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Mundo

Mariupol: abertura de corredor humanitário volta a falhar

Autoridades ucranianas dizem que cidade continua fechada

Reuters/Alexander Ermochenko

A Cruz Vermelha está novamente a caminho de Mariupol com o objetivo de tentar retirar civis, depois de o cessar-fogo prometido pela Rússia nessa quinta-feira (31) não ter sido cumprido. A abertura de um corredor humanitário foi adiada para hoje, mas as autoridades ucranianas denunciam que a cidade continua fechada e “muito perigosa” para quem tenta sair.

Veículos de ajuda humanitária da Cruz Vermelha ficaram retidos na cidade de Zaporizhzhia por motivos de segurança.

De acordo com a BBC, três veículos da Cruz Vermelha partiram de Zaporizhzhia para Mariupol a fim de retirar civis, depois de terem recebido garantias de segurança por parte da Ucrânia e da Rússia. “Temos permissão para avançar e estamos a caminho de Mariupol. Temos esperança de que a operação comece hoje”, disse Ewan Watson, porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha.

A viagem a Mariupol foi considerada “desesperadamente importante”, já que dezenas de milhares de pessoas continuam presas na cidade que tem sido constantemente bombardeada pelas tropas russas. “A população precisa desesperadamente desse corredor humanitário”, afirmou Watson. No entanto, as equipes da Cruz Vermelha não tiveram autorização para levar ajuda humanitária. A abertura do corredor deveria ter ocorrido ontem, mas foi adiada por 24 horas, depois dos pedidos dos presidentes francês e alemão.

O assessor da administração de Mariupol, Petro Andryushchenko, disse que as forças russas têm impedido a entrega de ajuda humanitária na cidade, deixando claro que a abertura do prometido corredor humanitário não foi cumprida.

“A cidade continua fechada para quem tenta entrar e muito perigosa para os que tentam sair com transporte pessoal”, disse o administrador local pelo Telegram.

“Além disso, desde ontem, os ocupantes não permitiram categoricamente a entrada de nenhuma ajuda humanitária – mesmo em pequenas quantidades”, acrescentou.

Ônibus retidos

Nessa quinta-feira, surgiram notícias promissoras para os 170 mil moradores de Mariupol que continuam retidos na cidade sitiada pelas forças russas, sem energia e com alimentos cada vez mais escassos.

Kiev enviou 45 ônibus para a cidade portuária, a fim de ajudar a retirar civis, depois de o Ministério russo da Defesa ter anunciado, quarta-feira, “regime de silêncio”, ou seja, um cessar-fogo local, a partir das 10h de quinta.

No entanto, as autoridades ucranianas dizem que os ônibus nunca chegaram à cidade. A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirmou que alguns veículos ficaram retidos em um posto de controle russo e que 14 toneladas de ajuda humanitária, como bens alimentares e medicamentos, com destino a Melitpol, foram confiscadas.

Iryna disse ainda que 1.458 pessoas chegaram a Zaporizhzhia ontem em seus próprios carros, sendo 631 provenientes de Mariupol e 827 das cidades de Berdiansk, Enerhodar, Melitopol, Polohy, Huliapole e Vasylivka, na região de Zaporizhzhia.

Mariupol, porto estratégico no Mar de Azov, com mais de 400 mil habitantes, tem sido um dos principais focos da invasão russa na Ucrânia, que teve início há cinco semanas, e tem sofrido bombardeios quase constantes. A administração de Mariupol estima que 5 mil civis foram mortos desde o início da invasão russa.

Várias tentativas de organizar corredores humanitários têm falhado, com a Rússia e a Ucrânia trocando acusações. Moscou nega reiteradamente ter civis como alvos em seus ataques.

Por: Agência Brasil

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Putin desafia Tribunal de Haia e visita país que deveria prendê-lo

Apesar das críticas internacionais, a Mongólia o recebeu com honras de chefe de Estado

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Foto:Divulgação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.

Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.

Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.

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Identificação do homem congelado em caverna dos EUA resolve mistério de quase 50 anos

A descoberta foi feita graças à investigação detalhada de um detetive que revisitou arquivos antigos, e não por tecnologia moderna

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Foto: Rede social

O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.

Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.

Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.

Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.

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Ministro Alexandre de Moraes convoca 1ª Turma do STF para analisar suspensão da rede social X

O STF, liderado por Alexandre de Moraes, inicia julgamento para decidir sobre a suspensão da rede social X no Brasil

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Foto: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.

A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.

O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.

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