corações estão com a família dela. Somos solidários com nossos membros Lummi, que dedicaram seus corações e almas para trazer Sk’aliCh’elh-tenaut para casa.”

Em março deste ano, uma esperança surgiu para Lolita. A empresa proprietária do Seaquarium, The Dolphin Company, e os Amigos de Toki anunciaram um plano para possivelmente transferir Lolita para um cercado natural no noroeste do Pacífico, com o apoio financeiro do proprietário do Indianapolis Colts, Jim Irsay.

“Estou com o coração partido por Toki ter nos deixado”, disse Irsay em um comunicado. “A história dela conquistou meu coração, assim como conquistou milhões de outras pessoas. Fiquei honrado em fazer parte da equipe que trabalha para devolvê-la ao seu lar indígena e me consolo em saber que melhoramos significativamente suas condições de vida no ano passado. Seu espírito e graça tocaram tantos. Descanse em paz, querida Toki.”

O plano ainda dependia da aprovação dos órgãos reguladores federais e estaduais, o que poderia levar meses ou anos. Infelizmente, Lolita não teve tempo suficiente para realizar seu sonho de voltar ao mar. Sua morte deixou uma lacuna no mundo animal e no coração de muitas pessoas que lutaram por sua liberdade.

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Putin desafia Tribunal de Haia e visita país que deveria prendê-lo

Apesar das críticas internacionais, a Mongólia o recebeu com honras de chefe de Estado

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Foto:Divulgação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.

Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.

Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.

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Mundo

Identificação do homem congelado em caverna dos EUA resolve mistério de quase 50 anos

A descoberta foi feita graças à investigação detalhada de um detetive que revisitou arquivos antigos, e não por tecnologia moderna

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Foto: Rede social

O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.

Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.

Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.

Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.

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Ministro Alexandre de Moraes convoca 1ª Turma do STF para analisar suspensão da rede social X

O STF, liderado por Alexandre de Moraes, inicia julgamento para decidir sobre a suspensão da rede social X no Brasil

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Foto: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.

A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.

O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.

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