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Emprego

Mulher viraliza ao mostrar conversa com recrutador de empresa; veja mensagens 

Homem se atrasou três horas para entrevista e foi irônico quando Samara Braga pediu para conversa ser remarcada para mais tarde

Foto: Reprodução

Uma mulher que buscava uma oportunidade de trabalho foi vítima de preconceito e ironia por parte de um recrutador de uma empresa. O homem se atrasou três horas para a entrevista online e ainda desdenhou da rotina e da maternidade da candidata. A conversa foi compartilhada pela mulher nas redes sociais e gerou indignação e solidariedade.

A candidata se chama Samara Braga, mora em Cariacica, no Espírito Santo, e estava à procura de um emprego. Ela enviou o seu currículo para uma companhia que se interessou pelo seu perfil e marcou uma entrevista online para as 8h da manhã. No entanto, o recrutador, identificado como Fábio, não apareceu no horário combinado.

Samara tentou entrar em contato com ele várias vezes, mas não obteve resposta. Somente três horas depois, às 11h, o recrutador ligou para ela e quis iniciar a entrevista. Samara explicou que estava ocupada naquele momento e pediu para remarcar a conversa para o fim do dia. Fábio disse que não podia e foi irônico com a situação da candidata.

“Posso imaginar a rotina de tantos compromissos de um desempregado”, escreveu ele. Samara rebateu e disse que não era porque estava desempregada que precisava ficar disponível o dia inteiro. Ela contou que estava se organizando para levar o filho à escola. Fábio então demonstrou preconceito com a maternidade da mulher e disse: “Sempre difícil contratar quem tem filhos mesmo. Uma dica: foque no que quer”. Ele encerrou a conversa dizendo que ela não era a profissional que a empresa estava buscando.

Samara decidiu expor o caso nas redes sociais e publicou os prints da conversa em uma rede social corporativa. A publicação viralizou e recebeu mais de 26 mil curtidas, 3.800 comentários e 380 compartilhamentos. Muitas pessoas manifestaram apoio à Samara e criticaram a postura do recrutador. Outras relataram situações semelhantes de constrangimento e desrespeito em processos seletivos.

“Fez muito bem em compartilhar o ocorrido, visto que, além de ser um absurdo e intolerável, não é um caso isolado. Até quando nós, mulheres, vamos lidar com dificuldades no mercado de trabalho pelo fato de sermos mães?”, questionou a profissional de marketing Brunelle Souza.

Por outro lado, houve quem reprovou a atitude de Samara e disse que ela deveria ter ficado disponível para a entrevista o dia todo, mesmo com o atraso do recrutador. “Se fosse comigo eu ficaria preparado para realizar a entrevista o dia todo”, opinou o consultor de tecnologia Guilherme Guedes.

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Emprego

Mulher que sofreu discriminação por ter filho recebe propostas de trabalho

A legislação trabalhista veda toda prática de discriminação em qualquer fase do contrato de trabalho, inclusive na de recrutamento e contratação; veja as regras abaixo.

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Uma mulher que buscava uma oportunidade de trabalho foi vítima de preconceito por parte de um recrutador que a desqualificou por ter um filho e estar desempregada. O caso aconteceu em Cariacica, no Espírito Santo, e foi denunciado pela própria candidata nas redes sociais.

Samara Braga, de 32 anos, contou que se inscreveu para uma vaga de emprego na área de recursos humanos e recebeu uma mensagem do recrutador pelo WhatsApp, marcando uma entrevista on-line para o dia seguinte. Ela aceitou, mas não recebeu mais informações sobre a empresa ou o cargo.

No dia da entrevista, ela esperou por três horas até que o recrutador aparecesse na plataforma on-line. Como ele não apareceu, ela enviou uma mensagem perguntando se ainda haveria a entrevista. Ele respondeu que sim, mas que seria em outro horário.

Samara disse que não poderia participar naquele momento, pois tinha outros compromissos. Foi então que o recrutador começou a questioná-la sobre sua rotina e a criticar sua situação de desempregada e mãe.

“Você tem tantos compromissos assim? Qual é a rotina de tantos compromissos de um desempregado? É sempre difícil contratar quem tem filhos”, escreveu ele.

Indignada, Samara decidiu expor a situação no LinkedIn, uma rede social voltada para o mercado de trabalho. Ela publicou as mensagens que trocou com o recrutador e fez um desabafo sobre a falta de respeito e profissionalismo dele.

“Aconteceu comigo e estou sem acreditar que exista profissional assim. Não é o tipo de publicação que as recrutadoras gostam de ver no perfil [da rede social], mas é necessário compartilhar”, escreveu.

A publicação viralizou e recebeu mais de 3,9 mil comentários de apoio e solidariedade. Muitas pessoas relataram ter passado por situações semelhantes e criticaram a postura do recrutador.

Samara disse que não esperava tanta repercussão e que ficou feliz com as mensagens que recebeu. Ela afirmou que não pretende processar o recrutador, mas espera que ele aprenda com o erro e não repita com outras pessoas.

“Postei [no LinkedIn] para que outros recrutadores não façam isso. Pensem que do outro lado tem uma pessoa que está desempregada, mas que tem uma rotina. Essa pessoa trabalha de alguma outra forma, em casa, cuidando de um filho, fazendo um extra, fazendo um bico. Então a pessoa não está à toa”, afirma.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a legislação trabalhista proíbe qualquer forma de discriminação em qualquer etapa do contrato de trabalho, inclusive na fase de recrutamento e seleção. Critérios como estado de gravidez, situação familiar, entre outros, não podem ser usados como fatores que prejudiquem ou desfavoreçam os candidatos às vagas de emprego.

A advogada Bianca Martins Juliani, especialista em direito trabalhista do escritório Abe Advogados, explica que se ocorrer algum tipo de abuso, situação vexatória ou discriminatória, é possível pedir indenização na Justiça por danos morais na área trabalhista.

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