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Educação

Refinaciamento de dívidas do Fies começa hoje com descontos até 92%

Taxa atual de inadimplência do programa é de 51,7%

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (7) quem tem contratos firmados até 2017 com instituições financeiras credoras para Financiamento Estudantil (Fies) pode pedir o refinanciamento da dívida. Por lei, os bancos serão obrigados a conceder descontos que podem variar entre 12% e 92%. O saldo devedor poderá ser parcelado em até 150 vezes, a depender da situação.

As regras do programa foram definidas pela Medida Provisória 1.090/22. A norma foi convertida em lei pelo Congresso Nacional e entrou em vigor na última terça-feira (1º). Atualmente, pelo menos dois milhões de contratos do Fies estão na fase de quitação, com um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões. A taxa atual de inadimplência é de 51,7%.

Quem tem direito?

Pelas regras, qualquer estudante com contrato de financiamento estudantil firmado até o ano de 2017 pode se beneficiar da medida. As condições e o percentual de desconto variam de acordo com o perfil de cada aluno e com o tempo de atraso no pagamento:

Estudantes inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou que foram aprovados no Auxílio Emergencial terão desconto de 92% sobre o valor total da dívida que, no caso, poderá ser parcelada em 10 vezes. A estimativa é de 548 mil estudantes com atraso de mais de 360 dias no pagamento do Fies se enquadrem nessa categoria.

Já aqueles que não efetuam pagamentos há mais de 360 dias, o desconto previsto é de de 86,5% no saldo devedor. Para os estudantes inscritos no  CadÚnico ou que sejam beneficiários do Auxílio Emergencial, o desconto será de 92%. Além disso, o saldo da dívida poderá ser parcelado em até 10 vezes.

Outra situação é a de estudantes que têm dívidas com 90 a 360 dias de atraso. No caso, o devedor terá de 12% no saldo devedor, isenção de juros e multas e parcelamento em até 150 vezes, também com perdão total de multas e atrasos que tenham sido aplicadas antes do refinanciamento.

Como fazer a renegociação?

Na Caixa Econômica, a partir de hoje, a expectativa é de que até 800 mil estudantes com dívida média de R$ 35 mil façam a renegociação de seus contratos de forma 100% digital. Interessados já podem consultar o site do banco para fazer a solicitação.

Após confirmar o enquadramento nas regras e simular a renegociação é preciso gerar um boleto para pagamento da primeira parcela ou de quitação em parcela única.

Já no Banco do Brasil mais de 500 mil estudantes estão com o Fies em atraso. Para aderir à renegociação pelo App do Banco, basta acessar a opção Soluções de Dívidas e clicar em Renegociação Fies. Pela ferramenta, o estudante poderá verificar se faz parte do público-alvo, as opções disponíveis para liquidação ou parcelamento da dívida, os descontos concedidos, assim como os valores da entrada e demais parcelas.

O valor mínimo da prestação é R$ 200. A promessa é que o nome seja retirado dos cadastros restritivos de crédito a partir do pagamento correspondente à primeira parce

Atraso

Após assinatura do aditivo de contrato do refinanciamento do Fies, no caso do não pagamento de três parcelas da renegociação da dívida, o estudante perderá o direito ao refinanciamento e o desconto inicial aplicado será cancelado.  Para situações de atraso no pagamento das parcelas, são aplicados juros moratórios de 1% ao mês, ou fração, incidentes sobre o valor da parcela em atraso e multa de 2% sobre o total das parcelas restantes.

Por: Agência Brasil

Educação

Brasil enfrenta fila de 632 mil crianças por creche, segundo MEC

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Foto: divulgação

O Brasil está lidando com um déficit significativo de vagas em creches, afetando 632.763 crianças em todo o país, conforme um estudo recente divulgado pelo Gabinete de Articulação para a Efetividade da Educação (Gaepe-Brasil) e pelo Ministério da Educação (MEC). Este levantamento, que abrange todos os 5.569 municípios e o Distrito Federal, destaca que a educação infantil, embora não obrigatória, é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Estados com Maior Número de Crianças na Fila:

  • São Paulo: 88.854
  • Minas Gerais: 63.470
  • Paraná: 59.376

Distribuição Regional:

  • Sudeste: 212.571
  • Nordeste: 124.369
  • Sul: 123.319
  • Norte: 94.327
  • Centro-Oeste: 78.177

Em resposta ao problema, o MEC lançou o novo PAC Creches, que prevê a construção de 2.500 novas creches e pré-escolas até 2026, com um investimento inicial de R$ 5,5 bilhões para a construção de 1.178 unidades.

Desafios na Pré-Escola

Além das creches, a pesquisa revela que 78.237 crianças entre 4 e 6 anos ainda não frequentam a pré-escola, sendo que metade delas está fora por falta de vagas. A taxa de escolarização para crianças de 0 a 3 anos no Brasil é de 39%, com grandes variações entre os estados. O Amapá tem a menor taxa, com apenas 8%, enquanto São Paulo lidera com 51%.

A pesquisa também aponta que 25% dos municípios não divulgam a lista de espera por vagas em creches, embora uma lei sancionada em 2023 exija essa divulgação. No Amazonas, 81% das unidades escolares mantêm a lista de espera em papel, enquanto no Rio Grande do Norte, 26% das escolas registram a lista, mas não a comunicam à secretaria de educação.

O levantamento evidencia a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação infantil de qualidade. O novo PAC Creches representa um passo importante para enfrentar essa crise e ampliar as oportunidades educacionais para os pequenos brasileiros.

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Educação

Militarização da Educação no Brasil cresce 245% em cinco anos

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Foto: Divulgação

Nos últimos cinco anos, o número de escolas com gestão militar no Brasil cresceu 245%, saltando de 230 em 2018 para 792 em 2024. Esse modelo de ensino, que se expandiu sob administrações tanto de direita quanto de esquerda, agora vai além da rede pública e começa a ser adotado também por instituições privadas.

O levantamento inédito do UOL revela que as escolas militarizadas, que representam cerca de 4% da rede estadual, atendem a 555 mil alunos em 23 estados e no Distrito Federal. O Paraná é o estado com o maior número de colégios militarizados. Essas instituições são promovidas como ambientes que garantem respeito, hierarquia e meritocracia, com o objetivo de formar uma “sociedade de valores”.

A expansão desse modelo, sustentada pela parcela conservadora da sociedade, é polêmica e tem dividido opiniões. Críticos apontam preocupações sobre a adequação e a eficácia do modelo, enquanto defensores acreditam que ele oferece uma solução eficaz para a disciplina e o civismo.

A questão da constitucionalidade das escolas militarizadas está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que pode decidir sobre a legalidade do modelo. Até que uma decisão final seja tomada, o número de escolas militarizadas continua a crescer rapidamente em quase todos os estados brasileiros.

Além de suas aplicações na rede pública, o modelo militarizado tem atraído a atenção de escolas particulares, que utilizam essa abordagem como um diferencial de marketing para assegurar a disciplina e a formação cívica dentro e fora da sala de aula.

Com o debate em curso e o STF prestes a se manifestar, a militarização da educação continua a ser um tema de grande relevância e controvérsia no cenário educacional brasileiro.

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Educação

Mini gênio brasileiro de 10 anos passa em universidade e Justiça guarda vaga

Luan disse que está ansioso para começar a faculdade e que não quer ficar parado no ensino básico

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Luan Gabriel Aguiar Gama, um prodígio brasileiro de apenas 10 anos, surpreendeu a todos ao ser aprovado no curso de Licenciatura em Matemática na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O menino, que já demonstrou sua aptidão para os números e o conhecimento no quadro Pequenos Gênios, do Domingão com Huck, na TV Globo, fez a prova por curiosidade e obteve o 13º lugar na lista final dos aprovados.

No entanto, a sua vaga estava ameaçada pela falta de conclusão do ensino básico. Por isso, os representantes de Luan entraram na Justiça com um pedido para que a UEA reservasse a sua vaga até que ele pudesse ingressar na faculdade. Eles apresentaram um relatório neuropsicológico que atesta que o estudante possui altas habilidades e superdotação do tipo acadêmico.

O juiz Marcelo Vieira acatou o pedido e determinou que a UEA garantisse a vaga de Luan, além de ordenar que o Estado realizasse um exame de avanço escolar para ele em até 45 dias. O objetivo é verificar se o aluno está apto a prosseguir nos seus estudos sem prejuízo para o seu desenvolvimento emocional e social.

O magistrado, porém, não autorizou a matrícula imediata de Luan na faculdade, considerando que o ambiente universitário pode apresentar situações incompatíveis com o seu nível de maturidade. Ele ressaltou que a decisão visa preservar o bem-estar do menino, que ainda precisa de acompanhamento pedagógico e psicológico.

Luan, que sonha em ser cientista e professor, disse que está ansioso para começar a faculdade e que não quer ficar parado no ensino básico. Em uma postagem nas redes sociais, ele defendeu o direito das crianças superdotadas de avançarem nos seus estudos. “Imagina uma criança que já sabe de tudo do ensino básico. Você vai deixar a criança triste, porque ele vai ficar revendo os mesmos assuntos durante vários e vários anos. Eu recomendo que não privem essas crianças”, escreveu.

O pequeno gênio, que também é apaixonado por geografia, foi o primeiro representante do Amazonas no quadro Pequenos Gênios, onde impressionou o público e o apresentador Luciano Huck ao resolver cálculos complexos e identificar países no mapa. A sua trajetória é um exemplo de talento e dedicação que inspira muitas pessoas. Parabéns, Luan!

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