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Saúde

Uso de Viagra pode reduzir em até 60% o risco de Alzheimer, diz estudo

Centro médico por trás da pesquisa constatou que o princípio ativo do remédio consegue bloquear a enzima que é comumente encontrada em cérebros com a doença

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Um medicamento famoso por tratar a disfunção erétil pode ter um benefício inesperado: a prevenção do Alzheimer e da demência. É o que sugere um estudo do Centro Médico Monte Sinai, em Nova York (EUA), que analisou o efeito do sildenafil, o princípio ativo do Viagra, no cérebro de mais de 27 mil idosos.

O sildenafil é capaz de bloquear uma enzima chamada PDE5, que está presente em altas concentrações em cérebros afetados pelo Alzheimer, uma doença que causa a perda progressiva de memória e de outras funções cognitivas. Segundo os pesquisadores, os participantes que usaram o medicamento sob prescrição médica tiveram um risco 60% menor de desenvolver a doença, em comparação com os que não usaram.

Além disso, o sildenafil também pode melhorar a saúde cerebral ao aumentar o fluxo sanguíneo no órgão, o que pode reduzir os efeitos da demência, outra condição que compromete a cognição. O estudo, publicado na revista científica Neurology, é o primeiro a demonstrar uma associação entre o uso do medicamento e a prevenção dessas doenças neurodegenerativas.

O Alzheimer e a demência são problemas que afetam milhões de pessoas no mundo, especialmente na terceira idade. Estima-se que até 2030, cerca de 74,7 milhões de pessoas terão Alzheimer, e até 2050, esse número pode chegar a 131,5 milhões. No Brasil, o 1º Relatório Nacional de Demência alerta que até o fim de 2023, mais de 2,4 milhões de pessoas terão algum tipo de disfunção cognitiva. Nesse cenário, o uso do Viagra pode ser uma estratégia útil para prevenir ou retardar o avanço dessas doenças.

Saúde

Água engarrafada contém em média 240 mil pequenos fragmentos de plástico, diz estudo

Atenção global sobre microplásticos aumentou nos últimos anos; eles se desprendem de fontes maiores e são encontrados nos polos, nos cumes das montanhas e até em alimentos

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Um novo estudo publicado na revista científica americana Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que a água engarrafada contém até cem vezes mais nanoplásticos do que se imaginava. Os pesquisadores usaram uma técnica inovadora para detectar os minúsculos fragmentos de plástico, que podem ter efeitos nocivos para a saúde humana e o meio ambiente.

Os nanoplásticos são partículas menores que um milionésimo de metro, que se originam da degradação de fontes maiores de plástico. Eles estão presentes em diversos lugares, desde as regiões polares até as montanhas mais altas, e podem contaminar a água potável e os alimentos. Por serem tão pequenos, eles podem atravessar as barreiras biológicas e se acumular nos órgãos vitais, como o cérebro e o coração, e até mesmo no feto, durante a gestação.

O estudo analisou três marcas populares de água engarrafada, mas não divulgou os seus nomes, por considerar que o problema é generalizado. Os cientistas encontraram uma média de 240 mil nanoplásticos por litro de água, o que representa um aumento de 10 a 100 vezes em relação às estimativas anteriores. Eles usaram uma técnica chamada microscopia de dispersão Raman estimulada (SRS), que consiste em iluminar as amostras com dois lasers que ressoam com as moléculas específicas dos plásticos, identificando-os por meio de um algoritmo de computador.

“Se as pessoas estão preocupadas com os nanoplásticos na água engarrafada, é razoável considerar alternativas como a água da torneira”, disse à AFP Beizhan Yan, professor associado de pesquisa geoquímica na Universidade de Columbia e coautor do estudo. Ele ressaltou, porém, que “não desaconselhamos beber água engarrafada quando necessário, já que o risco de desidratação pode superar os possíveis efeitos da exposição aos nanoplásticos”.

Os pesquisadores afirmaram que ainda há muitas incertezas sobre o impacto dos nanoplásticos nos ecossistemas e na saúde humana, e que são necessários mais estudos para avaliar os seus riscos. Eles também pretendem analisar a água da torneira, que também contém microplásticos, mas em níveis muito mais baixos.

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Saúde

Gel anticoncepcional masculino tem 99% de eficácia em testes iniciais

Comparado a um DIU para homens, o gel anticoncepcional masculino deve bloquear passagem de espermatozoides para fora do corpo por até 2 anos

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Um novo método de contracepção masculina, baseado em um gel injetável que bloqueia os espermatozoides, mostrou-se altamente eficaz em um estudo piloto com 23 homens na Austrália. O produto, chamado ADAM, poderia ser uma alternativa aos métodos tradicionais, como preservativos e vasectomia, e oferecer mais autonomia e controle aos homens sobre sua fertilidade.

O gel, desenvolvido pela empresa americana Contraline, é aplicado no canal deferente, o tubo que leva os espermatozoides dos testículos para o pênis. O gel forma uma barreira física que impede a passagem dos espermatozoides, mas permite a saída do fluido seminal. Assim, os homens continuam a ejacular normalmente, mas sem risco de engravidar suas parceiras.

O procedimento de aplicação do gel é simples e rápido, e pode ser feito em uma clínica com anestesia local. O gel é injetado através de uma pequena incisão no escroto, que é fechada em seguida. O efeito do gel é imediato e dura por até dois anos, segundo os pesquisadores.

O líder do projeto, Kevin Eisenfrats, da Contraline, compara o gel a um “DIU para homens”, pois ele é durável, mas reversível. “Nós prevemos que nosso primeiro produto seja algo que os homens possam obter a cada um ou dois anos. Obviamente, faremos ensaios clínicos para provar que é eficaz durante esse período de tempo”, diz ele à STAT News.

O estudo, publicado na revista Contraception, mostrou que o gel reduziu a contagem de espermatozoides em 99 a 100% em todos os participantes, um mês após a aplicação. Nenhum efeito colateral foi observado, e os homens relataram estar satisfeitos com o método.

No entanto, o estudo não avaliou se o gel é capaz de prevenir a gravidez ou se ele pode ser removido facilmente. Essas questões serão investigadas em novos ensaios clínicos, que devem começar ainda este ano, após a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos.

Se tudo correr bem, o gel ADAM poderia estar disponível no mercado até 2027, oferecendo uma nova opção de contracepção masculina, que hoje é limitada e pouco utilizada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 8% dos casais em idade reprodutiva usam métodos contraceptivos masculinos, enquanto 60% usam métodos femininos. O gel poderia ajudar a equilibrar essa disparidade e dar mais liberdade e responsabilidade aos homens sobre sua reprodução.

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Saúde

Jovem brasileira muda a cor dos olhos na Suíça e gera polêmica nas redes sociais

A cirurgia que a jovem se submeteu se chama queratopigmentação e foi realizada por uma clínica na Suíça

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Uma cirurgia que promete alterar a cor dos olhos de forma permanente tem dado o que falar na internet. Uma brasileira, que não teve sua identidade revelada, viajou até Lausanne, na Suíça, para realizar o procedimento, chamado de queratopigmentação, que consiste em implantar um pigmento na córnea. O resultado foi divulgado pela clínica que realizou a operação, em um vídeo que já soma mais de 14 milhões de visualizações e 360 mil curtidas.

A mudança radical nos olhos da jovem, que passaram de castanhos para verdes, dividiu opiniões entre os usuários das redes sociais. Alguns elogiaram a beleza e a coragem da brasileira, enquanto outros criticaram a intervenção, questionando os riscos e a necessidade de modificar a aparência natural. “Se a pessoa perder a visão, o valor da cirurgia inclui o transplante de córneas?”, ironizou um internauta. “Como assim, gente? Tô chocada. Nem sabia que dava para fazer isso”, comentou outra. “Seus olhos agora estarão muito sensíveis, especialmente ao sol. Isso realmente vale a pena?”, indagou uma terceira.

De acordo com a clínica, a queratopigmentação é um procedimento seguro, que não afeta a visão e que pode ser revertido em caso de arrependimento. No entanto, especialistas alertam que a cirurgia pode causar complicações como infecções, inflamações, rejeição, perda de transparência da córnea e até cegueira. Além disso, a mudança de cor dos olhos pode afetar a autoestima e a identidade da pessoa, que pode se sentir desconfortável com sua nova imagem.

A cirurgia de queratopigmentação ainda não é regulamentada no Brasil, e custa cerca de 10 mil dólares na Suíça. A jovem brasileira, que se tornou uma celebridade nas redes sociais, não se pronunciou sobre a polêmica envolvendo sua escolha estética.

Veja o vídeo abaixo:

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